terça-feira, 24 de dezembro de 2013

(Mentalist) Letters Christmas


Nota: Olá Gente... mais uma fic saída do forno, rsrsrs. Essa é uma fic-presente. Esse é meu presente de Natal para minha irmã de coração e companheira de blog. Essa é minha primeira NC então não me matem se eu escrevi alguma coisa errada. hahaha Espero que se divirtam E PLEASE comentem. ^^
MERRY CHRISTMAS!
~.~


Autora: Juliana Alves
Classificação: NC-17/Romance
Advertências: Contém linguagem gráfica de sexo
Capítulos: One-Shot
Completa: [x] Sim [ ] Não

 ~.~

Teresa Lisbon era uma mulher de respeito, independente, responsável e sábia, ainda muito jovem teve que cuidar dos irmãos quando a sua mãe faleceu e lidar com um pai alcoólatra. Ela tinha experiência com crianças e as amava, era seu instinto, o que podia fazer? Além disso tudo Teresa Lisbon era uma agente excelente e exemplar, chefe do departamento que fechava mais casos em toda a agência e mesmo com toda essa credibilidade e autoridade imposta e dominada por ela, Teresa Lisbon não sabia controlar, domar ou qualquer outra palavra que sirva de exemplo, ela simplesmente não conseguia impor regras a Patrick Jane.
Aquele era o terceiro processo em duas semanas que ela tentava negociar por causa dele. Os casos tinham sido fechados, disso ela não tinha do que reclamar, mas pelo amor de Deus, era a semana antes do natal, ela só queria um pouco de paz durante esses dias. Mas ela viu seus planos ir por água a baixo quando avistou Bertram entrando com mais um arquivo na mão.
- Mais um processo, Lisbon. – Ele disse zangado – Eu não sei o que fazer para deixá-lo fora de encrenca. Você disse que podia tomar conta dele e pelo que vejo isso não acontece. Sabe o que eu tive que fazer para o FBI não aparecer aqui e prender o Jane? Eu quase arranquei minhas calças de tanto favor que tive que cobrar. Dê um jeito nisso.
E sem deixar Lisbon emitir nenhuma defesa ele desapareceu. Respirando fundo e contado até dez ela pediu paciência a Deus para lidar com Jane, porque ela sabia que se pedisse força ela socaria aquele narizinho empinado, ou pior, descarregaria a arma dela naquele peitoral divino, e assim que o pensamento passou ela se recriminou, era só que faltava agora, ela ficar fantasiando com Jane. Oh céus, ela precisava de um namorado.
- Hey, Lisbon. – Disse Patrick e entrou na sala dela.
- O que você quer Jane? – Perguntou ela irritada.
- Nada. Apenas ficar aqui e tomar meu chá. – Ele sorriu e encarou ela. – Você se incomoda?
Se incomodar? Claro que se incomodava, ela estava pensando em como perfeito era aquele peitoral e ele aparecesse assim do nada? Oh droga, ela tem que parar de pensar nisso, do jeito que Jane era iria perceber o rubor em sua face. Mas antes que perdesse o controle total da situação ela se levantou da mesa.
- Não, Jane. Pode ficar ai mesmo. Eu já ia pegar um café para mim. – E sem esperar resposta ela sumiu da sala.
Ela foi andando pelas mesas e percebeu que todos trabalhavam alegremente, entre sorriso e brincadeiras. Os assassinatos estavam em baixa ultimamente e isso deixava todos felizes, pois só em pensar em sair do escritório num tempo frio como era nessa época já desanimava a todos e inclusive aos criminosos, ainda bem.
Chegando na cozinha ela preparou um café e sentou no balcão, segundo depois Van Pelt apareceu.
- Hey, Boss. – Ela disse e sorriu - Semana parada, não é? É até bom, mais tempo para fazer as compras de natal.
- Pois é. – Disse Lisbon e sorriu. - Eu não tenho muita paciência para fazer compras, mas como é necessário...
Sorrindo Van Pelt concordou com um aceno de cabeça e ficou pensativa por um momento.
- Boss, você está participando do amigo secreto da agência, certo?
- Tenho algum modo de fugir? – Perguntou sarcástica.
- Acho que não. – Disse Van Pelt divertida. – É que...
- É que... é que o que, Grace? Diga logo.
- É que eu ainda não comprei o presente do meu amigo secreto e queria lhe perguntar se não quer ir comigo nesse fim de semana? – Perguntou Van Pelt de uma vez antes que perdesse a coragem.
- Huumm... – Resmungou Lisbon pensativa – Bem... eu ainda não comprei e nem sei o que comprar, mas... isso seria legal. Ok, vamos marcar sim.
- Ótimo, Boss. Amanhã ainda é sexta então marcamos tudo para a manhã de sábado. – Disse Van Pelt feliz e saiu da cozinha quase saltitando.
Sorrindo divertida Lisbon voltou para a sala e nem lembrava que tinha deixado Jane lá quando o avistou ainda no sofá, agora deitado e olhando para o teto.
- Você sabe que o seu Elvis fica lá no seu sofá, não é? – Falou ela sorrindo – Lhe garanto que ele não sai por ai correndo de teto em teto.
- Voltou menos emburrada, o que aconteceu? Estava conversando com Van Pelt assuntos de meninas? – Perguntou ele sem tirar os olhos do teto.
- E se foi?
- Nada não. É que você saiu daqui irritada comigo e eu não sei o que fiz.
- Ah não? Eu posso fazer uma lista para você, se quiser.  – Ela disse começando a se irritar de novo.
- Ok, ok. – ele falou e levantou. – Entendi, você só se irrita comigo. Mas sabe qual é o ditado disso?
Ela o encarou e esperou a resposta.
- Bem... dizem que a gente só implica com quem a gente ama. – Ele falou e a encarou ternamente.
Por um momento Lisbon pôde perceber a sinceridade nos olhos dele, e ela não conseguiu evitar o amor e o sentimento de carinho suavizar seu próprio olhar. Mas tudo acabou quando ele sussurrou:
- Eu sei, Teresa, eu sou irresistível.
Então ela viu tudo ficar vermelho...
- SAI DA MINHA SALA, JANE. – Ela gritou e arremessou uma caneta.
Correndo e gargalhando divertido ele passou por Rigsby e Cho que voltavam de um lanche.

~.~

Era 9:30 da manhã de sábado e Grace batia na porta de Teresa como o combinado. Grace estava com um vestidinho rosa e botas confortáveis.
- Hey, Boss. – Ela disse sorridente. – Trouxe café.
- Bom dia, Grace. E pode me chamar de Teresa hoje, sem formalidades. – Falou Teresa sorrindo. – Obrigado pelo café.
Teresa estava confortável com suas roupas também, usava uma calça jeans justa e blusa azul um pouco mais decotada que o normal, usava botas também. Pegando a chave do carro e a bolsa as duas saíram e foram em direção ao centro, o dia prometia muita caminhada.
Quase três horas depois Grace carregava algumas sacolas enquanto Teresa ainda se dividia entre o que comprar e pararem para comer.
- Ok, é oficial. Estou exausta e faminta – Disse Teresa.
- Mas ainda não compramos nada para seu amigo secreto. – Disse Grace fazendo beicinho – Vamos lá, Teresa. Só mais algumas lojas.
- Depois, pleeeasseee. – Ela falou como uma adolescente. – Eu preciso comer, minha glicemia está baixa e posso morrer a qualquer momento. – Falou dramática.
Grace gargalhou e revirou os olhos, ela parecia a irmã mais velha ali. Ela nunca pensou que fazer compras com a chefe seria tão divertido, ela pôde conhecer um lado totalmente novo de Teresa, durante todo o passeio elas sorriram, brincaram e deram notas para os homens que passaram ao redor com direito a piscadelas e beijinho, pareciam duas adolescentes.
- Ok, fine. Vamos comer, estou faminta também. – Disse Grace e olhou ao redor a procura de uma lanchonete.
Assim que entraram um garçom veio as atender, e ao se aproximar delas as duas trocaram um olhar cúmplice. O que era totalmente compreensível, o homem parecia uma artista de Hollywood, alto, moreno, com os olhos incrivelmente azuis e um sorriso que mexeria com a estrutura de qualquer mulher.
- O que as senhoras vão querer? – Perguntou ele simpático.
- Voc... Hã... um sanduiche de frango e uma coca light. – Falou Teresa.
- Eu quero uma salada e um suco de laranja. – Disse Grace sorrindo.
- Ok, volto em breve com os pedidos. – Disse ele e saiu.
- Oh, My God. – Disse Grace com uma voz estridente. – O que foi isso, você ia dizer que queria ele?
- Ia, mas meu bom senso falou mais alto. – Disse Teresa e gargalhou.
Grace acompanhou a gargalhada e ambas começaram a conversar sobre tudo e sobre nada, até que Teresa ficou séria de repente.
- Obrigado, Grace.
- Pelo o que? – Perguntou confusa.
- Por esse dia, eu nunca me divertir tanto. – Disse Teresa sincera. – Eu tenho apenas irmãos o que significa que ninguém gostava de fazer compras, e minha adolescência foi de muito trabalho o que me deixou sem amigas. Essa é a primeira vez que eu saio assim... sem me preocupar, só me divertir. E eu agradeço a você por isso. Você é uma amiga muito boa, Grace.
Grace ficou sem saber o que dizer, mas não era preciso, as lágrimas que brilhavam de emoção em seus olhos era tudo o que Teresa precisava, e a cumplicidade que dividiram durante o dia era suficiente para confortá-la e saber que tinha uma amiga para qualquer hora.
Após um lanche as duas voltaram a fazer as compras, Grace parou em uma loja masculina e saiu de lá com três sacolas, todas com presente para os meninos da equipe.
Depois de quase meia hora elas passaram por uma loja que chamou a atenção de Teresa, elas entraram e encontraram de tudo um pouco. Era uma grande loja de souvenir. Corredor atrás de corredor elas andaram por quase uma hora quando Teresa parou em frente a uma prateleira.
- Eu acho que vou levar esse. - Ela disse e pegou o objeto. – O que você acha?
- Tem certeza que vai fazer isso?
- Tenho. – Disse Teresa, horas antes elas revelaram quem era os amigos secretos, o que revelou ser bem útil.
- Então esse é perfeito. – Disse Grace sorrindo. – Mas é melhor o verde.
Sorrindo elas foram até o caixa. Presente comprado e embalado elas saíram da loja e encerraram o dia, ambas exaustas, mas felizes e satisfeitas.

~.~

Cinco dias depois...

Aquela noite de quinta-feira era o grande dia, 24 de dezembro, véspera de Natal e a festa da agência. Todos já estavam no salão quando Teresa entrou e escutou algumas arfadas de surpresa, o que não era para menos, o vestido vermelho e decotado a deixava feminina e mostrava as curvas que ela escondia no trabalho.
Jane que estava de costas conversando com Cho e Rigsby só percebeu que alguma coisa chamava a atenção de todos quando foi totalmente ignorado e o mais surpreendente, Cho estava com cara de surpresa, isso mesmo ele estava expressando uma reação. Devagar Jane se virou e teve que fazer um esforço tremendo para não gemer na frente de todos. Teresa já o deixava desconcentrado com as roupas pouco femininas de trabalho, imagine ali naquele momento. Ele a encarou dos pés a cabeça, primeiro passou pelas sandálias altíssimas e logo em seguida admirou o vestido vermelho agarrando cada curva como uma segunda pele. E por fim a encarou, os olhos pareciam ainda mais verdes e brilhantes. Ela tinha um sorriso travesso brincando nos lábios, Teresa então procurou pelo local por algo ou alguém. Sorrindo ela foi em direção a mesa onde Grace e... Michael?? Ok, aquilo era demais até para ele, Michael era um novato, tinha vindo de Boston há algumas semanas e era tão certinho que irritava Jane. Ele deu um passo em direção a elas quando Cho o parou:
- Jane, deixe elas se divertirem. – Falou sério. – E você nem pense em sair daí Rigsby. – Ele disse e tocou o braço do outro agente.
- Você só está calmo porque não são suas garotas lá, Cho. – Disse Rigsby com raiva. Jane se limitou a concordar.
Mas então Jane parou para pensar, o que danado estava acontecendo com ele? Ele estava com ciúmes de Teresa? Era só o que faltava agora, está certo que aquele vestido o estava deixando perturbado, mas... quem ele queria enganar? Ele tinha deixado acontecer algo que ele imaginou ser improvável, ele se apaixonou. Simples assim, como uma boa xícara de chá, ele estava perdidamente apaixonado por ela, pela sua chefe, sua amiga, a única que o conhecia plenamente o seu pior e melhor lado, e essa descoberta o deixou aturdido por um momento. O que ele iria fazer para ela se apaixonar por ele também? Depois ele pensaria nisso, por enquanto ele ficaria a admirando de longe.
- Come on, Cho. Me deixe ir. – Falou Rigsby tirando Jane de seu devaneio. – Olhe o que ele está fazendo, está dando em cima da Grace.
- Men, você precisa de tratamento. – Disse Cho. – Ela é uma agente treinada e se precisasse de ajuda Lisbon está com ela. Você sabe, armada e perigosa.
- Oh Come on, Cho. – Falou Jane desolado. – Olhe aquilo, ele está dando em cima das nossas garotas.
Rigsby e Cho o encararam como se uma terceira cabeça estivesse crescido nele.
- O que? – Ele falou inocente. – Ela são nossas garotas, somos uma equipe.
- Jane, você é uma caixinha de surpresa mesmo. – Disse Rigsby e sorriu. – Estamos esperando o que? Vamos logo.
Sem mais demora os três se aproximaram da mesa que elas estavam e mesmo antes de chegaram o pobre Michael sumiu dali antes que fosse aniquilado pelo olhar mortal que era lançado para ele.
Grace que estava de frente para o salão e observava a aproximação dos rapazes os encarou com cara feia.
- Vocês intimidaram o pobre do Michael.
- Claro que não. – Falou Rigsby.
- Só viemos falar com vocês. – Disse Jane.
- Sei... – Comentou Teresa e se voltou para eles.
Antes que mais conversa fiada fosse dita, Bertram anunciou que cada departamento se dividisse e começasse o amigo secreto, só assim ele poderia comer, o que ele precisava, pois estava morrendo de fome. Todos gargalharam com a ordem. E assim foi feito, como nem todo mundo se conhecia dentro da agência cada departamento que organizasse sua própria brincadeira.
O departamento de homicídios se reuniu num canto do salão... o começo da troca de presente foi divertida, o agente Johnson deu um presente inusitado para Rigsby e todos caíram na gargalhada, um chaveiro antiperda. E durante algum tempo todos distribuíram presentes, Cho tirou Michael, Rigsby tirou Andrew e Jane tinha tirado Van Pelt e Van pelt tirou Chloe. O agente Marcel tinha tirado Lisbon e ela foi a última, todos sabiam quem faltava, mas a ansiedade era grande.
- Ok, meu amigo secreto todo mundo sabe. – Ela sorriu. – Ele nem precisa se esforçar e usar seus dotes de mentalista.
Todos sorriram e ela pegou uma caixa aos pés da cadeira e o entregou. Intrigado e com um sorrisão no rosto ele tentou adivinhar o que era:
- Humm... é retangular... é um livro?  - Perguntou ele e a viu negar. – Então uma caixa de bombom...
E durantes dois minutos ele tentou, mas Teresa já estava perdendo a paciência.
- Oh, pelo amor de Deus, Jane. Abra logo a caixa.
E ele abriu... e a olhou desconfiado. Era um álbum de fotografias. Na capa estava escrito “Foi naquele momento especial que você fotografou a essência da vida”. Jane ficou encarando o álbum alguns segundos antes de abrir, então respirando fundo abriu as primeiras páginas e seus olhos se encheram de lágrimas, fotos de Angela e Charlotte estava lá com frase simples e amáveis, e ao final tinha outra frase “Passado: Doces lembranças”. O segundo bloco de folhas estava com fotos deles, de toda a equipe, em momentos descontraídos e em cenas de crime, o que poderia ser até bizarro, mas não para ele. A segunda frase adornava com letras vermelhas “Presente: Fortes momentos”. O terceiro bloco estava totalmente em branco, ele foi até o fim e leu a última frase “Futuro: Tudo que eu sonhei”, emocionado ele olhou para ela.
- Você gostou? – Perguntou ela sussurrando.
- Se eu gostei? – Ele sorriu – Eu amei Lisbon, obrigado.
E antes que ela pudesse falar qualquer coisa ele a abraçou. Mas o abraço foi um pouco forte e ambos sentiram o formigamento de desejo passar por eles. Van Pelt percebendo a situação e a tensão que iria se formar bateu palma e disse que já estava na hora do jantar o que fez todos ignorarem a situação a frente e se voltar para a imensa mesa de jantar.
Risos, músicas, comida e uma quantidade generosa de Eggnog os deixaram um pouco mais soltos e leves. Depois de dançar com Cho e até vê-lo rir um pouco Lisbon se aproximou de Jane.
- Hey. – Ela disse sorrindo – Você realmente gostou do meu presente?
- Claro que sim. Ainda dói ver fotos ou até ouvir sobre elas, mas a dor agora diminuiu, e foi muito legal de sua parte escrever aquelas frase. – Ele disse e sorriu para ela.
- Eu não escrevi, elas já estavam no álbum.
Jane limitou a encará-la e desconfiar. Mas assim que ela abriu a boca para se defender um grito invadiu o salão.
- MISTLETOE... – Van Pelt apontou e todos encaram o casal em baixo do visgo.
Jane e Lisbon se encararam, e terror passou por eles. E agora? Eles tinham que cumprir a tradição.
- Vamos Jane, mostre que você é um homem de tradições. – Gritou Bertram.
- Lisbon... – Ele começou e deu um passo em direção a ela. – É a tradição.
- Janeee, é melhor não. Não pod....
E ela não terminou, os doces lábios dele cobriu o dela com ternura e cuidado. Um braço passou pela cintura dela e os corpos se colaram. Todos os sentidos de Lisbon entrou em alerta quando ela sentiu o gosto dele, o cheiro dele, mas do mesmo modo rápido que veio, tudo se acabou.
Todos bateram palmas e sorriram satisfeitos. Lisbon sentiu o rosto queimar e sabia que deveria está da cor do vestido, pelo menos ela iria combinar ainda com ele.
Jane estava com um sorriso presunçoso no rosto e olhou sem graça para ela. Ele estava tentado aparentar calmar, mas ele tentava controlar a respiração, pois um simples toque dela o derretia e mesmo que o beijo tivesse sido suave e rápido era suficiente para deixá-lo confuso.
Instantes depois Van Pelt apareceu ao seu lado.
- Jane, você não vai atrás dela? – Ele a encarou confuso e só percebeu do que ela estava falando quando viu Lisbon sair do salão.

~.~

Patrick não tinha conseguido alcança-la antes dela entrar no carro, como o seu cintroen estava do outro lado do estacionamento ele perdeu um tempo considerável e só chegou minutos depois dela. Batendo três vezes na porta esperou que ela atendesse.
Quando levantou o punho para bater de novo a porta foi aberta.
- O que você quer, Jane? – Perguntou Teresa com a voz cansada.
- Podemos conversar?
Abrindo relutante o restante da porta ela deu passagem para ele entrar. Ela já tinha tirado a sandália e estava ainda menor, mas o vestido ainda estava ali o provocando, Patrick estava considerando pedi que ela colocasse um roupão para poder conversarem. Mas ela o tirou de seu devaneio quando falou:
- Jane, porque fingiu que não sentiu nada lá na festa? – Foi direta
Por essa ele não esperava, o assunto veio direto e cortante.
- Você não sabe? - Ele sorriu sem graça. – Eu não podia te beijar na frente de todos.
- E porque não? Tem tanta vergonha de mim, que era errado me beijar?
- Vergonha? Por que eu teria vergonha da mulher mais linda da festa?
- Não sei, me diga você.
- Quer saber mesmo? – Ele falou e deu um passo em direção a ela colando seus corpos. – Eu não podia te beijar direito porque eu não queria que nosso primeiro beijo fosse assim, na frente de tantas pessoas e muitas desconhecidas.
Teresa viu as pupilas dele dilatarem e sabia que as própria deveria estar também. O calor que emanava deles era prova suficiente de como se sentiam.
- Sabe por que eu não queria te beijar na frente de tanta gente? – Sussurrou ele. – Eu tinha medo de que se eu começasse não conseguisse parar e acredite em mim, eu não serei capaz de parar agora.
E do mesmo jeito de antes ele a enlaçou pela cintura e a puxou de encontro ao corpo. Mas os lábios não foram ternos dessa vez, ele a beijou com a fome de anos de espera. Faminto ele não esperou por permissão e forçou a entrada da boca dela com sua língua habilidosa.
Sem resistir por muito tempo Teresa gemeu a sensação e se deixou levar, ela esperou por isso durante muito tempo para parar agora.
Patrick começou a dá passos atrás de passos e a prensou contra a parede, ele foi um pouco rude e sussurrou um ‘desculpe’ ao pé do ouvido dela. Teresa agora participava ativamente da ação e com pressa tentava tirar a camisa dele, foi ai que percebeu que naquela noite ele estava sem o colete. Com força ela conseguiu arrancar a camisa, fazendo alguns botões voaram pela sala, e com um desejo que não sabia que tinha arranhou aquele peitoral divino com que sonhava todas as noites. Gemendo Patrick a encarou e sorriu, os olhos estava escuro de excitação, mas não era só os olhos que demonstrava isso. Teresa podia sentir todo o corpo febril dele mais ainda sua masculinidade a apertando, e num gesto rápido ele tirou o vestido dela, deixando-a apenas com a lingerie. Sorrindo com malícia ele espalmou as mãos nas nádegas dela e apertou fazendo ela dá um gritinho maravilhado. E como se levantasse uma pena, a levantou e a colocou na cintura e empurrou seu corpo na parede fazendo suas intimidades se tocarem. Aquilo foi o bastante para ela, seu corpo se arrepiou e ela gemeu mais alto dessa vez.
Motivado Patrick a beijou novamente, mas dessa vez ele foi mais lento, saboreado a boca dela como se fosse um oásis no deserto. Ele se sentia sedento e só ela que conseguiria acabar com isso. Com ela ainda pressa a sua cintura ele foi caminhando para o quarto, com uma força que não mostrava no trabalho ele sustentou aos dois nas escadas, assim conseguiram chegar vivos lá.
 Já no quarto ele a desceu suavemente na cama e a olhou dos pés a cabeça, sem a presença do vestido agora.
- Você é tão linda, Teresa. – Ele disse num sussurro e deitou por cima dela. Com beijos suaves ele desceu pelo corpo dela.
Beijou ora devagar, ora mais exigente. Até que ele parou entre os seios dela, com delicadeza ele tirou o sutiã e a olhou com admiração. Dando dois beijos castos em cada um ele sorriu e a cheirou como um cãozinho, isso fez Teresa dá risadinhas, mas isso desapareceu assim que ele abocanhou um seio com fome e a levou ao delírio, o outro seio não foi abandonado, pelo contrário ele dava um tratamento bem merecido com as mãos fazendo-o ficar ainda mais rígido de desejo, depois ele trocou. Vendo que ela ficava cada vez mais excitada ele desceu sua mão pelo corpo dela, apertando onde alcançava até que chegou no local que ela mais queria e a tocou. E foi a vez dele de gemer, ela estava bem molhada e quente para ele.
Soltando o seio ele desceu até ficar com o rosto entre as pernas dela, tirou a calcinha e a cheirou:
- Oh God! Você é tão cheirosa, Teresa. – Ele disse com a voz embargada. – E tão linda.
- Droga, Jane. Faça... logo. Pare de falar, você está... me... matando – Ela disse com a voz rouca e sem fôlego.
E ele fez, a provou com a fome de mil homens, pega de surpresa ela gritou de desejo. E agarrou a cabeça dele para mantê-lo ali. Depois de alguns minutos ela sentiu seu corpo formigar e pedir por mais, e antes que pudesse pensar ou pedir ela sentiu uma explosão tomar seu corpo e ela ficou mole.
Com um sorriso bobo no rosto Patrick a beijou e ela pode se prova na boca dele. Gemendo e ainda com desejo ela inverteu as posições, ela que estava por cima agora, com habilidade e pressa ela se livrou da calça dele e o deixou só de boxer. E ao olhar para ele e ver o membro que pulsava por ela, Teresa sentiu seu coração acelerar, já fazia um tempo desde Walter que ela não tinha ninguém e pelo que ela via, estaria bem dolorida no dia seguinte.
Respirando fundo e sorrindo para Patrick ela sentou entre as pernas dele e o beijou e sem que ele percebesse, ela lhe tirou o boxer e se preparou para se unirem. Quando sentiu o aperto da mão dela em seu membro Patrick gemeu meio torturado e fechou os olhos em êxtase.
Teresa então desceu nele, polegada por polegada, mas parou quando a dor a incomodou, ele então abriu os olhos:
- Lisbon? Oh God, eu estou machucando você, saia de cima de mim. – Ele disse desesperado.
- Cala a boca, Jane. – Ela disse respirando fundo. – É que você é grande e faz um tempo que eu não faço isso, só preciso me acostumar.
Derrotado ele deitou a cabeça no travesseiro e esperou ela se ‘acostumar’, ele precisava se concentrar muito para não sentir o quando ela era apertada e quente. E Droga, ele iria vim fácil se continuasse pensando nisso.
Patrick então sentiu que ela se uniu totalmente a ele e começou a balançar o quadril, durante um tempo ela ficou naquele ritmo torturante e lento, até que ele se sentou e a abraçou e isso fez ele deslizar ainda mais para o calor dela, gemendo em unísson ele aumentou e passo. Sem fôlego e pedindo por mais Teresa cravou as unhas na pele dele e o abraçou mais apertado. Patrick sabendo que ela estava perto e ele também a beijou no pescoço, deixando uma marca. Uma marca de que ela era sua. Instantes depois ela ficou tensa e gozou. O aperto das paredes dela foi tão forte que ele não aguentou e gozou também, chamando o nome dela.
Os corpos caíram na cama exaustos e satisfeitos, mas eles ainda estavam unidos. Com o rosto no peito dele Teresa pôde ouvir o coração dele que batia descompassado assim como o dela. Levantando a cabeça eles se olharam.
Sorrindo ele a encarou:
- Eu te amo, Teresa.
Sorrindo satisfeita e ainda mais feliz com a declaração ela deitou a cabeça novamente no peito dele:
- Eu também te amo, Patrick. – Ela falou e sentiu o sono a levar.

~.~

Dia seguinte...
Já passava das dez horas da manhã quando Lisbon acordou. Ela sorriu como uma boba quando sentiu o braço dele na sua cintura. Ela olhou para o relógio e viu que já era tarde, mas a preguiça parecia que tinha se apossado do corpo dela e ela nem ligou. Algo chamou sua atenção... em cima da mesinha de cabeceira estava o álbum que ela tinha dado a ele. Pegando ela viu um envelope endereçado a ela, com a letra de Jane. Se sentando, mas mantendo o braço dele ao redor de sua cintura ela abriu a carta:
“Querido Papai Noel....
Foi assim que eu comecei minha carta de natal quando eu fiz sete anos. Naquela época eu só queria um carrinho, apenas isso Teresa. Mas meu pedido não foi atendido. Ao contrário, naquele final de ano minha mãe foi embora. Depois disso eu nunca mais escrevi uma carta para o Papai Noel.
Até que completei 17 anos e escrevi mais uma, endereçado para meu pai. Dizia que eu iria embora, que não aguentava mais aquela vida de trambiques. Mas antes que eu tivesse oportunidade de fugir ele descobriu e me bateu. Aquilo dói até hoje, Lisbon.
Depois disso eu prometi não escrever nada para ninguém. Mas anos depois eu conheci Angela e foi através das cartas que nós fugimos e fomos embora do circo. Anos após anos nossas vidas melhoravam e eu enriquecia, tivemos Charlotte e mantínhamos uma vida boa. Até que Red John apareceu. E eu prometi não escrever para ninguém mais uma vez.
Mas aqui estou eu Lisbon, escrevendo para você. Me levantei para tomar um pouco de água e ao voltar encontrei você dormindo como um anjo, eu por um momento achei que fosse um sonho. São quatro e quinze e estou lhe admirando. Você é tão linda, mas quando está adormecida e sem preocupações, ainda mais linda.
Por muito tempo eu não me permitir te amar Teresa, mas foi por puro medo. Medo de te machucar, medo de estragar tudo. Mas foi justamente esse medo que te manteve segura, eu sei que agora as coisa começarão a ficar complicada, mas farei de tudo para te provar que vai valer a pena. Eu vou te provar que te amo a cada gesto, eu sei que você pode pensar que ficou louca por está comigo. Mas eu tenho uma coisa para te dizer, se você está louca eu também estou, estou louco e perdidamente apaixonado por você.
Então... por mais que pareça que eu quero dormir e que estou aproveitando meu sono me acorde e diga que não foi um sonho e eu prometo que você receberá um maior sorriso que eu já dei”.
Encarando a carta com lágrimas nos olhos Lisbon ia colocar o álbum na mesinha quando ao lhe chamou a atenção. A aliança dele estava presa com um laço no álbum na parte do passado(doce lembranças). E havia uma fotografia na parte do futuro(tudo que eu sonhei), uma foto deles, da festa do dia anterior, mas como ele... Grace, ela devia ter mandado as fotos tirada durante a festa.
Limpando as lágrimas que nem tinha sentindo descer, ela acariciou o cabelo e beijou suavemente os lábios dele e sussurrou.
- Amor, acorde. Não foi um sonho.
Patrick abriu o sorriso mais iluminado que ela viu. Abriu os belos olhos azuis e a fitou com adoração.
THE END

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

(The Mentalist) A new beginning




Título:
 A new beginning
Autora: Michelle Neves
Categoria: Romance.
Advertências: Contém linguagem gráfica de sexo. Possíveis spoilers do 6x09.
Classificação: NC-17
Capítulos: One-shot
Completa: [x] Yes [ ] No


N/A: Olá pessoinhas queridas! *u* Bem, queria dizer que esta fic foi um presente meu para minha amiga, irmã de coração e parceira de blog: Juliana Alves. Espero que vocês gostem e deixem seus comentários, adoro saber a opinião de vocês.
Sem mais delongas.. Boa leitura a todos! ^_^
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A new beginning


Ela abriu os olhos lentamente, piscando algumas vezes para se adaptar à luz que entrava pelas frestas das persianas, conferiu seu relógio no criado mudo, ainda era cedo e além do mais, hoje era sábado. O calor do braço do seu amado ao redor da sua cintura a fez sorrir e lembrar-se da maravilhosa noite que tiveram. Lentamente, temerosa para não acordá-lo, ela girou o corpo para encará-lo. Ele parecia um anjo. E era. O seu lindo anjo.
Então um filme passou pela sua mente, não que ela tivesse um palácio de memórias, mas todos os momentos que viveu com ele estavam muito bem guardados na sua mente. A primeira vez em que o viu, e já sabia que ele seria problema. A primeira vez que ele a ajudou a prender um assassino. O primeiro abraço. O primeiro processo que ele recebeu e pelo qual ela levou um puxão de orelha do Minelli. A primeira vez em que ele a fez sorrir usando apenas um sapinho de origami. A primeira vez em que ele salvou sua vida e ela a dele. E uma das mais marcantes: a primeira vez que ele disse "Love you". Mesmo ele negando recordar-se do fato, ela sabia. Ele era um ótimo mentiroso, mas ela pôde ver verdade nos olhos dele ao dizer essas duas palavrinhas mágicas. Mesmo que ele não se lembrasse de tê-las dito, o sentimento era real. E estava lá, no peito dele, esperando o momento certo para ser exposto e vivido, mas estava lá.
Ainda deitada o observando dormir pacificamente os pensamentos dela vagaram por um específico dia, a quatro meses atrás.

Quatro meses antes

Após ter seus termos descartados pelo Agente Dennis Abbott e rejeitar os termos exigido pelo mesmo, Jane foi mandado para uma suíte de detenção, privilégio que só conseguiu devido o ótimo trabalho prestado ao Bureau de Investigação do estado da Califórnia, onde deveria cumprir pena em regime fechado por tempo ainda indeterminado ou até que Jane reconsiderasse o acordo proposto e aceitasse trabalhar para o FBI. Na medida em que o tempo passava o Abbott ficava mais impaciente e convicto de que Jane era arrogante demais para voltar atrás. Jane por outro lado sabia o que estava fazendo. Entretanto, após 3 meses de detenção a necessidade da ajuda dele em um caso envolvendo o filho do senador fez o FBI tentar um novo acordo, onde aceitavam apenas dois dos termos de Jane, aparentemente os dois mais importantes. Ele teria a ficha criminal limpa e teria sua parceira de volta, desde que esta aceitasse a proposta.
Não foi muito difícil de convencê-la. Lisbon tinha um bom emprego, o trabalho como xerife era tranquilo, como ela mesma descreveu aos amigos Wayne e Grace, eram basicamente ladrões de bicicleta. Mas ela sentia falta de algo. Por muito tempo ela trabalhou na divisão de homicídios, e apesar das cenas chocantes que às vezes tinha que confrontar ela gostava. Gostava de sentir-se realmente útil, gostava da satisfação de tirar assassinos das ruas, pessoas realmente perigosas. Bem, mas esse não era todo o motivo que a fez aceitar o novo cargo no FBI. Faltava ele, seu amigo, o parceiro mais encrenqueiro que alguém já tivera: seu anjo loiro. Droga! Ela iria ao inferno por ele se preciso fosse. E às vezes esse pensamento a assustava. Abbott ficou aliviado com a aceitação de Lisbon, porém não surpreso, e ele mesmo cuidou dos detalhes de sua transferência pessoalmente.
E naquela manhã de sexta-feira, ao saírem do prédio do FBI com tudo certo para começarem a trabalhar já na segunda-feira, Jane a convidou para Jantar. Disse que a muito tempo conhecera um lugar ali em Austin que fazia ótimos ovos mexidos e queria ver se o local ainda funcionava. Não que eles fossem jantar ovos, mas era o lema de Jane “Se os ovos mexidos são bons, pode confiar no resto”. Lisbon aceitou com facilidade, marcaram local e hora para se encontrarem e cada um partiu pra um lado.
Jane estava apreensivo, como a muito não havia estado. Deitado na cama do hotel em que havia acabado de se hospedar. Mala jogada na única poltrona do quarto, bem, não era bem uma mala afinal ele não tinha muitas roupas – ele fez uma nota mental para lembrar-se de resolver isto. Deitado na larga cama ele rodava o círculo dourado em seu anelar esquerdo. O luto pela morte prematura de sua esposa e filha havia morrido junto com o Red John. Mas não a culpa, essa ele inevitavelmente levaria para o túmulo. Porém, após concretizar sua tão buscada vingança e o período que levou naquele pedacinho de paraíso ele queria se dar uma nova chance, e não se via fazendo isso longe dela. Ele então tira a aliança e a guarda em uma gaveta no criado mudo.
Jane gastou o resto do dia comprando algumas peças de roupa, não muitas, ele não era muito de fazer compras por isso comprou todas numa mesma loja. Também aproveitou para se certificar de que o local que pretendia levar a Lisbon estava mesmo funcionando, queria estar preparado para um plano B se fosse preciso, mas não foi. O local ainda estava aberto e ele aproveitou para provar os ovos. Fabulosos! Se trocaram de cozinheiro este era ainda melhor.
Lisbon já estava atrasada há dez minutos. Havia caprichado no cabelo e na suave maquiagem, mas continuava em frente ao espelho tentando decidir entre um vestido preto e um verde. Ao olhar o relógio ficou surpresa e acabou pegando mesmo uma calça jeans e uma blusa de botões azul clara. Calçou as botas, pretas e com um pequeno salto, mas não eram as de trabalho, estas eram mais femininas. Colocou sua arma e o novo distintivo numa pequena bolsa, atravessou essa pelo pescoço e saiu.
08:30pm. Vestindo uma camisa branca de botões e calça jeans, Jane não aguentava mais esperar sentado. Começou a andar de um lado para o outro na pequena praça onde havia marcado com a Lisbon, se continuasse andando deste jeito logo iria precisar de novas solas para os seus sapatos. Já estava começando a ficar preocupado com o atraso dela, nunca duvidou que ela viria, mas temia que alguma coisa houvesse acontecido. E quando olhava o relógio mais uma vez..
 - Olá. – Jane ouve a voz suave vindo das costas dele e vira-se instantaneamente só pra dar de cara com aquele sorriso adorável, marcado por covinhas únicas.
- Olá, Teresa. – Ela o fita por breves segundos antes de seu cérebro registrar que ele havia acabado de chamá-la pelo primeiro nome e ruborizar.
- Desculpe pelo atraso.
- Eu teria esperado a noite toda. – Ele diz e a vê ruborizar ainda mais – O importante é que você está aqui agora.
- Então, aonde vamos? – Ela muda o assunto antes que seu embaraço torne-se constrangedor.
- Ahh. Isso é surpresa. Vamos? – Jane faz um gesto com a mão indicando o caminho.

Alguns minutos de caminhada depois..

- Royal Diner? É este o lugar? – Ela pergunta com estranheza.
- Sim. Este lugar vai te surpreender. – Ele disse com um lindo sorriso enquanto sua mão direita no final das costas da Lisbon a conduzia para dentro.
O ambiente parecia bastante agradável e maior do que aparentava pela entrada. Ao fundo, um jovem cantor com violão e um pianista na casa dos 50 faziam música ao vivo. À frente dos músicos uma pista de dança não muito grande. Eles escolheram uma mesa ao lado da janela, não muito ao fundo. Não demorou muito e um garçom veio atendê-los. Pediram espaguete à bolonhesa e um vinho tinto. Enquanto esperavam pelo prato saboreavam o vinho italiano sugerido por Jane.
- Então, o que está achando do lugar? – Jane sorriu questionando-a.
- Até agora me parece ótimo. Mas ainda não posso julgar pelo principal: a comida. – Respondeu sincera.
- Não se preocupe, os ovos mexidos daqui são os melhores! – Ele responde, arrancando uma pequena risada dela.
Pouco tempo depois estavam jantando. A comida era mesmo incrível, e a Lisbon não sabia se era o talento gastronômico do cheff, ou a companhia mais que agradável do seu parceiro que a fez ter a sensação de que essa era a melhor comida que ela já havia provado.
Após acabarem de jantar Jane acena para o garçom e pede a Lisbon para pedir a sobremesa para eles enquanto ele vai ao toalete.
- Mas o que você vai querer?
- Eu confio no seu gosto, Lisbon. – Ele responde e sorri antes de se virar e seguir.
Quando Jane retorna à mesa a sobremesa já havia chegado.
- Hum.. Pudim de leite. – Ele abre um sorriso. – Meu preferido. Como você sabia?
 - Eu não sabia. Mas era o meu preferido também. – Ela responde normalmente.
- Você tem um ótimo gosto, Lisbon.
- Eu sei. – Ela diz e sorri.
Lisbon já havia acabado de comer sua sobremesa e não entendia porque Jane estava fazendo aquele pequeno pudim render tanto. Quando um clássico do Blues acabou de tocar, num movimento calculado, Jane, que acabou o seu doce junto com a música, ficou de pé e deu a volta na mesa, ficando ao lado da Lisbon e oferecendo-lhe a mão direita. Ela franziu as sobrancelhas sem entender a atitude repentina dele, até que os primeiros acordes da próxima música soaram e as coisas começaram a fazer sentido. Ela ergueu as sobrancelhas em espanto, o movimento destacando ainda mais os olhos verdes, e balançou a cabeça apressadamente em negação.
- Vamos, Lisbon. Eu sei que você adora essa música. E uma dança não mata ninguém, pelo contrário, ainda ajuda na digestão.
Os motivos eram aceitáveis, mas foi mesmo o sorriso irresistível que Jane deu em seguida que a fez unir sua mão à dele e ficar de pé, deixando-se ser conduzida até a pista de dança. Ela quase achou que estava tendo um déjà vu, a mesma música, o mesmo parceiro. Mas dessa vez foi diferente. Ao ficar de frente pra ela ele levou uma a uma as mãos da Lisbon à sua nuca, deixando-as repousando lá. Em seguida, fechou um círculo ao redor da cintura dela com seus braços. Cada movimento feito sem perder o contato daquelas esmeraldas brilhantes em forma de íris.
- Eu senti saudades dos seus olhos. – Ele falou sério olhando-a intensamente.
Lisbon vacilou na mesma hora. Ela podia sentir o sangue se concentrando em seu rosto, sabia que estava corando e não pode deixar de sorrir e desviar o olhar.
- E do seu sorriso.. – Ele continua, agora usando uma das mãos para contornar o sorriso dela.
O toque dele em seu rosto era tão suave e delicado que ela nem percebeu que estava de olhos fechados, apenas desfrutando daquele toque. O sorriso foi naturalmente diminuindo e então ele levou a mão para onde esta estava anteriormente, nas costas dela. Dessa vez ela aperta mais o abraço unindo ainda mais os corpos. Era possível sentir o calor um do outro. Lisbon, com o rosto a milímetros do pescoço de Jane, pôde sentir o cheiro da colônia que ele usava, a mesma de sempre, ela não sabia o nome da fragrância, mas podia ser chamada facilmente de ‘cheirinho de Jane’.
- E até do seu cheiro. – Ele completou, afastando se um pouco para poder olhar nos olhos dela. E quando conseguiu, ele novamente alisou o rosto dela, agora com as costas dos dedos, começando no queixo e seguindo vagarosamente por baixo da orelha até parar firme na nuca dela. Ele foi abaixando o rosto em direção ao da Lisbon sem perder o contato com os olhos dela, atento para qualquer mínimo sinal de reprovação ou desconforto. Só então, não identificando nenhuma dessas reações, a milímetros do seu objetivo ele finalmente desvia o olhar, só para poder admirar aquela boca; pequena, vermelha e entreaberta, como se estivesse dando livre acesso para ele prová-la, e ele não pôde deixar de notar a respiração acelerada dela. Era bom saber que ele não era o único nervoso ali, apesar de saber esconder os sinais melhor que ela.
Calor, arrepio, excitação. Um misto de sensações foi provocado com aquele beijo. Lisbon sentiu as pernas bambearem e com uma pequena parte do seu cérebro que ainda estava raciocinando rezou pra que Jane não tivesse percebido este vacilo. Jane sentiu-se instantaneamente viciado no sabor da boca da Lisbon, e misturado a esse podia sentir também um pouco do sabor do pudim que comeram há pouco.
Já tocava outra música, entretanto, perdidos naquele beijo, nenhum dos dois se deu conta deste fato e continuavam dançando lentamente. Quando enfim o beijo foi quebrado Jane foi o primeiro a romper o silêncio.
- Pudim. – Ele disse ainda com os olhos fechados e com a testa colada à da Lisbon. Só então olhou para ela e sorriu.
Ela, que também mantinha os olhos fechados, os abriu lentamente e olhou envergonhada pra ele, soltando os braços do pescoço dele afastando-se um pouco. Notando que algo a incomodava, ele perguntou:
- O que foi, Teresa? – O sorriso sumiu e a face dele agora mostrava preocupação genuína.
- Nada. – Foi a única resposta dela, que não conseguiu olhá-lo nos olhos por mais de um segundo.
- Eu vou pedir a conta. – Ele falou, certo de que “nada” era tudo que não estava acontecendo.
Saíram do restaurante e foram caminhando lado a lado, mãos nos bolsos e quase sem se falarem e ou se olharem.  Ao passar por um parque, onde alguns casais aproveitavam a linda noite para namorarem, Jane parou e segurou o ombro de Lisbon. Ele não aguentava mais aquela situação. Precisava saber o que ela estava pensando o que a estava incomodando. Ela parou e, relutante, virou-se e olhou para ele.
- Lisbon, me desculpe. Eu não queria que você ficasse assim.. eu.. eu me precipitei.. – Ele gagueja as palavras apressadas. – Por favor, me perd..
- Shhh.. – Ela o cala botando a mão em seus lábios. – Tá tudo bem, Jane. Não precisa se desculpar. Eu também quis.
- Verdade? Então por que você está assim? Por favor, diga-me o que a está incomodando. – Ele fala chegando mais pero dela e tomando-lhe uma mão na sua.
- É que.. – Ela procura as palavras – Eu não posso me deixar envolver por você.. Você está aqui agora, mas que garantias eu tenho de que ainda estará amanhã? E se eu acordar amanhã ou depois e você tiver partido de novo sem deixar pistas? Como eu fico? Eu não sou mais uma adolescente, Jane. Não quero apenas aventuras, quero estabilidade. E pelo que eu conheço de você não é isso que você procura.
- E o que você acha que eu procuro, Lisbon? – Não obtendo respostas ele continuou. – Eu não procuro nada, porque tudo que eu quero eu já achei. – Ele passa uma mão no rosto dela, olhando a profundamente tentando fazê-la ver nos seus próprios olhos a verdade das suas palavras. – Quando eu disse que você não fazia ideia do que significava pra mim eu estava falando sério. Desde que eu perdi a Angela e a Charlotte, você foi a melhor coisa que me aconteceu. Primeiro veio a parceria, depois a amizade. Mas as coisas mudaram, Lisbon. Você, sem perceber, me mudou. E quando eu me vi estava completamente, perdidamente apaixonado por você – Ele deixa uma lágrima cair e continua. – Portanto, eu não vou a lugar nenhum, eu não quero estar em outro lugar que não seja ao teu lado. – A mão esquerda dele pega a direita dela e ele leva isso até o próprio peito, perto do coração. – Você é tudo pra mim, Teresa.
Mesmo tomada pela emoção daquelas palavras Lisbon ainda consegue reparar na mão dele e percebe, só agora, que a aliança já não está mais ali.
- O que você fez com ela? – Ela fala olhando pra mão dele e ele logo entende.
- Ela pertencia a um outro Jane. Não faz mais sentido eu usá-la. – Ele responde e depois de um momento em silêncio ele continua. – Mas.. eu acabei de me declarar pra você e você não vai falar nada?
- Jane.. isso é tudo que eu sempre quis ouvir... – Ela diz derrubando as lágrimas que saturavam seus olhos, mas é interrompida por Jane, que a puxa para um beijo ainda mais apaixonado que o primeiro. Com um braço em torno da cintura e a outra mão na nuca, ele a segurava firme. Ela com as mãos enfiadas nos cabelos de Jane, sentindo toda a maciez daqueles cachos. Agora mesmo pareciam ter esquecido que estavam em local público. Mas antes que a coisa ficasse mais séria, aproveitando a pausa para respirar ela falou:
- Jane, ainda temos um problema.
- Qual? – Ele indagou curioso.
- O FBI. A partir da segunda-feira seremos parceiros novamente e não podemos.. – Ele novamente a interrompe:
- Ah, quanto a isso não se preocupe – Falou com um grande sorriso – Eu resolvo.
- Jane, eu não quero que arranje encrenca.
- Pode ficar relaxada, Teresa. Já viu algum plano meu dar errado?
- Hum.. tirando aquela vez em que você matou o cara errado?
- Meh.. ele era um monstro de qualquer forma. Mas, não cometerei mais este erro. Pode confiar em mim.
- Bem, acho que isso significa que eu já posso começar a rezar. – Ela brincou e ambos sorriram.
- Tá ficando tarde, vou te levar pra casa. É perigoso uma moça tão bonita andar por ai sozinha a essa hora.
- Não precisa se incomodar, eu sei me cuidar e além do mais, estou armada.
- Eu faço questão de levar a minha namorada em casa. – Aquilo ficou ecoando na cabeça da Lisbon por alguns segundos.
- Namorada? – Ela perguntou com um sorriso.
- Sim. Você gosta?
- Sim. Eu gosto.
E abraçados um ao lado do outro caminharam por alguns minutos até chegar à frente da nova casa da Lisbon.
- Então é aqui que você se esconde?
- Eu não “me escondo”.
- Bem, agora que eu sei que você chegou sã e salva eu posso ir. – Ele fala parando diante dos degraus da entrada.
- Você já vai? Fez tanta questão de me trazer até aqui e nem vai entrar pra conhecer minha nova casa? – Ela pergunta fazendo biquinho.
- Teresa, Teresa.. Estou tentando ir devagar, mas desse jeito você não facilita em nada pra mim.
- Mas eu só estou convidando o meu namorado para conhecer minha casa.. isso só vai levar alguns minutos.. – Ela disse com cara de inocente.
- Ok, você venceu. Mas eu espero que leve mais do que ‘alguns minutos’. – Ele falou e viu um sorriso vitorioso surgir nos lábios dela. Lisbon pegou a mão de Jane e juntos entraram em sua casa.
Jogando a bolsa numa poltrona, ela começou a apresentação pela sala, que tinha uma grande lareira. Em seguida o levou até a cozinha e aproveitou para oferecer-lhe algo, um chá talvez. Mas ele não quis nada. E após mostrar toda a parte de baixo da casa ele perguntou:
- E o que tem lá em cima. – E ele sabia exatamente o que tinha.
- Vem comigo. – Foi a resposta dela, que seguiu para a escada o puxando pela mão.
Ao chegarem ao andar de cima ela mostrou-lhe dois quartos de hospedes, indicou-lhe mais um banheiro e por último parou diante de outra porta.
- E este é o meu quarto. – Ela falou num tom baixo e dando uma discreta mordidinha no lábio inferior. Aquilo enviou ondas de calor pelo corpo de Jane.
- É um belo quarto, Teresa.
- Eu gosto disso. – Ela diz após uma pequena risada.
- Do seu quarto? Eu também gostei.
- Não, não do meu quarto, digo, eu gosto dele também, mas o que eu quero dizer é que eu gosto quando me chama de Teresa.
- Hum.. é mesmo, Teresa? – Ele caminha até ela e a envolve em seus braços olhando bem dentro dos olhos dela.
- É.. – Ela disse com a voz rouca e baixa – Mas eu gosto ainda mais quando você me chama de sua namorada.
- Minha namorada. Só minha. – Ele começa a repetir até seus lábios encontrarem os dela.
- Eu gosto do som disso. – Lisbon o beija e começa a desabotoar a camisa de Jane. Quando ele percebe ele rompe o beijo apenas para olhar pra ela com um olhar que dizia “Tem certeza?”. Ela entende a mensagem e retribui com um sorriso e um aceno de cabeça positivo. Ele a beija novamente, desta vez com mais intensidade. Com as mãos, ela inspeciona cada centímetro quadrado de pele que encontra através da abertura da camisa, subindo as mãos pelo abdome até chegar aos ombros ela retira a camisa de Jane e a deixa cair ao chão. Como se soubesse que era a sua vez, Patrick repete o mesmo ato de Lisbon, retirando agora a blusa dela, botão por botão, admirando cada pedaço de pele branca revelada.
- Você acaba com meu autocontrole..  – Ele diz e completa – e eu amo isto.
Jane vai fazendo um passeio com sua boca partindo da boca da Lisbon, seguindo para o pescoço, onde leva um bom tempo lambiscando e chupando um pulso, arrancando arrepios e gemidos da Lisbon. Ela por sua vez acaricia e estuda cada músculo das costas de Jane, oras seguindo com as mãos até a nuca, oras pousando-as em cima do farto traseiro do seu parceiro e quando suas mãos acham o botão da calça do Jane ele as para, mostrando que ele ainda está na vez. Ele segue descendo beijos úmidos ao longo de seu corpo. Primeiro entre os seios, ainda cobertos pelo sutiã, depois pela lisa barriga aproveitando para passar a língua ao redor e depois dentro do umbigo perfeito, arrancando mais gemidos e arrepios da Lisbon e fazendo-a contrair a barriga num misto de prazer e cócegas provocadas pela barba por fazer.
Patrick, apoiado com um joelho e um pé no chão, pega uma perna de Lisbon apoiando-a em sua coxa para tirar-lhe a bota, enquanto ela apoia-se nos ombros dele. Sem nunca, ou raramente, perder o contato com os belos olhos verdes, ele tira a primeira bota. Repete a ação com o outro pé e só então começa a desabotoar a calça dela e descê-la lentamente até tirá-la por completo.
- Você é tão linda, Teresa. – Ele fala ainda abaixado, olhando-a nos olhos. Lisbon o puxa para mais um beijo ardente.
- Obrigada. – Ela agradece carinhosamente. – Mas agora é a minha vez.. – Malícia e desejo: foi o que Jane ouviu em sua voz e viu em seus olhos, respectivamente.
Lisbon mordeu levemente o queixo de Jane e foi distribuindo-lhe beijos por toda a extensão do seu maxilar até chegar ao pescoço. Ali ela parou por um momento, inalando o perfume maravilhoso que aquele homem exalava. O ‘cheirinho de Jane’. Ela sorriu rapidamente e continuou espalhando beijinhos rápidos e caprichados pelo ombro, peitoral e abdome de Jane, a sensação dos lábios macios em sua pele o fazendo se arrepiar, até parar diante do primeiro obstáculo: a calça dele. E ela logo tratou de resolver isto. Abrindo o botão e abaixando o zíper ela abaixou o jeans de Jane, o que lhe permitiu ter uma bela visão de uma ereção bem formada presa pelo box azul de Jane. Ao tirar a calça notou que em algum momento, que ela não pôde perceber, o próprio Jane já havia tirado os sapatos. Ainda abaixada ela não pôde resistir àquelas coxas grossas e subiu as mãos por elas até chegar ao cós do box de Jane. Neste momento ele a puxa pra cima e toma a boca dela na sua com uma fome selvagem. Seminus, ela pode sentir a virilidade e pulsação de uma certa parte da anatomia de Jane em seu estômago. Aquilo enviou ondas de estimulação pelo seu corpo e ela sentia a umidade entre suas pernas e sabia que já estava pronta pra ele, a muito tempo, aliás.
Ele girou seus corpos deitando-a na cama, ela posicionou-se ao centro e ele deitou em seguida por cima dela, posicionando-se com uma perna entre as dela e outra na lateral de seu corpo, controlando o peso com o cotovelo para não esmagá-la. Ele a beija como se dependesse disso pra viver. E a partir de agora ele sente realmente que dependerá. Para o resto de sua vida.
Ele sobe uma mão pela coxa da Lisbon, deliciando-se à sensação da pele sedosa em contato com a sua palma quente, seguindo até as costas dela parando somente ao alcançar o fecho do sutiã, desatando-o e libertando os dois montes macios e de bicos rígidos de prazer, a visão causa-lhe uma pontada na virilha e ele sente-se ainda mais duro. Ele abaixa-se para poder provar aqueles seios convidativos. Primeiro rodeando o bico de um com a língua, provocando-a e fazendo-a chamar pelo seu nome, em seguida ele intensifica o ato chupando e dando pequenas mordidas, fazendo-a arquear o corpo ao mesmo tempo em que ela o segurava pelos cabelos. Só após repetir o gesto no outro seio Jane parte para explorar outras áreas.
Descendo ainda mais sobre o corpo dela, Jane vai beijando, lambendo e mordiscando cada trecho de pele que encontra. Quando alcança o lugar entre as pernas da Lisbon ele a beija calorosamente em seu centro, fazendo-a arfar e clamar por ele. E mesmo tendo o tecido delicado da lingerie os separando, ele pôde sentir o calor e o cheiro exalado por ela, aquilo o entorpeceu de imediato, e seus planos de seguir beijando-a até os pés antes de voltar para aquela área tiveram que ser adiados para uma próxima vez, pois agora mesmo ele não queria outra coisa que não fosse sentir o sabor da sua amada em sua boca. E num gesto rápido ele se livrou da última peça de roupa que ainda a cobria.
Lisbon estava incapaz de pensar coerentemente. Com todo o prazer que Jane e sua língua habilidosa estavam lhe proporcionando, ela mal conseguia sibilar uma única palavra, a única que dominava seus pensamentos e a fazia se sentir em chamas. “Janeee”. Ele não tirava os olhos do rosto de Lisbon, estava adorando a visão que estava tendo, adorando ver no rosto da sua parceira todo o prazer que ela estava sentindo. Rosto retorcido, corado, olhos escurecidos, boca que ora mordia fortemente o lábio inferior, ora se abria num grito silencioso que ela se esforçava para manter preso na garganta. E ele sentiu uma pontinha de orgulho por saber que ele era o causador deste prazer.
- Jane... oh... não dá.. não vou.. aguentar.. – Ela falava com dificuldade enquanto seu corpo se contorcia.
- Não resista Teresa, deixe vir.. eu quero te ver. Venha pra mim. – Ele intensificou ainda mais o beijo íntimo, utilizando também agora os dedos para acelerar a explosão de prazer da sua namorada. Namorada. Ele também adorava isso. E com poucos segundos ela explodiu. O corpo todo pulsando e vibrando em espasmos de prazer. E Jane pôde sentir cada vibração em seus dedos e boca.
Ele escalou o corpo ainda trêmulo de Lisbon, alisou uma face rosada e sussurrou a milímetros de sua boca:
- Foi a coisa mais linda que eu já vi. Você é a mulher mais linda deste mundo, Teresa. E eu sou o cara mais sortudo. – Dito isto ele tomou a boca dela na sua e invadiu-a com sua língua compartilhando com ela o seu próprio gosto.
E bastaram só mais alguns minutos para que a Lisbon se sentisse pronta novamente. Uma perfeita combinação de força e rapidez e num piscar de olhos Lisbon estava sobre Jane, completamente no comando da situação.
- Uau! – Jane deixou escapar admirado com tamanha força e habilidade da sua pequena.
- Te surpreendi? – Ela disse com voz rouca a milímetros da boca do Jane e sem esperar pela resposta ela o beijou.
- Bom, eu confesso que sempre desconfiei que você gostasse de estar no controle também neste quesito, mas não posso negar que sim, você me surpreendeu um pouco..
- Que bom. – Ela sussurrou.
Lisbon agora descia beijos pelo corpo de Jane, certificando-se de dar a mesma atenção a cada centímetro quadrado de pele. Chegando ao box de Jane ela depositou alguns beijinhos no membro, ainda coberto, do seu parceiro, fazendo-o arfar e chamar por ela. Ela estava disposta a retribuir todo o prazer que ele proporcionara a ela, era a coisa mais justa a se fazer. Mas ele não a deixou seguir em frente. Jane se sentou, afastou-a alguns centímetros só para que ele pudesse livrar-se do seu box. Agora, com ambos completamente despidos, ele a puxa pra si, que permanece sentado sobre a cama, e ela senta-se entre as pernas de Jane com as suas sobre as dele, o enlaçando pela cintura. Os braços dela envoltos no pescoço dele. E finalmente ele a penetra. Começa lentamente, ambos gemendo e desfrutando da maravilhosa sensação. Depois os movimentos se intensificam e eles seguem nesta dança, trocando mais daqueles beijos apaixonados, os quais eles acabaram de se tornar dependentes.
Corpos unidos. Movimentos coordenados.
Mãos explorando texturas. Bocas reconhecendo sabores. Narizes identificando essências. E corações, finalmente encontrando um semelhante, batendo com a mesma intensidade num mesmo espaço de tempo. Tum-Tum-Tum. Eles estavam definitivamente na mesma frequência.
E quando estavam quase no ápice da paixão:
- I love you, Teresa. – Jane sussurra no ouvido da Lisbon. Ela não responde, porém uma lágrima de emoção escorrega de seus olhos antes dela ser completamente tomada pelo prazer, mais uma vez. Jane também se perde nos braços dela, sentindo o seu corpo vibrar em sintonia com o da Lisbon. Ele cai lentamente para trás, deitando-se e levando-a consigo, e a abrigando em seus braços. Assim permanecem por um bom tempo. Ela deitada sobre ele, a cabeça repousando sobre o peito de Jane ouvindo o coração dele desacelerar lentamente, e isso faz o seu próprio voltar também ao ritmo natural. Tum. Tum. Tum.
- Me too. – Ela finalmente responde, com certa dificuldade dada a exaustão de seu corpo.
- O quê? – Ele pergunta em tom neutro, fazendo-a reunir todas as forças de seu corpo para erguer a cabeça e encará-lo.
- Não. Não me diga mais uma vez que você não lembra.. – Ela diz com olhos suplicantes.
Ele ri largamente e responde:
- Sorry, eu não esqueci, só não pude evitar a brincadeira.
- Seu bastardo! – Ela o soca no peito, sem força para machucar um mosquito. – Você acha isso divertido?
- Desculpa, princesa. Eu te amo. Eu te amo muito! – Ele diz apertando o abraço e depositando-lhe um beijo nos lábios. – Mas é que você fica ainda mais linda quando está zangada. – Ele sorri.
- Ora, não me chame de ‘princesa’.
- Mas você é. Minha ‘princesinha zangada’. – Ele disse dando-lhe aquele maravilhoso sorriso que ganhava qualquer argumento. E vendo que seria inútil contestar e também sem ter mais energia pra isso, ela simplesmente rendeu-se, relaxando sobre o peito do seu parceiro e agora e finalmente também: amante.

Dias atuais

Lentamente Jane abriu os olhos e viu duas esmeraldas lhe admirando, e ele teve certeza de que seria impossível começar o dia de uma maneira mais perfeita.
- Bom dia, querida. – Ele disse sorridente.
- Bom dia, amor. – Ela respondeu da mesma forma.
Foram anos de parceria, amizade e cumplicidade, e ainda assim o muro continuava lá. Os impedindo de compartilhar o que eles sentiam por dentro. Foi preciso apenas um dia, ou melhor, uma noite para derrubarem o muro que os cercavam e permitirem-se tornar físico o amor que sentiam um pelo outro.
- Pronta para abrirmos os presentes? – Ele sorriu empolgado.
- Hum.. não sei, acho que quero ficar aqui só mais alguns minutinhos.
- Ora, vamos preguiçosa! – Ele disse já levantando-se da cama e indo até a janela para abrir as persianas.
- Jane, ainda é cedo.. – Ela resmunga.
- Mas hoje é um dia especial. – Ele a incentiva. – Se você não levantar eu vou ai te fazer cócegas. E você sabe que eu conheço todos os seus pontos fracos.
- Okay, okay! Você venceu! – Ela responde e num segundo está de pé, vestida no seu vestido de torcida que se tornou a camisola dela preferida do Jane. – Mas eu quero o meu primeiro.
- E você terá. – Ele sorri vitorioso.
Ambos vão até seus lados do armário e pegam, cada um, uma caixa. Em seguida voltam para a cama onde sentam um de frente para o outro.
- Certo.. aqui está o meu. – Ele, sorridente, entrega a ela uma caixa cubica de tamanho médio, e diverte-se ao olhá-la ficar cada vez mais zangada ao tirar uma caixa de dentro da outra. Após abrir a quinta caixa ela encontra uma outra caixinha no fundo e sua expressão muda instantaneamente. Essa caixinha era diferente das anteriores, esta era minúscula e aveludada. Ela ficou encarando aquilo sem reação.
- Não vai abrir?
Ela pega a pequena caixinha e a abre, revelando um lindo anel de diamantes. Agora ela estava de boca aberta, olhando alternadamente do pequeno objeto para Jane.
- Teresa. Você é a pessoa mais extraordinária que eu conheço. Às vezes durona, às vezes uma manteiga derretida. – Ele solta uma pequena risada. – Tão pequena e ainda assim tão forte e com um coração tão grande. A única em que eu posso confiar de olhos fechados. E apesar de tudo que eu fiz, mesmo conhecendo todos os meus defeitos, você ainda me ama. E só isso é suficiente para eu me sentir o homem mais sortudo da face da Terra. – Ele diz e observa o lindo sorriso emocionado nos lábios de Lisbon e as lágrimas que rolam pela face corada. – Mas eu quero mais. – Jane pegou o anel dentro da caixinha, ajoelhou-se ao pé da cama de frente para Lisbon estendendo o anel para ela e continuou – Teresa, meu amor, você aceita ser minha esposa e mãe dos meus futuros filhos?
- Oh my Gosh..! – Ela disse surpreendida.
- Isso é um sim? – Ele perguntou risonho e franzindo as sobrancelhas em incerteza.
- Sim! Sim, sim, sim! – Ela se abaixa e o abraça pelo pescoço ao mesmo tempo em que o beija ternamente.
Ao romper o beijo Jane pega a mão direita da Lisbon e após deslizar a aliança por toda a extensão de seu dedo anelar ele deposita um beijo casto em cima disto e fica admirando a sua agora noiva.
- Não vai querer olhar o seu presente? – Lisbon rompe o silêncio após passarem alguns segundos apenas se olhando.
- Claro. – Ele diz e sorri largamente.
Jane volta a sentar-se na cama, no mesmo local de antes, e recebe uma caixa, retangular e rasa, das mãos da Lisbon. Ele então puxa a fita lançando um olhar para sua noiva e sorrindo-lhe. Mas quando abre a caixa sua expressão muda de imediato.  O sorriso desaparece, o queixo cai boquiaberto, os olhos se alargam e inevitavelmente lágrimas brotam e lavam seu rosto.
- Querido, você gostou?  – Ela pergunta sem ter certeza quanto à aceitação dele.
- Teresa, isso.. isso.. – Tomado pela emoção ele não consegue continuar a frase, apenas direciona a ela um olhar genuíno e questionador.
- Sim, é verdade. – Ela responde e sorri. – Parece que o futuro não está tão longe assim, não é?
Ele a abraça forte e amavelmente. Lágrimas não param de descer pelo seu rosto.
- Obrigado, amor. – Ele diz recuperando as palavras e continua com a voz embargada devido à emoção – Esse é o melhor presente que você poderia ter me dado. – Ele afasta-se um pouco só para pegar o rosto dela entre as mãos e beijá-la no intuito de fazê-la sentir toda a intensidade de seu amor e o quanto ela o fazia feliz.
- Eu te amo tanto, Teresa! – Ele diz olhando fundo nos olhos dela após o romper do beijo.
- Eu sei, eu sinto. E eu também te amo. Muito! – Ela responde e usa uma das mãos pra secar as lágrimas dele.
- Obrigado por me fazer o homem mais feliz e completo deste universo! – Ele fala acariciando-lhe o rosto.
- É um prazer. Afinal, você já faz o mesmo por mim.
Após alguns minutos de abraços, beijos e declarações de amor Jane levantou-se da cama e colocou o seu presente no criado mudo ao lado da cama. Um porta-retratos com a ultrassonografia de um embrião de 5 semanas. Ali era o lugar perfeito para pôr a primeira fotografia do seu filho, ou filha, com a Lisbon. Assim ele poderia olhá-lo todas as manhãs e também à noite antes de dormir. Seu filho era agora do tamanho um grão de feijão, mas ele já se imaginava ensinando-o seus truques de mágica ou lendo histórias antes de dormir. “Um filho. Um filho da Lisbon. Isso será maravilhoso!” Ele sorri ao pensamento e novamente une-se a ela deitando na cama e abraçando-a por trás.
- Eu estava pensando.. Espero que nosso filho não puxe a você, ou não sei se poderei lhe dar com dois Jane’s. – Ela diz muito seriamente.
- Se ele puxar a mim.. – Ele começa, alisando a barriga ainda lisa dela. – Você estará ferrada! Você não resistirá ao nosso charme e juntos, seremos invencíveis. – Ele ri amplamente divertindo-se.
- Oh God.. Deus me ajude!
E eles ficam ali por mais algum tempo, abraçados, olhando o porta-retratos. Agora eles tinham um laço concreto. Um filho. Metade dele, metade dela. Fruto do amor que sentiam um pelo outro. Logo aquele fruto estaria dando os primeiros passos, falando as primeiras palavras. Agora tudo seria diferente, pois teriam alguém que dependeria deles. A partir de agora seriam uma família e teriam uma nova vida. Um novo começo.
- Feliz Natal, Jane.
- O melhor de todos.


Fim

(Ship Reais) Clube do Bolinha