segunda-feira, 17 de junho de 2013

(Bones) Hannah's Back



Autora: Juliana Alves
Classificação: PG-13
Advertências: Romance
Capítulos: One-shot
Completa: [x] Sim [ ] Não

~.~


POV Hannah 

Cheguei a D.C há pouco mais de duas horas e estava mais convicta do que nunca de encontrar Seeley. Há quase dois anos atrás eu deixei uma vida que eu não queria e que prometia muita mudança, mas que seria a vida que qualquer mulher queria. Eu iria me casar, ter um marido lindo e honrado, continuaria tendo uma carreira brilhante e possivelmente filhos e joguei tudo isso para o alto ao dizer não. E me arrependi assim que peguei minhas roupas. Pensei em esperar por ele em casa, mas depois de três horas esperando vi que ele não voltaria e resolvi ir para algum hotel. Peguei um táxi e ele passou justamente pelo Diner e eu o vi, pensei em descer e foi ai que eu a vi, Temperance. Ela estava lá com ele, como eu saberia que estaria sempre, eles eram amigos e isso ninguém poderia negar. Segui em frente e aqui estou eu em Washington, de novo.

Quase dois anos longe de D.C, esse foi o tempo que eu tive para pensar em tudo que eu perdi. Seeley me mudou e eu não percebi durante os primeiros meses que eu precisava dele. Simplesmente levei minha vida de acordo com meu trabalho, dai percebi que eu não queria só o emprego dos meus sonhos e realizar tudo que pudesse na minha carreira, eu queria alguém que me amasse e esperasse por mim quando chegasse em casa, que ligasse para mim no meio do dia para dizer que me amava, ou só está lá. E tudo isso eu tinha com o Seeley e ainda assim eu disse não.

~.~

Estou com o telefone na mão para ligar para ele, mas eu não acho que seja o melhor modo para nós conversarmos. Pensei em passar na sua casa, porém pela hora sabia que ele estava no trabalho ou no Jeffersionan falando com a Temperance ou os “squints”, como ele chamava carinhosamente seus amigos cientistas. Tomando a decisão resolvi ir ao FBI. Cheguei em 15 minutos e entrei, ainda tinha um dos guardas que eu conhecia ele ficou surpreso em me ver e até um pouco tenso, mas ignorei, possivelmente o trabalho requeria muita atenção.

Cheguei ao andar de Seeley e procurei pelo seu escritório e o encontrei vazio, estava voltando quando um agente olhou para mim:

- Hannah? – Perguntou ele curioso.

- Sim?

- Você era a namorada do Agente Booth, certo?

- Sim. Você sabe onde ele esta? – Perguntei, mesmo ele tendo me reconhecido eu não me recordava dele.

- Oh. Ele... eu acho que deva estar no Jeffersionan. – Ele falou um pouco ansioso.

- Ok. Obrigado.

Sai de lá o mais rápido que pude eu não podia me desencontrar com ele de novo. Peguei novamente o táxi e fui em direção ao Instituto Jeffersionan.

~~

O Instituto Jeffersionan estava impecável assim como da última vez que eu estive aqui. Assim que passei pela portaria fui instruída a seguir o caminho para o escritório da Dra. Brennan. Sorri ao lembrar de Temperance, ela era uma ótima amiga, ás vezes sua sinceridade magoava um pouco, mas eu sei que ela não fazia por mal e isso a transformava na pessoa mais ingênua que eu conheci. Ao me aproximar da plataforma eu escutei um risinho infantil se espelhar por lá e vi Jack e Angela com uma criança e lembrei que Angela estava grávida quando fui embora.

Naquele momento eu tive mais certeza do que eu vim procurar, eu queria essa mesma cena para mim, esses mesmos sorrisos e a sensação de ter uma família para amar e ser amada. Na hora que eu ia chamar a atenção para poder perguntar sobre Seeley, ele apareceu com Camille. Do local que eu estava não pude escutar o que Camille falou para Angela e Jack, pareceu uma bronca, mas a criança riu de novo e isso amoleceu Camille.

Dei mais alguns passos e chamei por Seeley e vi todos congelarem no lugar e a cena seguinte quase me fez sorrir, se não tivesse realmente me assustado. Camille e Angela se colocaram na frente de Seeley como se estivessem o protegendo e eu percebi um pouco tarde que era justamente isso que faziam, estavam o protegendo de mim.

- Oi. – Falei e dei um passo para frente.

- Oi. – Falou Camille. – Estou surpresa em vê-la aqui, Hannah.

- Surpresa. – Tentei brincar um pouco. Em vão.

- O que você quer Hannah? – Perguntou Angela com uma voz cortante.

- Preciso falar com o Seeley. – E olhei para ele esperando resposta.

Porém antes que ele falasse uma voz chamou a atenção de todos: 

- Pai, olha a Christine está querendo andar. – Falou Parker com o sorriso de orelha a orelha, ele segurava as mãos de uma garotinha linda.

Parker estava meio curvado esperando a pequena andar passo por passo, a bebê também sorria e seus olhos brilhavam e o que eu vi me deixou um pouco desconfiada ela tinha olhos incrivelmente azuis, parecia tanto com Temperance que por um momento eu pensei que ela fosse filha dela, mas eu a conhecia ela era igual a mim, não acreditava nesse conto de fada.

Quando tentei falar de novo Temperance apareceu e passou por Parker ela sorria também e estava com uma câmera nas mãos filmando os dois e chamando a atenção da pequena garotinha. Depois de um momento com todos admirando a cena, inclusive eu, ela virou para Booth e o beijou. O beijo foi rápido, mas significativo o bastante para que eu entendesse que tinha chegado muito tarde. 

Parker finalmente chegou até eles e Brennan pegou a garotinha no colo e vi o sorriso de felicidade dela quando a bebê falou: “Mama”. Na hora meu coração doeu, eu perdi de ter tudo isso pelo meu egoísmo. Eu já estava indo embora quando Temperance me viu.

- Hannah? – Ela falou surpresa. – Quanto tempo, não tive notícias suas desde que você foi embora.

- É, estava em outro país. – Falei um pouco sem graça e querendo sair dali.

- Então veio nos visitar? – Perguntou ela. Por um momento eu pensei que ela estava sendo sarcástica, mas eu a conhecia ela não falou por mal.

- Sim, mas já estou de saída.

- Ok. Já que veio nos visitar, você esta convidada a jantar na nossa casa. – Ela falou e virou para Seeley não vi o olhar que eles trocaram, mas vi que ele relaxou visivelmente e sorriu.

- Isso mesmo, Hannah, você será muito bem vinda na nossa casa. – Dito isso ele colocou o braço ao redor da cintura de Temperance e esperou minha resposta.

- Quem sabe, eu só estou de passagem por aqui. Qualquer coisa eu ligo para vocês. - Disse isso e sai antes que as lágrimas escorressem pelo meu rosto.

Antes que cruzasse a porta ainda olhei para trás, e vi uma cena linda Parker estava sentado no chão com Christine e Michael, assim ouvi Jack falando, no chão, eles brincavam com os olhos protetores de seus pais neles. Cam estava conversando com um homem que eu não conhecia, mas que tinha características muçulmanas eles se beijaram e os outros ao redor sorriram com algum tipo de brincadeira, Jack e Angela foram os próximos. Incentivaram Seeley e Temperance também, mas eles tinham uma pequena relutância e ao mesmo tempo cumplicidade. 

Desistindo de lutar eles se beijaram, foi rápido e muito apaixonado, com a distância não pude ouvir, mas li os lábios deles, “Eu te amo”, disse Temperance. “Eu também”, respondeu Seeley. Não esperei para ver o que aconteceria depois, apenas sai e fui para o meu hotel, e durante o percurso eu fiquei pensando de como cega eu estava naquela época. Como eu não pude ver o que estava na cara deles? Eles estavam apaixonados desde o princípio, eu via a preocupação de Seeley por ela e mesmo assim achava que era só por causa da parceria. E não era, nunca foi. E vejo que continuei me iludindo ao vim para cá. 

Foi bom o que eu vi, porém não me agradou, eu queria, desesperadamente, estar no lugar de Temperance, mas eu sei que será impossível. Só espero que no meio da minha busca eu encontre alguém que me ame, com pelo menos, um pouco do amor que eu vi entre Temperance e Seeley e que eu consiga alcançar a felicidade que estava estampada nos rostos deles. 

THE END

quarta-feira, 5 de junho de 2013

(X-Files) Basketball's Game


Autora: Juliana Alves
Beta: Michelle Neves
Classificação: PG-13
Categoria: M&S, Romance, Humor
Capítulos: One-shot
Completa: [x] Sim [  ] Não
~.~

Washington D.C – Sede do FBI
16 de outubro de 1998 – 06:32 p.m.

No começo daquela noite de sexta-feira, Mulder e Scully ainda estavam no escritório, ambos revisando relatórios e nem um pouco ligados na hora. Sem perceberam a movimentação no corredor, se assustaram ao verem o A.D. Skinner entrar na sala:

- Ainda por aqui, Agentes? – Perguntou ele fazendo Mulder derrubar algumas folhas e Scully a caneta que segurava.

- Sim, Senhor. Ainda é... – Scully olhou o relógio. – Deus! Mulder, são 18:30.

- Já? Pensei que fosse mais cedo. – Falou Mulder e levantou da cadeira – Acho que é hora de ir, parceira.

Assentindo Scully levantou também e começou a arrumar sua bolsa.

- Agentes, antes que vocês me ignorem e saiam, passei aqui para informá-los que recebi ordens para colocá-los de férias. – Falou Skinner conseguindo enfim a atenção dos agentes.

- Férias? – Perguntou Mulder incrédulo. – Mas não fizemos nada durante essas semanas, por que nos querem de férias?

- Pode parecer estranho, Senhor. Mas eu concordo com o Mulder. Por que eles nos querem de férias? – Perguntou Scully intrigada.

- Para falar a verdade nem eu sei, mas a desculpa que me deram condiz com a verdade. Vocês não tiram férias há anos e isso pode trazer um processo para o Bureau, por isso pediram para expulsarem vocês desse porão e desse um jeito de vocês conhecerem a vida. – Falou Skinner entediado.

Scully refletiu um pouco... respirou fundo e:

- Por mim tudo bem.

- Ei, Scully, você não vai nem protestar? – Perguntou Mulder fingindo uma cara de choque.

Levantando a sobrancelha, Scully pegou suas coisas e jogou na bolsa.

- Você não tem vida social, Mulder? – Perguntou Skinner sarcástico.

- Sou o Spooky Mulder, Senhor. – Ele disse com um sorriso debochado.

- Que seja, vocês tem 15 dias, se quiserem mais é só me informarem.

- Ok, estou saindo. – Falou Scully.

- Ei, Scully você não vai mesmo protestar?

- E perder a banheira que me espera? De jeito nenhum.

- Banheira é? – Perguntou ele maliciosamente.

- Cale a boca, Mulder.

Eles saíram e deixaram um incrédulo Skinner para trás. Pensativo Skinner voltou para seu escritório, ao contáario de seus subordinados ele iria ficar mais algumas horas colocando a papelada em dia.

DIA SEGUINTE...

Scully acordou tarde naquela manhã e resolver fazer as coisas em câmera lenta, com a preguiça que estava ficou surpresa em conseguir sair da cama. Enquanto arrumava a casa ela ficou imaginando o que iria fazer durante esses quinze dias. “Droga, eu não tenho vida social.”, ela pensou. E diante desse pensamento o telefone tocou:

- Scully! – Falou ela sem olhar quem ligava.

- Ei, Scully. Sou eu.

- O que você quer, Mulder?

- Eu liguei para perguntar como você estar.

- Estou bem!

- Ok.

- Mais alguma coisa?

- Para falar a verdade sim. – Falou Mulder entusiasmado e um pouco hesitante.

- Mulder, vou logo avisando se for algum caso, eu não saiu de casa.

- Não é nenhum caso.

- Então é o que?

- Você quer ir assistir a um jogo de basquete comigo? – Ele perguntou e esperou a recusa e mordeu o lábio inferior em antecipação.

- ....

- Scully? – Perguntou ele amedrontado.

- Sim, Mulder – Ela falou e sorriu pelo telefone. – Eu vou com você no jogo, mas aviso logo, eu não sei nada desse esporte.

- Sem problemas, eu posso te ensinar. – Ele falou com um sorriso enorme – Te pego às 18:30, vista algo leve.

- Ok.

Desligando o telefone Scully sorriu abertamente, ela e Mulder iriam fazer um programa leve e comum, finalmente. E com um entusiasmo pouco visto nela, ela saiu cantarolando e terminando de arrumar a casa.

Mulder desligou o telefone e tinha um sorriso idêntico ao de Scully, ele tinha passado a noite quase toda em claro, não que isso fosse novidade, pensando em como ele iria convida-la para sair. E após ouvir o sim ele não cabia em si de felicidade. Respirando fundo ele foi arrumar algumas coisa e encontrar uma roupa, de preferencia limpa, para ir ao encontro.


~~


Precisamente às 6:30 p.m. Mulder bateu na porta de Scully, ele estava simples e mesmo assim elegante, a noite prometia ser fria então ele estava vestindo uma camisa preta de gola alta e mangas compridas. A calça jeans e sapatos pretos, o sobretudo estava no braço esperando sua vez no look mais tarde naquela noite. E para finalizar o cabelo estava uma bagunça organizada, consequência de dedos de nervosismo a todo momento passando nos cabelos, mas parecia certo e aquele sorriso com certeza o deixava perfeito.

Scully saiu do quarto com o sobretudo no braço, assim como Mulder. Ela estava confortável, vestia uma blusa azul com um decote um pouco maior do que os que ela usava no FBI, as mangas eram delicadas e com detalhes nos lugares certos, a calça jeans justa realçava as curvas que eram escondidas pelos ternos, e a bota de cano longo a deixava elegante, e para finalizar um pequeno gorro de lã azul claro estava na sua cabeça contrapondo a cor de seus cabelos. E a leve maquiagem dela realçava ainda mais a pele de porcelana e os belos olhos azuis.

Abrindo a porta, Scully também estava sorrindo e ao olhar para seu parceiro ficou repentinamente tonta com a imponência da presença dele. Ele estava maravilhoso e ela mostrou isso no olhar que foi dirigido a ele. Sorrindo Mulder devolveu o mesmo olhar, ela estava deslumbrante e isso o atingiu em cheio ao vê-la abrir a porta.

- Oi, Mulder.

- Oi. Pronta para ir?

- Claro.

E sem mais palavras eles saíram do prédio tirando suspiros de alguns adolescentes no porta do edifício de Scully. Eles não aparentavam ser agentes do FBI muito pelo contrário eram apenas mais um casal apaixonado nas ruas de D.C.

- Mulder, cadê o carro?

- Vamos de metrô, Scully. Vamos beber e não seria muito legal alguém nos parar e ver quem somos, hein, federal. – Falou Mulder e piscou para ela com um sorriso sapeca.

- Ok – Scully falou e sorriu também e por impulso passou o braço ao redor do dele, que estavam no bolso.

Quase 30 minutos depois eles se encontravam na frente do grande ginásio. E como esperado para um jogo dos Knicks a fila estava enorme e isso fez Scully sorrir.

- O que foi? – Perguntou Mulder com um sorriso também.

- Você trouxe o seu distintivo?

- Por quê?

- Poderíamos furar a fila e entrar primeiro.

Fazendo cara de chocado Mulder colocou a mão na boca, de forma mais teatral possível, e a olhou.

- A tão estoica Dra. Dana Scully quer furar fila, Meu Deus. Estou chocado, o mundo esta perdido.

Come on, Mulder. Admita, você quer fazer isso mais do que eu. – Ela falou sapeca.

- Isso não seria certo – Falou ele fingindo preocupação.

- Até parece que você liga para o que pode ou não pode. – Ela resmungou.

Sorrindo ele apenas se olharam e sorriram mais um pouco e então Mulder falou de novo.

- Sabe Scully, bem que os homenzinhos cinzas poderiam gostar de basquetes.

- Mulder, por favor. Aqui não. – Ela pediu

- O que? Eu só estou conversando. – Ele se defendeu

- Falando de trabalho? – Perguntou ela cínica – Se eu tivesse com minha arma atiraria em você.

- Eu não duvido nada. – Falou ele e se afastou dramaticamente dela, chamando atenção de alguns casais. – Você já fez isso antes.

- Mulder, você está assustando as pessoas. – Falou Scully baixinho. – Vem aqui.

Scully o puxou de supetão e quase o derrubou, ambos se encararam e caíram em gargalhada.

- Sabe, Scully. Vamos nos divertir. – Falando isso Mulder passou os braços nos ombros dela e ela a mão na cintura dele e juntos foram andando, enfim a fila estava diminuindo.


~~


Assim que conseguiram entrar no ginásio Mulder comprou pipocas e algodão doces.

- Ei, Scully, olha o que eu encontrei. - Ele falou e mostrou as comidas e dois bonés.

Sorrindo ela pegou um dos bonés e colocou gentilmente na cabeça dele, o outro ela apenas guardou. Depois de um tempo ela comentou:

- Mulder, você não tinha me dito que aqui era enorme.

- Que bom que você gostou, Scully.

Sorrindo eles passaram a observar o grande ginásio. O barulho era enorme e contagiante, a música alta estava deixando Scully realmente feliz por ter ido.

- Então Scully o que você sabe sobre basquete?

- Humm, eu sei que tem dois times, uma bola e duas cestas. Os pontos variam de 1 à 3 por cesta. E só.

- A regra principal você já sabe que são os pontos. Durante a partida eu posso ir esclarecendo melhor, o nosso time é o de preto, os Knicks. – Falou ele e abriu um belo sorriso.

E assim foi durante todo o jogo, entre cochichos e risos o primeiro tempo acabou. No intervalo Mulder saiu e foi comprar mais um cachorro-quente e pipoca. Ao longe ele via a face de Scully, ela estava sorrindo, o que era muito raro. Aproximando-se dela ele viu no telão a câmera rodando a plateia e parar num casal que se beijou apaixonadamente e isso levou as pessoas ao delírio.

- Scully. Sua pipoca. – Ele disse e sentou.

- A câmera fica rodando a plateia o tempo todo? – Ela perguntou curiosa.

- Só na hora do intervalo. Assim pode ocorrer um beijo e todos veem.

Scully afirmou e olhou para o telão em tempo de ver dois homens se abraçado e fingindo que iam se beijar, achando graça ela gargalhou e tirou risadas das pessoas próximas. Mulder ficou sem fala e sem folego, nunca tinha visto Scully sorrir com tanto gosto e ele achou lindo.

- Hey, vocês estão na câmera. – Falou uma senhora duas cadeiras acima.

Scully e Mulder se encararam e olharam para o telão, voltaram a se olhar e Mulder tomou uma atitude e se aproximou dela.

- Mulder, não. – Ela tentou argumentar. – Não pod...

E Scully nunca terminou a frase. Mulder a beijou de forma doce e tão profunda que arrancou suspiros da plateia. Afastando-se dela Mulder a viu ficar corada e os olhos azuis ficaram, impossivelmente, mais brilhantes.

- Você não deveria ter feito isso, Mulder. – Ela falou e sorriu.

- Eu sei, por isso foi tão bom.

Sorrindo ela o puxou de volta e envolveu os braços ao redor do pescoço dele e colou os corpos, ninguém mais prestava atenção no jogo que já tinha recomeçado.

Depois que eles se separaram, Scully acariciou o rosto dele e num sussurro falou:

- Obrigado, Mulder. Esse é o dia mais feliz da minha vida.

Mulder por um momento ficou sem saber o que dizer, mas sorriu abertamente e a olhou ternamente.

- Espero que esse dia se torne ainda mais marcante. – Ele disse e se afastou colocou um joelho no chão e retirou uma pequena caixa do bolso.

O time adversário tinha parado o jogo e a câmera estava girando para pegar outro casal apaixonado, mas presenciou a cena mais bela entre os dois agentes.

- Dana, durante todos esses anos eu pensei que nunca encontraria alguém que me suportasse, imagine que me completasse, eu estava sempre a procura da verdade, do paranormal. Mas você chegou e me mostrou que eu tinha uma constante, que existia “um” em cinco milhões para mim. – Respirando fundo ele abriu a caixinha e um belo anel de brilhante apareceu. – Você é minha verdade, Dana. Quer casa comigo?

E por um momento o grande ginásio ficou em silêncio esperando a resposta de Scully. Ela estava com um olhar chocado, seus olhos encheram-se de lágrimas e rolaram pelo seu rosto. Mulder ficou apreensivo, talvez ele tivesse se precipitado, mas antes que fizesse algum movimento, ela respondeu:

- Sim. Era tudo o que me faltava.

Ela se jogou nos braços dele e o ginásio foi ao delírio, quem tinha ido apenas para assistir um jogo de basquete se surpreendeu com um lindo e encantador pedido de casamento.

Ao final do jogo, que os Knicks ganharam, as pessoas só comentavam do pedido de casamento. Mulder e Scully lutavam para sair e quando chegaram do lado de fora Scully respirou fundo.

- Quase que não nos deixam sair. – Ela sorriu. – Mulder, quando você saiu de casa já estava pensando em me pedir em casamento?

- Para falar a verdade, Scully, eu já estou com esse anel há três semanas e não conseguia encontrar o momento certo. – Ele falou sorrindo e corando um pouco. – Hoje, antes de sair de casa pensei em deixá-lo em casa, mas mudei de ideia.

- Ainda bem. Pois essa foi a noite mais inesquecível da minha vida. – Ela sorriu e o beijou, ali mesmo no meu da saída do ginásio. – Eu te amo.

- Eu te amo, também. – Dizendo isso, Mulder entrelaçou a mão na mão dela e juntos foram se afastando com a esperança que estavam ainda mais fortes e cientes que naquele momento era o inicio do resto da vida deles.


THE END

(Ship Reais) Clube do Bolinha