sábado, 11 de outubro de 2014

(Bones) Beautiful Night




Autora: Juliana Alves
Classificação: PG-13
Categoria: Bones
Advertências: Romance
Capítulos: One-shot
Completa: [ x ] Sim [ ] Não

~.~

POV Booth

O relógio marcava 4:47a.m quando eu a vi entrando no meu quarto e por impulso e, por causa dos acontecimentos do dia, lhe mirei a arma. Mas ao ver lágrimas em seus belos olhos soube que tinha algo errado. Ela se aproximou e disse que se sentia culpada por ser uma pessoa que não mostrava seus sentimentos, da culpa que carregava por ser tão fria com os outros.

Eu a confortei e ela chorou ainda mais, não resisti e a puxei para meus braços. Ela aceitou sem hesitar e se põe a chorar. Estávamos tão próximos que eu sentia o calor de seu corpo colado ao meu, eu tentava de toda maneira acalma-la, mas era inútil ela chorava ainda mais. A dor que ela estava sentindo era insuportável então para não ter que vê-la sofrer a beijei.

Um beijo calmo que demonstrava que eu estava ali pra ela e por ela e, que nunca iria abandona-la. O sabor salgados das lágrimas que ela derramava tornava o beijo ainda mais saboroso e profundo, nossas línguas duelavam para tentar saborear ambas as bocas. Ela se aproximou mais de mim, se isso fosse possível, e emaranhou sua mão em meu cabelo, eu agarrei sua cintura e me entreguei ainda mais ao beijo. Quando enfim meu corpo gritou por oxigênio em me afastei de sua boca.

- Bones, isso está errado. Desculpe-me – Falei.

- Não, Booth. Esse é o momento certo. – Ela disse. – Eu quero que você me ensine a quebrar as leis da física, quero que você me mostre como dois corpos ocupam um mesmo espaço.

- Mas Bones, eu não posso... – Eu tentei falar, mas ela me cortou.

- Booth, eu quero. Por favor, não me negue isso. – Ela me implorou. – Eu quero que você faça amor comigo.

E como qualquer coisa que faria por ela, naquela noite eu ensinei a minha melhor amiga e companheira o que era amar e ser amada. E aquela foi a primeira noite em que fizemos amor.

POV Brennan
[Na manhã seguinte...]

Eu me acordei com os fleches da luz do sol no meu rosto, um pequeno sorriso cobriu meu rosto ao ver um dia tão bonito lá fora. Quando de repente me dei conta de algo me prendendo a cintura e então eu lembrei da noite passada. Lembrei da angustia que eu senti por ser tão fria com as pessoas, lembrei da dor de perder alguém de quem eu gostava, lembrei de toda a culpa que sentia. As lágrimas vieram e molharam meu rosto, eu chorei como uma criança e ele me confortou, me disse palavras doces e acolhedoras, eu não tive vergonha de expressar meus sentimentos para ele, não pra ele. Meu amigo, meu companheiro, meu parceiro e agora meu amante, pra ele eu nunca me esconderia ou teria vergonha, pois foi ele que me ensinou o sentimento mais belo e puro: o amor.

A noite passada foi ótima seus lábios eram gentis nos meus. Ele era carinhoso e sabia como dar prazer a uma mulher, tudo com ele era intenso, a cada beijo, a cada toque, a cada declaração de um “Eu te amo” eu sentia a verdade e o amor. E pela primeira vez eu me entreguei e amei, amei como nunca sequer poderia imaginar e nossos corpos entraram em sincronia numa dança sensual e cheia de paixão nos levando a um abismo de prazer. E em um segundo nós nos jogamos de encontro ao clímax e nos tornamos um.

Me virei em seus braços e o vi dormir tranquilamente e isso me deixou uma sensação de paz. Eu não cansava de admira-lo, ele era lindo um típico macho alfa. Eu acariciei seu rosto gravando cada marca de sua estrutura óssea, ele se mexeu e sorriu e aos poucos ele abriu os olhos. Ah! Aqueles olhos, cor de chocolate que tanto me encantava e me prendiam, eu sorrir de volta e selei meus lábios ao dele de forma simples e rápida.

- Bom dia, Booth. – Eu disse.

- Bom dia, Bones. – Ele falou e me puxou mais pra si. – Dormiu bem?

- Se dormir bem?? Eu nem lembro qual foi a última vez que eu dormir tão bem. – Falei e entrelacei nossas pernas.

- Que bom, assim eu sei que está melhor e que está feliz. – Falou ele. – Mas infelizmente temos trabalho a fazer e precisamos ir. Olha a hora.

Quando olhei para o relógio já marcavam 8:45, eu tinha que está no Jeffersonian às 7:00, além do que tínhamos que prender um assassino.

- Ok, eu admito quando perco uma luta. – Falei e já ia sair da cama quando Booth me puxou de volta.

- Ei, eu preciso de um beijo. – Falando isso ele selou nossos lábios. E em um beijo intenso e cheio de carinho ele me deu seu bom dia.

[No Jeffersonian...]

Booth me deixou no Jeffersonian ás 9:45 hs e foi para o FBI. Entrei no laboratório com um sorriso no rosto e fui direto para meu escritório para Cam não me vê, porém foi em vão ela vinha saindo da minha sala.

- Ei, Dra. Brennan pensei que não vinha trabalhar hoje. – Falou Cam.

- Eu só me atrasei. – Falou um pouco hesitante.

- Ok. Nós temos um corpo e a Angela já está com o crânio fazendo a reconstrução racial. – Falou Cam, ela tinha uma expressão que aparentava desconfiança.

- Certo, eu vou pra lá. – Falei e fui logo para sala onde Angela estava.

Cheguei na sala e não encontrei a Angela então comecei a trabalhar, havia alguma coisa no esqueleto que eu tinha certeza que eu tinha deixado passar. Quase uma hora depois que eu já estava analisando os restos a Angela apareceu.

- Ei, faz muito tempos que esta por aqui? – Ela me perguntou.

- Faz. E eu preciso examinar o osso mastoide pelo microscópio. – Disse a ela.

- Você falou isso ontem à noite. O que está acontecendo, Bren? É por causa da morte do Vicent? – Ela perguntou preocupada.

Acho que está escrito na minha testa que eu dormir com o Booth e todo mundo sabe, metaforicamente. Eu não sei o que fazer a respeito disso, essa preocupação está afetando meu trabalho.

- Bren, você não vai me responder? – Ela perguntou.

- Sim é por causa da morte do Vicent. – Falei e ela sorriu – E... Eu fui pra cama com o Booth ontem à noite.

A cara da Angela mudou de compreensão para uma que eu não sei bem explicar, essas coisas só o Booth sabe ler, eu acho que seja surpresa. Ela permaneceu calada e com a boca aberta.

- Você não vai dizer nada? – Perguntei a ela.

- É que eu não posso gritar aleluia com a morte do Vicent tão perto. – Falou ela com um imenso sorriso no rosto.

- Eu acho que só fiz isso por causa dele. – Falei meio hesitante.

- Ok. Espero. O que aconteceu exatamente depois que você foi pra cama com o Booth? Não, antes você vai me dizer como foi ir pra cama com o Booth. – Falou ela saltitando de felicidade. Eu sorrir ao lembrar da bela noite com ele.

- A minha noite foi fabulosa. O Booth é muito carinhoso e gentil, ele sabe como satisfazer uma mulher. – Falei pra ela e pela primeira vez desde que tive minha primeira relação sexual senti meu rosto ficou vermelho.

- Ai, Sweetie, deve ter sido lindo. Imagino o que o G-man fez com você. – Falou ela muito empolgada – Ele é um verdadeiro cavalheiro em uma armadura reluzente.

Nós continuamos a conversar sobre minha noite com o Booth. O Hodgins nos passou algumas informações sobre o caso, eu descobrir que o mastoide tinha sido quebrado e que Broadsky provavelmente estava com a mão quebrada, informamos isso ao Booth e depois de algumas horas recebemos a informação que ele tinha conseguido prender Broadsky.

Ao anoitecer nos reunimos para nos despedir de Vicent, não que isso fizesse algum sentido pra mim, além do que ele não vai escutar, já que ele está morto. Ao passar por uma floricultura encontrei um belo vaso de flores e resolvi levar. Estávamos todos lá, cada um contou o que tinha aprendido com Vicent, o Sweets começou a cantar a musica preferida dele “The Lime in the Coconut”. Após colocarmos o corpo do Vicent no carro eu entrelacei nossos braços e fomos embora. Booth me levou para o apartamento dele novamente.

- Sabe Bones, eu vou sentir falta do Vicent. Ele podia não ter muita noção do que dizia, mas ele era um bom garoto. – Falou Booth.

- Eu também vou sentir falta dele. – Falei e lágrimas encheram meus olhos. Mas antes que elas caíssem sentir seus braços a me envolver e me puxa para que eu ficasse em seu peito.

De tudo que eu aprendi com Booth, de todas as coisas irracionais esse momento é o mais belo e sem explicação que eu posso descrever. Eu e Booth nos encaixávamos como duas peças de um quebra cabeça. O seu corpo se moldava ao meu de forma perfeita. Estávamos na sala assistindo um filme quando acabou Booth me levou para o quarto e nós nos deitamos, apenas abraçados para sentir a presença um do outro, mas a proximidade de Booth era irresistível e eu não conseguia manter o controle tão próximo a ele. Eu me virei e lhe beijei, um beijo urgente carregado de luxuria.

Booth correspondeu ao beijo e em menos de alguns minutos nossas roupas formavam uma pilha ao lado da cama, eu sentia o peso do seu corpo sobre o meu e isso era a melhor sensação do mundo. Sua boca procurava com urgência meus lábios e os beijava com ardor. Minutos se passaram e ele me fazia chegar cada vez ao abismo, a um mundo de prazer do qual nunca tinha visitando com ninguém, eu nunca tinha me entregado a alguém como me entregava ao Booth.

Nossas respirações estavam ofegantes e eu soube que estávamos pertos de nos lançarmos ao abismo de prazer. Eu abracei seus ombros e ele fez seu ultimo movimento e nós caímos, naquele momento eu não queria saber de mais nada a não ser ele, meu amigo, meu parceiro, meu amante. A cada toque dele em minha pele eu sentia uma prova de seu amor e eu retribuía da mesma forma. Depois de saciados eu deitei em seu peito e ele me enlaçou pela cintura, ali abraçados nós não éramos Booth e Bones, e sim Seeley e Temperance, duas pessoas que encontraram o amor.

Eu já estava sonolenta quando a verdade me atingiu, eu o amava e o queria do meu lado para sempre, mesmo que não fossemos imortais. Olhei pra ele e ele tinha aquele sorriso maroto no rosto. Acariciando seu rosto eu disse:

- Eu te amo, Booth.

Ele me olhou surpreso e abriu ainda mais seu sorriso.

- Eu também te amo, Bones.

Ao escutar isso sorrir também e me entreguei ao sono, e naquela linda noite meu parceiro me mostrou novamente o que era amar e mesmo sendo irracional e impossível eu entreguei meu coração a ele de modo que nunca fossemos separados.


THE END



terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

(Bones) Be My Valentine


Nota: Quando forem ler escutem a música, saberão no momento certo. :) 
Música: Just The Way You Are de Boyce Avenue. 

~.~

Autora: Juliana Alves
Classificação: PG-13
Categoria: Romance, B&B
Capítulos: One-Shot
Completa: [x] Sim [ ] Não

~.~

Booth chegou no Jeffersionan com seu relatório do caso, ele estava tão concentrado em ler as últimas anotações que não notou que Angela estava vindo em sua direção e ambos trombaram. Por reflexo ele conseguiu segurá-la antes dela cair.

- Booth, eu juro, se eu não amasse a Brenn eu te pegava. – Ela disse e sorriu divertida quando Booth ruborizou.

- Desculpe, Angela. Não vi você.

- Eu percebi. E o que você faz aqui a essa hora?

- Vim buscar a Bones para o almoço. – Ele disse.

- São 3 da tarde Booth, já passou a hora do almoço faz tempo.

- Você a viu saindo para almoçar? – Ele perguntou e esperou a resposta negativa. – Pois é, ela com certeza esqueceu. Deve está concentrada numa ossada.

- Isso é verdade. – Disse Angela e o viu se afastando - Hey, Booth, espere. Preciso falar com você.

- O que foi?

- O que vai fazer com a Brenn no dia dos namorados?

- Não sei ainda, um jantar talvez. Por quê?

- É que... ontem estávamos conversando sobre isso. Eu, Cam, Daisy e a Brenn e no meio da conversa falamos dos “Valetine’s Day” na escola, mas a Brenn nunca teve isso. – Disse Angela triste. – Ela sempre foi a...

- Eu sei. – Ele falou e suspirou. Mas então sorriu abertamente. – Angela, você acabou de me dá uma ideia.

E surpreendendo ela Booth lhe deu um abraço e saiu em disparada pelos corredores.

- O que você disse para deixá-lo tão animado? – Perguntou Cam logo atrás dela.

- Nem eu sei. – Ela disse sorrindo. – Mas espero que seja uma coisa boa.


Dois dias depois...


Brennan chegou ao Jeffersionan cedo naquela manhã, ela estava fazendo de tudo para fugir de todas as comemorações do dia dos namorados. Ela sabia que Booth faria algum especial, um jantar ou um passeio, ele era sempre o romântico, porém por mais que ela se divertisse e amasse passar esse dia com ele, as feridas do passado ainda ficavam doloridas nessa época do ano.

Ela colocou a bolsa na mesa e ligou o laptop, mas algo lhe chamou a atenção, um minúsculo coração de borracha estava lá, esculpido com os dizeres “Be Mine”, ela então lembrou que sempre quis ter um desse. Nas escolas onde estudou nos dias que antecipavam o dia dos namorados todos ganhavam um desse, menos ela. Brennan olhou ao redor a procura de Booth, só ele faria algo assim, mas não havia ninguém por perto, intrigada ela procurou ao redor para ver se encontrava mais alguma coisa, mas não havia mais nada. Suspirando ela guardou o coração e voltou sua atenção para o trabalho, passada duas horas uma batida na porta foi ouvida e um dos guardas estava com algo nas mãos.

- Dr. Brennan? Foi deixado isso na portaria para senhora. – Ele disse e a entregou uma única rosa vermelha e outro coraçãozinho, dessa vez “Sweet love” decorava lá.

Agradecendo ela pegou os presentes e sorriu como uma boba, Angela resolveu aparecer bem nesse momento.

- Ei, Sweetie, o que você... – Mas ela não terminou, arregalou os olhos e sorriu ainda mais. – Oh Meu Deus. Brenn, quem lhe mandou isso? Que fofo.

- Como quem, Angela?  O Booth. – Ela disse como se fosse obvio.

- Cadê o cartão? – Perguntou Angela curiosa.

- Que cartão? - Falou Booth entrando na sala.

- O que você mandou para Brennan. – Disse Angela e esperou ansiosa.

- Eu não mandei nada para Bones.

- Como não? – Falou Brennan. – Você me mandou essa rosa e dois coraçãozinhos.

-Hã?! Mas eu não mandei nada. Eu ainda nem planejei o que fazer amanhã. – Ele falou surpreso e estreitou os olhos. – Bones, você tem um admirador secreto?

- Não.. eu... quer dizer. Eu não sei. – Ela começou embaraçada e ruborizou. – Eu pensei que era você.

- Ai que romântico, um admirador. – Gritou Angela e recebeu um olhar mortal de Booth. – Desculpa Booth, mas que isso é divertido você não pode negar.

- Ok... vamos deixar isso de lado e focar no caso. – Ele disse aborrecido. – Vamos Bones, precisamos interrogar o suspeito.

E assim foi feito, durante toda a manhã eles interrogaram e correram atrás de pistas, o que os levou a um beco sem saída. Cansados e famintos eles pararam no Diner para o almoço.

- Bones, eu estava pensando em deixa a Christine amanhã com seu pai, o que você acha?

- Eu já pedi. – Ela disse e deu uma garfada no seu prato. - Ele disse que ficaria sem problemas.

- Huum, então você já até convocou seu pai. – Ele disse e sorriu debochado. – Está planejando uma surpresa para mim, Bones?

- Você sabe que eu não sou tão romântica assim, Booth. – Ela disse e revirou os olhos. – Eu só imaginei que iriamos sair.

- Sei...

- Booth, pare. – Ela disse ficando chateada.

Ele deu uma risada para quebrar o clima, o que surtiu efeito, pois ela logo o seguiu. Terminaram o almoço e ambos seguiram para o Jeffersionan, ao chegarem no escritório de Brennan mais um coraçãozinho estava na mesa, agora com “Soul mate” gravado, e estava acompanhado de um envelope colorido. Ao abriu um ursinho abraçando um coração fazia a pergunta crucial: “Be my Valentine?”.

Booth se aproximou e levou a mensagem por cima do ombro dela. Sua carranca estava crescendo enquanto ele examinava o envelope e o ambiente.

- Será que esse carinha ainda não percebeu que você é casada?

Brennan não sabia o que fazer, Booth não ficava com ciúmes dela com tanta frequência, até porque com aquele tamanho todo e sendo do FBI nenhum homem se atrevia a aproximar-se demais. 

- Tem mais alguma coisa no envelope. – Falou Ele e deixou outro bilhete cair na mesa, nesse havia o endereço do Royal Diner e uma frase: “Serei aquele com a rosa branca”.

Brennan viu o rosto de Booth mudar de surpresa para algo perigoso, muito perigoso.

- Booth, você precisa se acalmar, eu não vou a esse encontro. – Ela disse e se aproximou dele.

- Vai sim, assim que você chegar lá eu pego esse idiota.

- E vai fazer o que? Prender ele? – Perguntou ela divertida. – Só deve ser um dos estagiários aqui do Jeffersionan, uma criança, Booth.

- Uma criança bem atrevida. – Ele falou com raiva. – Você vai, nem que seja para eu ver a cara de medo dele quando eu chegar lá.

Incrédula Brennan apenas balançou a cabeça e viu Booth se afastar batendo o pé. Ela então olhou para o envelope, os três corações e a rosa. Tudo pareceu tão... tão Booth, era como ela tivesse sido arrematada para a escola, os pequenos brindes, o mistério de quem lhe enviava, os envelopes com frases simples. Ficou tão feliz em receber isso que até se sentiu mal por está esperando mais, mesmo sabendo que não via de Booth. Sua vida social nunca foi boa, principalmente na escola, e ser conhecida como a Morticia da família Addams não lhe ajudava em nada. Suspirando ela guardou todos os presentes e recomeçou se relatório.

~.~

A manhã de 14 de fevereiro começou divertida Booth tinha preparado panquecas e ele tinha enchido a casa de balões vermelhos e rosas. E entre brincadeiras e beijos eles terminaram o café da manhã, por volta das dez da manhã Booth foi até ela e a beijou na nunca.

- Você vai se atrasar para seu encontro. – Ele falou e fechou o laptop que ela segurava.

- Encontro? A gente vai sair?

- Vamos, mas não estava falando do nosso. – Ele disse divertido, esqueceu que eu tenho que assustar seu admirador secreto?

- Booth, eu disse que não vou.

- Vai sim, porque agora eu que estou curioso. Quero saber quem é esse corajoso. – Ele disse a levantou do sofá. – Vem, coloque uma roupa leve e que dê para passear, depois que eu colocar ele para correr nós vamos comemorar nosso dia dos namorados.

Sorrindo ela seguiu para o quarto sem mais discussões, ela estava curiosa também.  Colocou uma calça jeans e uma blusa verde claro tinha maguinhas e era bem leve, amarrou o cabelo num rabo de cavalo descuidado e para completar um all star antigo que Booth tinha dado a ela quando eles resolveram passar uma noite de adolescente pouco antes de Christine nascer. Ela se olhou no espelho e sorriu, é... ela estava parecendo uma adolescente. Booth entrou no quarto só de cueca e abriu um sorrisão e com uma cara sapeca gritou e cobriu o corpo:

- Ei, garota o que você fazendo aqui? Cadê minha esposa? Olha, ela é ciumenta e é melhor vou sair.

- Deixa de palhaçada, Booth. – Disse ela e jogou uma almofada nesse.

- Você está linda Bones. - Ele disse e olhou para ela com cara de bobo. Ela ruborizou e deixou um selinho nos lábios dele antes de descer.

Booth desceu logo depois estava com uma calça jeans, camisa polo e um all star também. Brennan olhou para ele e gargalhou:

- Quem é o garotão agora?

Ele lhe sorriu charmosamente e pegou a chave do carro, eles saíram de casa de mãos dadas e felizes, nem se deram conta que um casal de adolescente da casa vizinha os encaravam divertidos.

Chegaram no Diner, que estava todo enfeitado e cheio de corações e ursinhos felizes, o ambiente estava lotado e eles quase que perdia uma mesa para um casal que estavam brigando. Ambos sentaram e Brennan o encarou intrigada.

- O que foi, Bones?

- Você vai ficar ai?

- Essa é a ideia.

- Ele vai embora antes de chegar aqui. – Ela disse e esperou ele entender.

- Ohh... você está certa, ele vai pensar que você está em um encontro. – Ele disse e sorriu sem graça. Ele então foi até o balcão e esperou.

Trinta minutos depois Booth se levantou e disse a ela que ia ao banheiro, ele começou a demorar também e Brennan se viu aflita. Ela estava quase indo atrás dele quando a garçonete chegou com uma rosa branca e um coraçãozinho, nele estava gravado “Surprise”, ela olhou confusa para garçonete e a moça apontou para entrada do Diner.

Brennan arregalou os olhos e o encarou confusa, ele estava com outra rosa branca na mão, o olhar brilhando e... o maldito sorriso charmoso na face. Ele foi se aproximando e sentou na frente dela:

- Surpresa, Bones.

- Booth? Você.. o que.. mas como...

Ele gargalhou com gosto quando viu ela tentando entender tudo. Ele colocou a mão no bolso e tirou vários coraçãozinhos, e arrumando em fila na frente dela. O primeiro era um “Peguei você”, ele sorriu, realmente tinha conseguido enganá-la. O segundo um “Be my Valentine”. O terceiro um “Amo você” e um por um foi enchendo a mesa com palavras doces e sinceras. Depois que eles colocou todo lá a encarou:

- Então? Você aceita ser minha namorada?

- Já somos casados Booth, acho que passamos dessa fase.

- Não, Bones, eu nunca pedi você em namoro, as coisas aconteceram tão rápido que não segui a tradição. – Ele disse e pegou a mão dela. – Angela falou comigo e disse que você nunca teve um dia dos namorados apropriado na escola. E eu fiquei pensando.. como nenhum garoto tentou chamar você para sair? Se eu estivesse lá, Bones, você seria My Valentine.

- Mesmo eu sendo a nerd e você o popular? – Ela perguntou emocionada.

- Sim, Bones. Você seria a minha Bones e isso que importaria. – Ele sussurrou e foi para o lado dela, amos se encarando enquanto ele quebrava a distancia e unia seus lábios em um beijo doce, inocente, como um primeiro beijo.

Uma emoção tomou conta de Brennan e uma lágrima escorregou de seus olhos, era daquele jeito que ela queria ter sido beijada no seu primeiro dia dos namorados. Mas nunca teve algo sequer parecido. Mas agora ali estava ela, casada com o homem que amava, desfrutando um encontro quase juvenil vivendo emoções que estavam guardas há tanto tempo que chegava a doer, mas ele uma vez disse que criariam novas memórias e estavam fazendo isso agora. Ele colou suas testas e abriu os olhos a encarando e num sussurro falou:

- Vamos Bones, precisamos ir para o cinema. Acabei de comprar as entradas.

- Foi por isso que demorou tanto?

Ele se limitou a sorriu e puxá-la pela mão e eles saíram correndo do Diner e foram para o cinema assistiram a uma comédia romântica, para falar a verdade se beijaram mais que assistiram, gargalharam com as cenas de comedias e dividiram um balde gigante de pipocas.

Ao saíram do cinema Booth a levou a um parque de diversão andaram em vários brinquedos e já na saída passaram pela barraca do tiro, Brennan parou e viu o Smarf de pelúcia.

- Olha Booth, é o Smarf inteligente. Vamos jogar? Pleaseee. – Ela pediu e deu dois saltinhos, seu rabo de cavalo se agitou e ele não pôde resistir a tanta graça, ela tinha um brilho diferente no olhar, um brilho que ele tinha certeza que era o mesmo que a Brennan mais jovem possua.

- Ok, Bones. Eu faço isso. – Ele disse. – Sou seu namorado e sirvo para isso.

Ela gargalhou e bateu palmas feliz. Ele falou com o dono da barraca e pegou um arma e com uma pose divertida pegou com apenas uma mão e fechou um olho. Atirou. E a bala passou longe do patinho que tinha que acertar, ele olhou surpreso para ela, Brennan estava com a mão na boca e um olhar divertido. Ele descarregou a arma e só tinha acertado dois patinhos, e isso fez ela se divertir ainda mais. Se aproximando mais dele ela o abraçou por trás e o beijou no rosto.

- Vai de novo, só mais uma. – Ela pediu. Ele afirmou e foi pedir uma nova rodada.

Enquanto esperava outro casal estava fazendo a mesma coisa, e eles tinham, aparentemente, as mesmas idades de Brennan e Booth. A mulher uma loira a encarou com desprezo, assim como as populares olhavam para ela. Ela se sentiu desconfortável e olhou para Booth que fazia a mesma pose de antes, ela sabia que ele estava errado para diverti-la, mas em pensar que ela perderia para aquela mulher seu sangue ferveu, Brennan se aproximou novamente de Booth e sussurrou no ouvido dele:

- Booth, me mostra como um atirador de elite faz. – Ela disse séria demais e olhou para o lado. Booth seguiu seu olhar e entendeu toda a situação. E com um sorriso divertido ficou na postura de um verdadeiro agente do FBI e em cinco tiros precisos pegou o Smarf da prateleira mais alta.

A loira e cara que estava com ela ficaram com a boca aberta e olhos esbugalhados, enquanto Brennan saiu abraçada com o pelúcia com um sorriso que não cabia nela no rosto.

Já era por volta das sete da noite quando eles chegaram em uma lanchonete, sentaram e Booth pediu o maior Milk-shake do lugar.

- Então, Bones, como está sendo esse dia dos namorados? – Perguntou ele meio tímido.

- O melhor da minha vida. – Ela falou sincera. – Eu amo você.

- Amo você também. – Ele disse com um sorrisão e a beijou por cima da mesa. E bem nessa hora garçom trouxe o milk-shake e eles dividiram cada um com seu canudo, como dois adolescentes.

Eles ficaram na lanchonete e assistiram a vários casais dançaram na pista improvisada por causa do feriado, quando o acorde de uma música conhecida começou a tocar Booth a pegou pela mão e a levou ao centro da pista. Com carinho envolveu um braço pela cintura dela e colou seus corpos, ela o envolveu pelo pescoço e deitou a cabeça no ombro dele. A música estava lenta e ela ouviu Booth acompanhado cada frase:

Oh, her eyes, her eyes, Make the stars look like they're not shining
Her hair, her hair, Falls perfectly without her trying
She's so beautiful,  And I tell her everyday
~~
Oh, os olhos dela, os olhos dela, Fazem as estrelas parecerem que não têm brilho
O cabelo dela, o cabelo dela, Recai perfeitamente sem ela precisar fazer nada
Ela é tão linda, E eu digo isso pra ela todo dia


Ele a apertou um pouco mais e a encarou nos olhos, eles tinha um brilho que ele sempre se perdia, uma suavidade que o deixava paralisado, ali morava uma inocência que ele ás vezes se pegava desprevenido e o emocionava.


Yeah, I know, I know. When I compliment her she don't believe me
And it's so, it's so. Sad to think that she don't see what I see
But every time she asks me, do I look okay. I say
~~
Sim eu sei, sei. Quando eu a elogio, ela não acredita
E é tão, é tão. Triste pensar que ela não vê o que eu vejo
Mas sempre que ela me pergunta se está bonita. Eu digo


- Você é tão linda, Temperance. – Ele disse num sussurro rouco e tocou a face dela. Ela sorriu tímida e fechou os olhos com o toque. Ele a contemplou como se ela fosse a mais bela obra prima.


When I see your face.
There is not a thing that I would change
Cause you're amazing
Just the way you are
~~
Quando eu vejo o seu rosto
Não há nada que eu mudaria
Pois você é incrível
Do jeito que você é


- Você sabia que todo dia eu agradeço a Deus por ter me dado você? – Ele continuou no embalo da música. – Você é perfeita, e todo dia quando acordo e vejo quão serena está, meu coração se agita só em constatar que você está lá.


And when you smile
The whole world stops and stares for awhile
Cause, girl, you're amazing
Just the way you are, hey
~~
E quando você sorri
O mundo inteiro para e fica olhando por um tempo
Pois, garota, você é incrível
Do jeito que você é, ei


- Você é tão incrível, Bones. – Ele disse e sorriu. – Não apenas por ser a pessoa mais inteligente do mundo, mas por ser assim... Única. E perfeita para mim.


Her lips, her lips. I could kiss them all day if she let me
Her laugh, her laugh. She hates but I think it's so sexy
She's so beautiful. And I tell her everyday
~~
Os lábios dela, os lábios dela. Eu poderia beijá-los o dia todo se ela me permitisse
A risada dela, a risada dela. Ela odeia, mas eu acho tão sexy
Ela é tão linda. E eu digo isso pra ela todo dia


- E sabe o que mais amo em você, Bones? – Ela negou com a cabeça. – Seu coração. Ninguém a conhece como eu, eu sei que por trás dessa força toda você é uma manteiga derretida.

- Eu não sei o que isso significa. – Ela disse confusa e Booth gargalhou.

- Significa que eu te amo como nunca pensei que amaria alguém. – Ele disse e a beijou.

Um beijo carregado de amor e adoração, de inocência e honestidade, um beijo totalmente racional e irracional, uma mistura perfeita de Booth e Brennan, do único jeito que eles sabia, do jeito deles.


~.~


Anos depois ela encontraria as fotos instantâneas que tiraram na cabine do parque de diversões, e junto com as fotos todos os cartões de dia dos namorados e os coraçãozinhos coloridos. Ele chegaria e a abraçaria e faria sempre a mesma pergunta:

- Be My Valentine?


THE END


(Ship Reais) Clube do Bolinha