terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

(Bones) Be My Valentine


Nota: Quando forem ler escutem a música, saberão no momento certo. :) 
Música: Just The Way You Are de Boyce Avenue. 

~.~

Autora: Juliana Alves
Classificação: PG-13
Categoria: Romance, B&B
Capítulos: One-Shot
Completa: [x] Sim [ ] Não

~.~

Booth chegou no Jeffersionan com seu relatório do caso, ele estava tão concentrado em ler as últimas anotações que não notou que Angela estava vindo em sua direção e ambos trombaram. Por reflexo ele conseguiu segurá-la antes dela cair.

- Booth, eu juro, se eu não amasse a Brenn eu te pegava. – Ela disse e sorriu divertida quando Booth ruborizou.

- Desculpe, Angela. Não vi você.

- Eu percebi. E o que você faz aqui a essa hora?

- Vim buscar a Bones para o almoço. – Ele disse.

- São 3 da tarde Booth, já passou a hora do almoço faz tempo.

- Você a viu saindo para almoçar? – Ele perguntou e esperou a resposta negativa. – Pois é, ela com certeza esqueceu. Deve está concentrada numa ossada.

- Isso é verdade. – Disse Angela e o viu se afastando - Hey, Booth, espere. Preciso falar com você.

- O que foi?

- O que vai fazer com a Brenn no dia dos namorados?

- Não sei ainda, um jantar talvez. Por quê?

- É que... ontem estávamos conversando sobre isso. Eu, Cam, Daisy e a Brenn e no meio da conversa falamos dos “Valetine’s Day” na escola, mas a Brenn nunca teve isso. – Disse Angela triste. – Ela sempre foi a...

- Eu sei. – Ele falou e suspirou. Mas então sorriu abertamente. – Angela, você acabou de me dá uma ideia.

E surpreendendo ela Booth lhe deu um abraço e saiu em disparada pelos corredores.

- O que você disse para deixá-lo tão animado? – Perguntou Cam logo atrás dela.

- Nem eu sei. – Ela disse sorrindo. – Mas espero que seja uma coisa boa.


Dois dias depois...


Brennan chegou ao Jeffersionan cedo naquela manhã, ela estava fazendo de tudo para fugir de todas as comemorações do dia dos namorados. Ela sabia que Booth faria algum especial, um jantar ou um passeio, ele era sempre o romântico, porém por mais que ela se divertisse e amasse passar esse dia com ele, as feridas do passado ainda ficavam doloridas nessa época do ano.

Ela colocou a bolsa na mesa e ligou o laptop, mas algo lhe chamou a atenção, um minúsculo coração de borracha estava lá, esculpido com os dizeres “Be Mine”, ela então lembrou que sempre quis ter um desse. Nas escolas onde estudou nos dias que antecipavam o dia dos namorados todos ganhavam um desse, menos ela. Brennan olhou ao redor a procura de Booth, só ele faria algo assim, mas não havia ninguém por perto, intrigada ela procurou ao redor para ver se encontrava mais alguma coisa, mas não havia mais nada. Suspirando ela guardou o coração e voltou sua atenção para o trabalho, passada duas horas uma batida na porta foi ouvida e um dos guardas estava com algo nas mãos.

- Dr. Brennan? Foi deixado isso na portaria para senhora. – Ele disse e a entregou uma única rosa vermelha e outro coraçãozinho, dessa vez “Sweet love” decorava lá.

Agradecendo ela pegou os presentes e sorriu como uma boba, Angela resolveu aparecer bem nesse momento.

- Ei, Sweetie, o que você... – Mas ela não terminou, arregalou os olhos e sorriu ainda mais. – Oh Meu Deus. Brenn, quem lhe mandou isso? Que fofo.

- Como quem, Angela?  O Booth. – Ela disse como se fosse obvio.

- Cadê o cartão? – Perguntou Angela curiosa.

- Que cartão? - Falou Booth entrando na sala.

- O que você mandou para Brennan. – Disse Angela e esperou ansiosa.

- Eu não mandei nada para Bones.

- Como não? – Falou Brennan. – Você me mandou essa rosa e dois coraçãozinhos.

-Hã?! Mas eu não mandei nada. Eu ainda nem planejei o que fazer amanhã. – Ele falou surpreso e estreitou os olhos. – Bones, você tem um admirador secreto?

- Não.. eu... quer dizer. Eu não sei. – Ela começou embaraçada e ruborizou. – Eu pensei que era você.

- Ai que romântico, um admirador. – Gritou Angela e recebeu um olhar mortal de Booth. – Desculpa Booth, mas que isso é divertido você não pode negar.

- Ok... vamos deixar isso de lado e focar no caso. – Ele disse aborrecido. – Vamos Bones, precisamos interrogar o suspeito.

E assim foi feito, durante toda a manhã eles interrogaram e correram atrás de pistas, o que os levou a um beco sem saída. Cansados e famintos eles pararam no Diner para o almoço.

- Bones, eu estava pensando em deixa a Christine amanhã com seu pai, o que você acha?

- Eu já pedi. – Ela disse e deu uma garfada no seu prato. - Ele disse que ficaria sem problemas.

- Huum, então você já até convocou seu pai. – Ele disse e sorriu debochado. – Está planejando uma surpresa para mim, Bones?

- Você sabe que eu não sou tão romântica assim, Booth. – Ela disse e revirou os olhos. – Eu só imaginei que iriamos sair.

- Sei...

- Booth, pare. – Ela disse ficando chateada.

Ele deu uma risada para quebrar o clima, o que surtiu efeito, pois ela logo o seguiu. Terminaram o almoço e ambos seguiram para o Jeffersionan, ao chegarem no escritório de Brennan mais um coraçãozinho estava na mesa, agora com “Soul mate” gravado, e estava acompanhado de um envelope colorido. Ao abriu um ursinho abraçando um coração fazia a pergunta crucial: “Be my Valentine?”.

Booth se aproximou e levou a mensagem por cima do ombro dela. Sua carranca estava crescendo enquanto ele examinava o envelope e o ambiente.

- Será que esse carinha ainda não percebeu que você é casada?

Brennan não sabia o que fazer, Booth não ficava com ciúmes dela com tanta frequência, até porque com aquele tamanho todo e sendo do FBI nenhum homem se atrevia a aproximar-se demais. 

- Tem mais alguma coisa no envelope. – Falou Ele e deixou outro bilhete cair na mesa, nesse havia o endereço do Royal Diner e uma frase: “Serei aquele com a rosa branca”.

Brennan viu o rosto de Booth mudar de surpresa para algo perigoso, muito perigoso.

- Booth, você precisa se acalmar, eu não vou a esse encontro. – Ela disse e se aproximou dele.

- Vai sim, assim que você chegar lá eu pego esse idiota.

- E vai fazer o que? Prender ele? – Perguntou ela divertida. – Só deve ser um dos estagiários aqui do Jeffersionan, uma criança, Booth.

- Uma criança bem atrevida. – Ele falou com raiva. – Você vai, nem que seja para eu ver a cara de medo dele quando eu chegar lá.

Incrédula Brennan apenas balançou a cabeça e viu Booth se afastar batendo o pé. Ela então olhou para o envelope, os três corações e a rosa. Tudo pareceu tão... tão Booth, era como ela tivesse sido arrematada para a escola, os pequenos brindes, o mistério de quem lhe enviava, os envelopes com frases simples. Ficou tão feliz em receber isso que até se sentiu mal por está esperando mais, mesmo sabendo que não via de Booth. Sua vida social nunca foi boa, principalmente na escola, e ser conhecida como a Morticia da família Addams não lhe ajudava em nada. Suspirando ela guardou todos os presentes e recomeçou se relatório.

~.~

A manhã de 14 de fevereiro começou divertida Booth tinha preparado panquecas e ele tinha enchido a casa de balões vermelhos e rosas. E entre brincadeiras e beijos eles terminaram o café da manhã, por volta das dez da manhã Booth foi até ela e a beijou na nunca.

- Você vai se atrasar para seu encontro. – Ele falou e fechou o laptop que ela segurava.

- Encontro? A gente vai sair?

- Vamos, mas não estava falando do nosso. – Ele disse divertido, esqueceu que eu tenho que assustar seu admirador secreto?

- Booth, eu disse que não vou.

- Vai sim, porque agora eu que estou curioso. Quero saber quem é esse corajoso. – Ele disse a levantou do sofá. – Vem, coloque uma roupa leve e que dê para passear, depois que eu colocar ele para correr nós vamos comemorar nosso dia dos namorados.

Sorrindo ela seguiu para o quarto sem mais discussões, ela estava curiosa também.  Colocou uma calça jeans e uma blusa verde claro tinha maguinhas e era bem leve, amarrou o cabelo num rabo de cavalo descuidado e para completar um all star antigo que Booth tinha dado a ela quando eles resolveram passar uma noite de adolescente pouco antes de Christine nascer. Ela se olhou no espelho e sorriu, é... ela estava parecendo uma adolescente. Booth entrou no quarto só de cueca e abriu um sorrisão e com uma cara sapeca gritou e cobriu o corpo:

- Ei, garota o que você fazendo aqui? Cadê minha esposa? Olha, ela é ciumenta e é melhor vou sair.

- Deixa de palhaçada, Booth. – Disse ela e jogou uma almofada nesse.

- Você está linda Bones. - Ele disse e olhou para ela com cara de bobo. Ela ruborizou e deixou um selinho nos lábios dele antes de descer.

Booth desceu logo depois estava com uma calça jeans, camisa polo e um all star também. Brennan olhou para ele e gargalhou:

- Quem é o garotão agora?

Ele lhe sorriu charmosamente e pegou a chave do carro, eles saíram de casa de mãos dadas e felizes, nem se deram conta que um casal de adolescente da casa vizinha os encaravam divertidos.

Chegaram no Diner, que estava todo enfeitado e cheio de corações e ursinhos felizes, o ambiente estava lotado e eles quase que perdia uma mesa para um casal que estavam brigando. Ambos sentaram e Brennan o encarou intrigada.

- O que foi, Bones?

- Você vai ficar ai?

- Essa é a ideia.

- Ele vai embora antes de chegar aqui. – Ela disse e esperou ele entender.

- Ohh... você está certa, ele vai pensar que você está em um encontro. – Ele disse e sorriu sem graça. Ele então foi até o balcão e esperou.

Trinta minutos depois Booth se levantou e disse a ela que ia ao banheiro, ele começou a demorar também e Brennan se viu aflita. Ela estava quase indo atrás dele quando a garçonete chegou com uma rosa branca e um coraçãozinho, nele estava gravado “Surprise”, ela olhou confusa para garçonete e a moça apontou para entrada do Diner.

Brennan arregalou os olhos e o encarou confusa, ele estava com outra rosa branca na mão, o olhar brilhando e... o maldito sorriso charmoso na face. Ele foi se aproximando e sentou na frente dela:

- Surpresa, Bones.

- Booth? Você.. o que.. mas como...

Ele gargalhou com gosto quando viu ela tentando entender tudo. Ele colocou a mão no bolso e tirou vários coraçãozinhos, e arrumando em fila na frente dela. O primeiro era um “Peguei você”, ele sorriu, realmente tinha conseguido enganá-la. O segundo um “Be my Valentine”. O terceiro um “Amo você” e um por um foi enchendo a mesa com palavras doces e sinceras. Depois que eles colocou todo lá a encarou:

- Então? Você aceita ser minha namorada?

- Já somos casados Booth, acho que passamos dessa fase.

- Não, Bones, eu nunca pedi você em namoro, as coisas aconteceram tão rápido que não segui a tradição. – Ele disse e pegou a mão dela. – Angela falou comigo e disse que você nunca teve um dia dos namorados apropriado na escola. E eu fiquei pensando.. como nenhum garoto tentou chamar você para sair? Se eu estivesse lá, Bones, você seria My Valentine.

- Mesmo eu sendo a nerd e você o popular? – Ela perguntou emocionada.

- Sim, Bones. Você seria a minha Bones e isso que importaria. – Ele sussurrou e foi para o lado dela, amos se encarando enquanto ele quebrava a distancia e unia seus lábios em um beijo doce, inocente, como um primeiro beijo.

Uma emoção tomou conta de Brennan e uma lágrima escorregou de seus olhos, era daquele jeito que ela queria ter sido beijada no seu primeiro dia dos namorados. Mas nunca teve algo sequer parecido. Mas agora ali estava ela, casada com o homem que amava, desfrutando um encontro quase juvenil vivendo emoções que estavam guardas há tanto tempo que chegava a doer, mas ele uma vez disse que criariam novas memórias e estavam fazendo isso agora. Ele colou suas testas e abriu os olhos a encarando e num sussurro falou:

- Vamos Bones, precisamos ir para o cinema. Acabei de comprar as entradas.

- Foi por isso que demorou tanto?

Ele se limitou a sorriu e puxá-la pela mão e eles saíram correndo do Diner e foram para o cinema assistiram a uma comédia romântica, para falar a verdade se beijaram mais que assistiram, gargalharam com as cenas de comedias e dividiram um balde gigante de pipocas.

Ao saíram do cinema Booth a levou a um parque de diversão andaram em vários brinquedos e já na saída passaram pela barraca do tiro, Brennan parou e viu o Smarf de pelúcia.

- Olha Booth, é o Smarf inteligente. Vamos jogar? Pleaseee. – Ela pediu e deu dois saltinhos, seu rabo de cavalo se agitou e ele não pôde resistir a tanta graça, ela tinha um brilho diferente no olhar, um brilho que ele tinha certeza que era o mesmo que a Brennan mais jovem possua.

- Ok, Bones. Eu faço isso. – Ele disse. – Sou seu namorado e sirvo para isso.

Ela gargalhou e bateu palmas feliz. Ele falou com o dono da barraca e pegou um arma e com uma pose divertida pegou com apenas uma mão e fechou um olho. Atirou. E a bala passou longe do patinho que tinha que acertar, ele olhou surpreso para ela, Brennan estava com a mão na boca e um olhar divertido. Ele descarregou a arma e só tinha acertado dois patinhos, e isso fez ela se divertir ainda mais. Se aproximando mais dele ela o abraçou por trás e o beijou no rosto.

- Vai de novo, só mais uma. – Ela pediu. Ele afirmou e foi pedir uma nova rodada.

Enquanto esperava outro casal estava fazendo a mesma coisa, e eles tinham, aparentemente, as mesmas idades de Brennan e Booth. A mulher uma loira a encarou com desprezo, assim como as populares olhavam para ela. Ela se sentiu desconfortável e olhou para Booth que fazia a mesma pose de antes, ela sabia que ele estava errado para diverti-la, mas em pensar que ela perderia para aquela mulher seu sangue ferveu, Brennan se aproximou novamente de Booth e sussurrou no ouvido dele:

- Booth, me mostra como um atirador de elite faz. – Ela disse séria demais e olhou para o lado. Booth seguiu seu olhar e entendeu toda a situação. E com um sorriso divertido ficou na postura de um verdadeiro agente do FBI e em cinco tiros precisos pegou o Smarf da prateleira mais alta.

A loira e cara que estava com ela ficaram com a boca aberta e olhos esbugalhados, enquanto Brennan saiu abraçada com o pelúcia com um sorriso que não cabia nela no rosto.

Já era por volta das sete da noite quando eles chegaram em uma lanchonete, sentaram e Booth pediu o maior Milk-shake do lugar.

- Então, Bones, como está sendo esse dia dos namorados? – Perguntou ele meio tímido.

- O melhor da minha vida. – Ela falou sincera. – Eu amo você.

- Amo você também. – Ele disse com um sorrisão e a beijou por cima da mesa. E bem nessa hora garçom trouxe o milk-shake e eles dividiram cada um com seu canudo, como dois adolescentes.

Eles ficaram na lanchonete e assistiram a vários casais dançaram na pista improvisada por causa do feriado, quando o acorde de uma música conhecida começou a tocar Booth a pegou pela mão e a levou ao centro da pista. Com carinho envolveu um braço pela cintura dela e colou seus corpos, ela o envolveu pelo pescoço e deitou a cabeça no ombro dele. A música estava lenta e ela ouviu Booth acompanhado cada frase:

Oh, her eyes, her eyes, Make the stars look like they're not shining
Her hair, her hair, Falls perfectly without her trying
She's so beautiful,  And I tell her everyday
~~
Oh, os olhos dela, os olhos dela, Fazem as estrelas parecerem que não têm brilho
O cabelo dela, o cabelo dela, Recai perfeitamente sem ela precisar fazer nada
Ela é tão linda, E eu digo isso pra ela todo dia


Ele a apertou um pouco mais e a encarou nos olhos, eles tinha um brilho que ele sempre se perdia, uma suavidade que o deixava paralisado, ali morava uma inocência que ele ás vezes se pegava desprevenido e o emocionava.


Yeah, I know, I know. When I compliment her she don't believe me
And it's so, it's so. Sad to think that she don't see what I see
But every time she asks me, do I look okay. I say
~~
Sim eu sei, sei. Quando eu a elogio, ela não acredita
E é tão, é tão. Triste pensar que ela não vê o que eu vejo
Mas sempre que ela me pergunta se está bonita. Eu digo


- Você é tão linda, Temperance. – Ele disse num sussurro rouco e tocou a face dela. Ela sorriu tímida e fechou os olhos com o toque. Ele a contemplou como se ela fosse a mais bela obra prima.


When I see your face.
There is not a thing that I would change
Cause you're amazing
Just the way you are
~~
Quando eu vejo o seu rosto
Não há nada que eu mudaria
Pois você é incrível
Do jeito que você é


- Você sabia que todo dia eu agradeço a Deus por ter me dado você? – Ele continuou no embalo da música. – Você é perfeita, e todo dia quando acordo e vejo quão serena está, meu coração se agita só em constatar que você está lá.


And when you smile
The whole world stops and stares for awhile
Cause, girl, you're amazing
Just the way you are, hey
~~
E quando você sorri
O mundo inteiro para e fica olhando por um tempo
Pois, garota, você é incrível
Do jeito que você é, ei


- Você é tão incrível, Bones. – Ele disse e sorriu. – Não apenas por ser a pessoa mais inteligente do mundo, mas por ser assim... Única. E perfeita para mim.


Her lips, her lips. I could kiss them all day if she let me
Her laugh, her laugh. She hates but I think it's so sexy
She's so beautiful. And I tell her everyday
~~
Os lábios dela, os lábios dela. Eu poderia beijá-los o dia todo se ela me permitisse
A risada dela, a risada dela. Ela odeia, mas eu acho tão sexy
Ela é tão linda. E eu digo isso pra ela todo dia


- E sabe o que mais amo em você, Bones? – Ela negou com a cabeça. – Seu coração. Ninguém a conhece como eu, eu sei que por trás dessa força toda você é uma manteiga derretida.

- Eu não sei o que isso significa. – Ela disse confusa e Booth gargalhou.

- Significa que eu te amo como nunca pensei que amaria alguém. – Ele disse e a beijou.

Um beijo carregado de amor e adoração, de inocência e honestidade, um beijo totalmente racional e irracional, uma mistura perfeita de Booth e Brennan, do único jeito que eles sabia, do jeito deles.


~.~


Anos depois ela encontraria as fotos instantâneas que tiraram na cabine do parque de diversões, e junto com as fotos todos os cartões de dia dos namorados e os coraçãozinhos coloridos. Ele chegaria e a abraçaria e faria sempre a mesma pergunta:

- Be My Valentine?


THE END


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

(Demily) Almoço em família




Autora: Juliana Alves
Classificação: PG-13/Romance
Capítulos: One-Shot
Completa: [x] Sim [ ] Não
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Naquela manhã de sábado Jamie ligou para o apartamento de Emily e a convidou para um almoço. Não seria a primeira vez que as famílias Boreanaz e Deschanel se reuniriam para uma tarde de tranquilidade. Aceitando alegremente o convite Emily disse que levaria a sobremesa e que chegaria por volta das 1:20 p.m. Assim que Hornsby saiu do banheiro ela avisou do passeio e foi preparar as coisas necessárias.

1:23 p.m.

Emily tocou a campainha da casa de Jamie pela segunda vez e sorriu quando David abriu a porta sorridente.
- Oi, Emis. - Ele disse e deu um beijo no rosto dela. - Hornsby.
Como já tinham participado de almoços juntos, meio que ficou claro que Hornsby sempre seria tratado pelo sobrenome e David por seu primeiro nome.
Dando passagem para eles entrarem, David informou que Jamie estava na cozinha, e foi em direção à sala, mas antes que chegassem lá um furacão com o nome Bella apareceu correndo e gritando:
- Tia Emis, tia Emis.
- Oi, minha pequena. - Falou Emily e se abaixou ainda com Henry no colo.
Sorrindo divertido, David pegou Henry e indicou o caminho da cozinha para Hornsby que ainda estava com a sobremesa nas mãos.  Enquanto David brincava com Henry, Jamie e Hornsby entraram numa conversa sobre alimentos saudáveis e achando o assunto meio chato David saiu de lá e voltou para sala onde Emily brincava com Bella Jaden apareceu depois e só percebeu que Emily estava lá quando escutou a risada dela, e foi como se tivesse visto a melhor obra prima, pois seu rosto se iluminou de tal maneira que deixou David abobalhado.
- Emis... Eu estava morrendo de saudades. - Ele falou e correu até ela.
 E sem avisou se jogou nos braços dela e ambos rolaram pelo carpete arrancando gargalhada de Bella e Henry. Se sentindo meio excluído David sentou no carpete também e chamou a filha:
- Vem cá, Bella. Vamos cair também. - Sem esperar outro incentivo ela correu e se jogou nos braços do pai que caiu de costas e fez os dois pequenos gargalharem de felicidades.
Jamie e Hornsby voltavam nesse momento para sala quando presenciaram toda a bagunça e ambos se olharam desconfortáveis, eles tinham famílias perfeitas mais o tipo de relacionamento que tinham com seus cônjuges não chegavam aos pés do que eles viam entre David e Emily. O companheirismo entre eles era tão natural que ás vezes era irritante de ver. Limpando a garganta Hornsby esperou os dois adultos prestarem atenção a eles.
- Dave. - Falou Jamie - O almoço já está pronto, vamos?
- Oh, claro. - Disse ele e se levantou pegando Henry novamente no colo.
Emily olhou para o marido e sorriu um pouco sem graça e se levantou também. Jaden sem ligar para toda a situação embaraçosa passou um braço pela cintura de Emily e sorriu para Hornsby e comentou sobre o jogo da noite anterior. Bella em sua inocência saiu saltitando e tagarelando, foi o bastante para quebrar a tensão. Sentaram os dois casais e as três crianças na mesa de piquenique, a mesa não possuía uma cabeceira então eles se dividiram, David e Jamie sentaram lado a lado no lado direito e Hornsby e Emily do outro. Jaden sentou ao lado do pai e os dois menores nas cadeiras altas na cabeceira mais larga, assim David e Emily alimentavam Bella e Henry.
Durante o almoço o clima se amenizou e os dois casais se mantiveram num clima agradável. Porém em um momento Jamie parou para observar o que Emily estava fazendo, ela estava pegando as fritas de David na maior naturalidade. Isso irritou Jamie, pois pelo que ela se lembrava David detestava que mexessem no seu prato, mas ai uma coisa a surpreendeu, ela viu ele roubando uma fatia de tomate do prato de Emily e isso sim a deixou chocada, agora ela entendeu o motivo deles terem se sentado um de frente para o outro. Terminando seu prato Jamie se levantou, como todos já tinham terminado também Emily se levantou para ajudá-la, mas Bella meio que arruinou os planos dela.
- Tia Emis, vamos brincar? - Falou a pequena e tentou descer da cadeira.
Antes que ela caísse Emily a tirou de lá, e aproveitou e pegou Henry. Com as crianças no braço e Jaden do lado dela, ela se dirigiu pra o jardim. David, Hornsby e Jamie se encarregaram de tirar toda a louça. As empregadas tinham sido dispensadas naquele dia, então para não acumular os pratos Jamie começou a lavar, David pegou uma toalha e começou a enxuga-los, mas por pouco ele não quebrou um prato e antes que percebesse foi chutado da cozinha. Ele então foi para o jardim e se juntou a Emily e as crianças.
Na cozinha Jamie e Hornsby estavam quietos executando a tarefa num silêncio confortável, mas Jamie parou o que estava fazendo e respirando fundo encarou Hornsby:
- Você acha que vão descobrir? – Falou preocupada.
- Se você continuar com esse nervosismo toda vez que estivermos juntos eles vão desconfiar. – Disse Hornsby e olhou para a janela. – Jam, eles não saberão.
- Mas... eu pensava que eles conectariam os pontos.
- Como? Você foi minha companheira de quarto na faculdade. Como eles saberiam disso?
- Não sei. E se Emily descobrir que foi eu quem deu um jeito de você aparecer na vida dela?
- Jamie... aquilo foi um erro, eu admito isso. Mas eu me apaixonei por ela e isso que importa. – Ele falou firme. – Ela é minha esposa e temos um filho lindo. Você não precisa se preocupar.
- Como não, David. – Ela falou exasperada. – Quando eu vi que o meu marido estava começando a se apaixonar por ela eu... droga, eu me desesperei e te empurrei para cima dela.
- Peraí. Isso você nunca tinha me dito. Você me disse que ela era sua amiga e nos apresentou, isso tudo era para você proteger seu casamento?
- Eu disse isso a você.
- Não... Você falou que tinha uma amiga que estava solteira e que seria uma boa conhece-la.
- David, eu pedi que você mentisse... eu pedi que falasse que a gente já se conhecia de outra festa. Achou mesmo que isso foi por que?
- Não sei, talvez que você não quisesse que Boreanaz ficasse com ciúmes.
- Ciúmes? Quem me dera. Dave só fica com ciúmes da Emily, você não lembra como foi aquela noite? Ele quase te matou com os clarões que dava com o olhar toda vez que você se aproximava dela.
- Eu lembro bem. Mas você que passou a noite grudada na Emily, eu pensava que ele estaria com ciúmes de você.
- Não. E outra coisa, D. Você realmente se apaixonou por ela?
- Não no começou, ela tem uma personalidade forte, mas quem não se apaixonaria por aquela mulher? Ela tem qualidades que você só sonha.
- Ok. Não precisa humilhar também. Tudo que eu fiz foi evitar um divórcio.
- Você mentiu, e me levou junto. Você prendeu o seu marido numa emboscada, mesmo sabendo que ele não te ama mais. Jam, isso é grave. - Disse Hornsby e passou as mãos pelo cabelo numa atitude nervosa.
- Eu sei. Mas eu não queria perdê-lo.  – Ela falou e se sentou na mesa. – Eu o amo. E se ele se separar vai fazer de tudo para conquistar a Emily.
- Ele não faria isso, ela agora é uma mulher casada. E ele é honrado, assim como a Emily. – Disse Hornsby aborrecido.
- David... você é cego ou burro? Você viu o que se passou desde que chegaram aqui? Os nossos filhos preferem eles do que  a gente. Eles dão risadas das piadas um do outro. Trocam olhares que eu nunca troquei com ele.  – Ela falou exasperada. - E uma coisa que me surpreendeu... ele nunca me deixa roubar ou pegar qualquer coisa do prato dele, e hoje eu vi Emily pegando as batatas dele e ele nem piscou, pior... ele pegou um tomate do prato dela.
- Isso não quer dizer nada. – Ele tentou desconversar.
- Oh... Pelo amor de Deus. Eles se amam e nós somos o empecilho. – Ela falou e se levantou. – Meu casamento já estava desmoronando há muito tempo e com uma atitude desesperada eu te coloquei no meio desse furacão.
- Você está é fazendo tempestade num copo d’água. Eles não irão descobrir. – Ele disse sorrindo. – Tudo vai ficar bem.
- Será mesmo? – Falou uma voz da porta fazendo Hornsby e Jamie pularem de susto.
David estava parado ao lado de Emily que trazia um Henry adormecido no colo. Ambos estavam com as caras fechadas, e mágoa transbordava dos dois olhares.
- Podemos explicar... – Começou Jamie.
- Podem sim. Mas não agora. – Falou David. – Emis, vou te mostrar o quarto...
Ele falou e indicou o caminho para ela. Tinha-se passado cinco minutos quando eles voltaram, Jaden e Bella brincavam no quintal alheios a conversa séria que os casais teriam.
- Então, quem começa? – Perguntou Emily com uma frieza que chegava a ser igual a de sua personagem.
Se entreolhando envergonhados Hornsby limpou a garganta antes de começar. E nos próximos dez minutos ele contou tudo. Respirando fundo e encarando de forma mortal para os dois, David os encarou.
- Então... deixa eu vê se entendi. Jamie estava com medo que eu pedisse a separação por ter conhecido a Emily, então ela chamou o amigo da faculdade para conhecer Emily e fazer com que ela se apaixonasse por ele. E isso tudo para nos afastar e nos deixar infelizes?
- Você está infeliz? – Perguntou Jamie chorosa.
- Há anos. E do que me lembro eu disse isso a você, mas você disse que daria tudo certo e na semana seguinte me informou que estava grávida. – Ele disse com raiva. – Você me manipulou com esse teatrinho, sabia que quando eu me apaixonasse eu correria para longe dessa farsa que é nosso casamento. Você me afastou da mulher que eu amo. – Ele respirava com dificuldade agora, sua expressão dura, tensa.
Ninguém ousou falar. Um silêncio ensurdecedor se apossou na cozinha, até que Emily com uma voz baixa falou:
- Você me amou em algum momento?
- Claro que sim. – Falou Hornsby e se ajoelhou na frente dela. – Meu amor, eu amo você. Você é tudo para mim.
- Eu te contei o que senti. – Ela falou com mágoa e decepção na voz. – Eu te disse que o amava e mesmo assim você continuou com tudo.
- Eu não sabia que era isso que a Jam queria...
- Você não é ingênuo, David. Você sabia como eu me sentia. E tenho certeza que ligou os pontos. Eu confiei em você.
Aquela última frase foi o bastante para deixa-los ainda mais expostos e tristes. Confiança... o sentimento mais importante entre parceiros, amigos, amantes. Confiança de colocar sua vida na mão de outra pessoa, confiar que tudo dará certo, confiar... confiar. Parecia tão simples. Mas ali, com os sentimentos a mostra, com a dor compartilhada, com a quebra de confiança, eles podiam ver a luz no fim do túnel. A luz que tanto Emily quanto David sonharam em ver dia após dia, seria difícil, eles sabiam, mas estavam dispostos a tudo. Seria devagar e suave como a mais doce melodia.
Se levantando Emily encarou Hornsby e o olhar dela já não era como antes, não havia mais tanta mágoa, agora havia um brilho de alivio, de liberdade e ao olhar para David ele pode ver algo bem parecido.
- Hornsby, vamos para casa. Você precisa arrumar suas coisas e amanhã comece a procurar apartamento. - Ela disse e ia saindo da cozinha quando ele a aparou.
- Não... Emis. Eu juro que te amo. Eu vou salvar nosso casamento. – Ele disse.
- Vai? De que jeito? Do mesmo jeito que sua amiga? – Ela falou com fúria. – Acabou, eu amei você, eu disse isso tantas vezes, mas agora eu posso ver que... foi tudo tão superficial. Nós dois erramos e agora precisamos concertar isso.
E sem dizer mais nada ela saiu da cozinha, Hornsby a seguiu desanimado. David e Jamie permaneceram calados, puxando uma cadeira ele sentou e apoiou a cabeça nas mãos.
- David, podemos conversar? – Começou Jamie. – Eu sei que errei, mas foi por uma boa causa. Eu quis salvar nosso amor.
- Que amor? Eu já não te amo faz tempo, Jamie. – Disse David baixo. – Eu quis tentar salvar alguma coisa, por Bella e Jaden, mas... não deu... não dá.
Ele então se levantou e saiu da cozinha, foi até o quintal brincar com os filhos. Jamie permaneceu lá, observando tudo pela janela. Ela suspirou e escutou a porta da frente se fechando e soube que Emily e Hornsby tinham ido embora.

Quatro meses depois...
Studios Fox

Emily foi até o camarim de David e o encontrou no sofá, olhos fechados e cabeça apoiada no encosto. Sem pedir licença ela entrou e se sentou ao lado dele, ficaram assim por um longo tempo, nada disseram.
David então abriu os olhos e encarou os dela.
- Então, como foi? – Perguntou ela.
- Terrível. Jamie finalmente mostrou quem era. Ela fez um escândalo, disse que iria tirar as crianças de mim e que eu vou me arrepender o resto da vida por isso. – Ela disse e suspirou. – Mas tem um lado bom. Eu não preciso fingir que sou feliz.
- Isso é bom. – Ela falou e sorriu.
- E você? Não conversamos ainda sobre o seu divórcio. – Ele falou. – Como você está? Como foi?
- Estou bem. Apesar que Hornsby ter traído minha confiança eu gostava dele. Ele é um bom pai para o Henry. – Ela falou e deu de ombros. – Foi tudo bem. Ele não disse nem exigiu nada, só que queria ver o Henry nos finais de semana. Ontem fiquei sabendo que ele começou a namorar.
- E isso te incomoda?
- Eu pensei que sim, mas... é como se ele fosse meu amigo, sabe? Eu fiquei feliz por ele. Eu não o amava tanto como eu pensei.
David ficou calado e Emily resolveu não dizer nada também, mas quando dez minutos se passou em silêncio ela respirou fundo e fez a pergunta que devia ter feito quatro meses antes naquela cozinha:
- Dave... naquele dia você falou uma coisa para Jamie. Eu só queria saber a verdade. – Começou meio receosa. – Você disse que ela lhe afastou da mulher que amava, isso quer dizer que... você sabe...
- Sei? – Ele falou sorrindo – Você não escutou errado Emis. Eu te amo. Há muito tempo. Quando eu coloquei os olhos em você... Meu Deus, sabia que estava perdido e cada vez que nossos personagens se olhavam... ali não era o Booth pode ter certeza.
- Então todas as brincadeiras e insinuações eram verdades?
- Eram, e eu fui covarde. Não me deixei ser feliz, achei que me tornaria um cafajeste se deixasse Jamie logo depois que soube da gravidez dela. – Disse com pesar. – Mas tudo era verdade, cada tentativa de te beijar, cada abraço, cada toque. Tudo era para ter certeza se você era mesmo real.
- E todo esse tempo eu pensava que amava sozinha. – Ela disse divertida. – Quando eu coloquei os olhos em você pela primeira vez te achei um metido, mas aos poucos... você simplesmente foi chegando e roubou meu coração como se rouba doce de criança.
Ele gargalhou e ela o acompanhou, ele passou um braço nos ombros dela e ela encostou a cabeça o ombro dele. Ficaram assim aconchegados, até que ele voltou a falar:
- Nós somos dois bobos mesmo. Todo mundo já tinha percebido que estávamos apaixonados, menos nós. Ou melhor eu fui covarde, sabia que me apaixonaria por você e não fiz nada.
- Igual a Booth e Brennan. – Ela comentou sorrindo. – Parece que nós temos mais deles do que tínhamos percebido.
- Pois é. Estou achando é que nossas vidas daria uma boa série.
Gargalhando eles se entreolharam, ele recostou a testa na dela e olhou para os belos olhos azuis e se deixou mergulha naquele oceano.
- O que vamos fazer, Emis? – Sussurrou ele.
- Vamos dá tempo ao tempo. – Ela disse. – Metade de Hollywood já pensam que estamos juntos, agora é só ir com calma. Eu te amo, você me ama e depois dessa confusão merecemos ser feliz.
- Nisso eu concordo com você. Eu te amo tanto, Emily. Que ás vezes chega a doer, eu pensei que amava Jamie, mas com ela foi confortável. Eu não ligava muito, era só um modo confortável de viver. Mas quando você apareceu foi como se um farol tivesse sido ligado bem na minha frente, me acordando, me deixando cego por uns instantes. – Ele falou ainda encarando ela. – Eu tinha ciúmes de você, principalmente quando algum idiota se aproximava demais, quando você ia embora... eu só faltava morrer de saudades. Eu queria saber o que você estava fazendo, o que estava lendo...
- O que estava assistindo. – Ela completou. – Ou o que você iria fazer no dia seguinte. Qual brincadeira seria? Qual sorriso me daria. Eu também ficava imaginando. Tinha dias que eu pensava se você estaria com saudades. E nas férias? Nossa... eu contava os minutos para voltar e ver você sorrindo para mim, me abraçando no meio de uma brincadeira e quando eu o encarava, mesmo tanto vestida de Brennan, era Emily quem olhava para você.
As declarações vieram tão naturais que nem tinham se esforçado. Eram apenas palavras que estavam presas a muito tempo, que esperaram demais para vim a tona. Eles ainda permaneciam na mesma posição, testas coladas, olhos grudados no outro e antes que percebessem suas faces se aproximaram e seus lábios se tocaram. Um beijo doce, sereno. Mesmo quando ele a puxou pela cintura e ela emaranhou as mãos no cabelo dele, o beijo continuou o mesmo, devagar e calmo como um reencontro de almas. Relutantes se soltaram quando o ar se fez necessário, sorriram abobalhados e se levantaram do sofá, as gravações começariam em vinte minutos e eles precisavam se arrumar, deixando um beijo suave nele Emily saiu de lá sorrindo.
Quase três horas depois, no meio de uma cena entre Brennan e Booth, vozes infantis surgiram no Studio. Bella, Jaden e Henry estavam acompanhados pelas duas babás. Falando um pedido de desculpas elas passaram direto e foram para os camarins dos pais das crianças. Quando pensou em retornar as gravações Stephen e Hart viram os sorriso luminosos dos seus pupilos e desistiram de filmar e com um grito estridente o diretor disse que era hora do almoço e todos saíram. Pegando as crianças David e Emily foram até um restaurante próximo ao Studio, durante todo o almoço brincadeiras e risadas foram compartilhadas. Até que num momento com a boca cheia de batatas fritas Jaden falou:
- Emis, você quer assistir um filme lá em casa hoje? Esse fim de semana é do papai.
Olhando para David ela viu o sorriso de esperança tomar a face dele e se pegou sorrindo também.
- Ok. Eu vou, mas com uma condição.
- Qual?
- Eu escolho o filme.
- Eeeba... – Gritou Jaden fazendo Bella e Henry acompanharem a diversão.
Ao longe Michaela e Tamara observavam toda a interação entre eles, Jaden estava entre Emily e David, Henry no colo dele e Bella no colo dela. Ambos estavam conversando e dando a devida atenção aos pequenos, sorrindo divertidas elas se entreolharam sapecas e foram para mesa onde TJ e John as esperavam. Ao se sentaram TJ comentou:
- Eles merecem ser felizes, olhem aquilo. Parecem uma família.
- Aquilo pode-se dizer que é um almoço em família. – Comentou John.
- Quanto tempo vocês acham que eles assumem? – Falou TJ.
- Dois meses – Disse John e come um pedaço do bife.
- Acho que aguentam só mais um mês. – Disse Michaela,
- Eu não acredito que vocês estão fazendo isso. – Disse Tamara.- Que tipo amigo vocês são?
- Acho que vão deixar a poeira baixar. Três meses – Disse TJ e sorriu. – Somos os melhores amigos deles. Se não fossemos nem estaríamos apostando. E então Tam?
- Eu não vou apostar. – Ela disse e recebeu o olhar fuzilador dos três. Encarou novamente a mesa de Emily e David e suspirou. – Dois meses e meio.
Gargalhando o quarteto observou quando o casal se levantou e foi em direção ao sorvete, parecia que a diversão não terminaria tão cedo.

THE END

(Ship Reais) Clube do Bolinha