Autora: Juliana
Alves
Beta: Michelle
Neves
Categoria: Arquivo
X, M&S, Humor
Advertências: Nenhuma
Classificação: PG-13
Capítulos: One
shot
Completa: [x]
Sim [ ] Não
Resumo: Ciúmes,
seu nome é Dana Scully.
~.~
Scully
estava no escritório escrevendo mais um relatório que Mulder não fez, como
sempre. Eles tiveram a manhã agitada, pois foram atrás de algumas pistas. E
agora que estavam próximo do fim do expediente Scully estava louca para ir para
casa, pois previa uma dor de cabeça milenar. Porém por mais que tentasse se
concentrar, ela não conseguia. Contudo sua principal dúvida era se sua
inquietação era por falta de cafeína ou pela ausência de seu parceiro que tinha
ido atrás de Skinner e ainda não tinha voltado.
Depois
de quase cinco minutos tentando escrever a mesma frase ela pegou a xícara e foi
até a salinha do lado atrás do líquido que lhe daria energia. Quando voltou o
encontrou lá, lendo um arquivo, provavelmente sobre algum homenzinho cinza e
não pretendia, nem de longe, começar a ajudá-la no relatório. Pedindo forças a
Deus ela sentou novamente em sua mesa e resolveu ignorá-lo.
Desistiu.
Como
ela podia ignorá-lo? Ele estava ali em sua mais perfeita pose, alheio ao mundo
exterior. Seus olhos tinham um brilho que intensificava ainda mais o verde das
íris, tinha um lápis entre os dentes o que acentuava consideravelmente aquele
lábio carnudo, principalmente o da parte inferior. Fechando os olhos ela
balançou levemente a cabeça, resolveu reprimir aquela vontade de beijá-lo.
Porém antes que pudesse voltar a se concentrar ela o viu virar o rosto e o que
viu lá fez seu sangue ferver...
Uma
marca de batom. Vermelho.
Controlando
ao máximo seu forte gênio ela chamou por ele:
-
Mulder.
Derrubando
o lápis e piscando os olhos ele a encarou...
- Jezz,
Scully você quase me mata do coração!
-
Você não me ouviu voltar? – Perguntou ela inocente.
-
Não, é que eu estava concentrado neste arquivo. – Disse ele e mostrou o
documento em mãos.
-
Ok. - Ela disse e sentou na sua mesa o deixando curioso.
-
Scully, você queria perguntar alguma coisa para mim? – Perguntou ele e a
desafiou com o olhar.
-
Queria saber se você conseguiu falar com Skinner.
-
Falei sim. – Disse ele e franziu o cenho. – Ele disse que seria desnecessário
irmos à Califórnia.
Scully
apenas balançou a cabeça e voltou sua atenção para o relatório no computador.
Mulder continuou a encarando, ela estava muito estranha e ele estava com
impressão de que tinha feito alguma coisa errada, só não sabia o que era. Mas
suspirando ele deu de ombros e pensou em como eles pareciam casados, ele então
voltou para a leitura.
Enquanto
isso Scully digitava furiosamente, porém sua cabeça estava longe, ela tentava
lembrar quem estava usando batom vermelho naquele dia, mas se amaldiçoou por
não ter a memória fotográfica como Mulder, ela estava a ponto de explodir por
não saber quem tinha beijado seu parceiro. Foi então que a ficha caiu, ela
estava com ciúmes. Mas era inevitável. Eles eram melhores amigos e a conduta
estúpidas deles de não confiarem em ninguém não os deixavam escolhas, a não
ser, estarem juntos a todo momento. O que fazia Scully ter uma repentina
sensação de posse por ele.
Impaciente
ela resolveu acabar com sua miséria.
-
Mulder, você demorou a voltar. – Começou ela e pensou em como perguntar quem
era a atrevida, mas assim ficaria muito óbvio. Porém já tinha começado, que se
explodisse as suspeitas dele. Ela iria perguntar e pronto. – Você foi a outro
lugar antes de retornar?
Surpreso
Mulder a encarou, o olhar de ambos travando uma batalha furiosa, ele tentou não
transparecer, mas ele estava se divertido com o acesso de ciúmes dela. Ela
ficava encantadora vermelha de raiva. Mulder era um homem sábio e tinha
consciência da personalidade forte da parceira e se ele ainda tinha amor à vida
não a provocaria naquele momento.
Entretanto,
seu lado que adora correr riscos falou mais alto:
-
Andou me espionando, Agente Scully? – Falou ele debochado e estreitando os
olhos. – Não sabia que você está de olho em cada passo que dou.
Ela
o olhou com olhos arregalados, totalmente pega em flagrante e ele viu as
bochechas dela ficarem rosas de vergonha.
-
Não, Mulder, eu só perguntou porque... você deveria ser mais discreto em seus
encontros.
-
Encontros? Que encontros? Eu sou muito spook para as mulheres do FBI,
Scully. – Disse ele ácido.
-
Ah é? Pois não me parece, já que tem uma marca de batom bem na sua cara. –
Disse ela cuspindo as palavras.
Mulder
a encarou como se tivesse nascido mais uma cabeça nela, mas aos poucos seu
semblante deu lugar a uma face divertida e ele encarou seu computador desligado
tentando ver a marca. Revirando os olhos Scully pegou um espelho na bolsa e
ofereceu a ele. Mulder pegou um lenço e ia limpar o batom:
-
Não. – Disse ela antes que ele começasse o serviço.
-
O quê? – Perguntou ele surpreso. – Você está furiosa porque eu estava com isso
na cara e agora não quer que eu limpe?
-
Eu não disse para não limpar, é que se você for tirar só com o lenço seu rosto
vai ficar todo sujo. - Disse ela e tomou o pano dele e o umedeceu com um pouco
de produto. Ele fez cara feia, mas calou a boca assim que ela ficou de frente
para ele suavemente começou a limpar o batom vermelho.
Mulder
se viu respirando mais forte, pois Scully estava muito perto.
Perto
demais.
Seus
olhos estavam diretamente na altura dos seios dela e ele podia ver que ela
também estava com a respiração rápida. Mulder sentiu sua boca ficar
repentinamente seca, ele então a encarou e viu quando os olhos azuis se
dilataram de desejo. Mesmo sem saber se ela tinha terminando de limpar ele
levantou da cadeira ficando totalmente acima dela. Eles ainda permaneciam
próximos, mas agora Mulder podia sentir o calor do corpo dela no dele.
-
Você ficou com ciúmes, Dana? – Perguntou num sussurro.
Engolindo
em seco Scully o encarou e sorriu:
-
O que você acha, Mulder? – Disse ela e tocou em seu peito, suavemente. – Você é
meu melhor amigo, e às vezes eu fico muito possessiva.
E
antes que falasse alguma coisa Scully o puxou pela gravata e o beijou. Um beijo
feroz, possessivo e que mostrava o quanto estava ciumenta com toda aquela
situação. Se dando conta que só ela que estava “trabalhando”, Mulder a puxou
pela cintura e a sentou sobre a mesa. O que fez seus corpos colarem ainda mais.
Com esse movimento Scully soltou um gemido que o fez arrepiar. Parando o beijo
para tentarem recuperar o fôlego Mulder colou suas testas e sorriu:
-
Sabe, Scully, eu adorei esse seu lado possessivo.
-
Ahh, Cala a boca, Mulder.
Ele
não precisou de mais nenhum aviso, puxando-a novamente para si ele a beijo
agora apaixonadamente.
THE
END
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