Título: A new beginning
Autora: Michelle Neves
Categoria: Romance.
Advertências: Contém linguagem gráfica de
sexo. Possíveis spoilers do 6x09.
Classificação: NC-17
Capítulos: One-shot
Completa: [x] Yes [ ] No
N/A: Olá pessoinhas queridas! *u* Bem, queria dizer
que esta fic foi um presente meu para minha amiga, irmã de coração e parceira
de blog: Juliana Alves. Espero que vocês gostem e deixem seus comentários,
adoro saber a opinião de vocês.
Sem mais delongas.. Boa leitura a todos! ^_^
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A
new beginning
Ela
abriu os olhos lentamente, piscando algumas vezes para se adaptar à luz que
entrava pelas frestas das persianas, conferiu seu relógio no criado mudo, ainda
era cedo e além do mais, hoje era sábado. O calor do braço do seu amado ao
redor da sua cintura a fez sorrir e lembrar-se da maravilhosa noite que
tiveram. Lentamente, temerosa para não acordá-lo, ela girou o corpo para
encará-lo. Ele parecia um anjo. E era. O seu lindo anjo.
Então
um filme passou pela sua mente, não que ela tivesse um palácio de memórias, mas
todos os momentos que viveu com ele estavam muito bem guardados na sua mente. A
primeira vez em que o viu, e já sabia que ele seria problema. A primeira vez
que ele a ajudou a prender um assassino. O primeiro abraço. O primeiro processo
que ele recebeu e pelo qual ela levou um puxão de orelha do Minelli. A primeira
vez em que ele a fez sorrir usando apenas um sapinho de origami. A primeira vez
em que ele salvou sua vida e ela a dele. E uma das mais marcantes: a primeira
vez que ele disse "Love you". Mesmo ele negando recordar-se do fato,
ela sabia. Ele era um ótimo mentiroso, mas ela pôde ver verdade nos olhos dele
ao dizer essas duas palavrinhas mágicas. Mesmo que ele não se lembrasse de
tê-las dito, o sentimento era real. E estava lá, no peito dele, esperando o
momento certo para ser exposto e vivido, mas estava lá.
Ainda
deitada o observando dormir pacificamente os pensamentos dela vagaram por um específico
dia, a quatro meses atrás.
Quatro meses antes
Após
ter seus termos descartados pelo Agente Dennis Abbott e rejeitar os termos
exigido pelo mesmo, Jane foi mandado para uma suíte de detenção, privilégio que
só conseguiu devido o ótimo trabalho prestado ao Bureau de Investigação do
estado da Califórnia, onde deveria cumprir pena em regime fechado por tempo
ainda indeterminado ou até que Jane reconsiderasse o acordo proposto e
aceitasse trabalhar para o FBI. Na medida em que o tempo passava o Abbott
ficava mais impaciente e convicto de que Jane era arrogante demais para voltar
atrás. Jane por outro lado sabia o que estava fazendo. Entretanto, após 3 meses
de detenção a necessidade da ajuda dele em um caso envolvendo o filho do
senador fez o FBI tentar um novo acordo, onde aceitavam apenas dois dos termos
de Jane, aparentemente os dois mais importantes. Ele teria a ficha criminal
limpa e teria sua parceira de volta, desde que esta aceitasse a proposta.
Não
foi muito difícil de convencê-la. Lisbon tinha um bom emprego, o trabalho como
xerife era tranquilo, como ela mesma descreveu aos amigos Wayne e Grace, eram
basicamente ladrões de bicicleta. Mas ela sentia falta de algo. Por muito tempo
ela trabalhou na divisão de homicídios, e apesar das cenas chocantes que às
vezes tinha que confrontar ela gostava. Gostava de sentir-se realmente útil,
gostava da satisfação de tirar assassinos das ruas, pessoas realmente
perigosas. Bem, mas esse não era todo o motivo que a fez aceitar o novo cargo
no FBI. Faltava ele, seu amigo, o parceiro mais encrenqueiro que alguém já
tivera: seu anjo loiro. Droga! Ela iria ao inferno por ele se preciso
fosse. E às vezes esse pensamento a assustava. Abbott ficou aliviado com a
aceitação de Lisbon, porém não surpreso, e ele mesmo cuidou dos detalhes de sua
transferência pessoalmente.
E
naquela manhã de sexta-feira, ao saírem do prédio do FBI com tudo certo para
começarem a trabalhar já na segunda-feira, Jane a convidou para Jantar. Disse
que a muito tempo conhecera um lugar ali em Austin que fazia ótimos ovos
mexidos e queria ver se o local ainda funcionava. Não que eles fossem jantar
ovos, mas era o lema de Jane “Se os ovos
mexidos são bons, pode confiar no resto”. Lisbon aceitou com facilidade, marcaram
local e hora para se encontrarem e cada um partiu pra um lado.
Jane
estava apreensivo, como a muito não havia estado. Deitado na cama do hotel em
que havia acabado de se hospedar. Mala jogada na única poltrona do quarto, bem,
não era bem uma mala afinal ele não tinha muitas roupas – ele fez uma nota
mental para lembrar-se de resolver isto. Deitado na larga cama ele rodava o
círculo dourado em seu anelar esquerdo. O luto pela morte prematura de sua
esposa e filha havia morrido junto com o Red John. Mas não a culpa, essa ele
inevitavelmente levaria para o túmulo. Porém, após concretizar sua tão buscada
vingança e o período que levou naquele pedacinho de paraíso ele queria se dar
uma nova chance, e não se via fazendo isso longe dela. Ele então tira a aliança
e a guarda em uma gaveta no criado mudo.
Jane
gastou o resto do dia comprando algumas peças de roupa, não muitas, ele não era
muito de fazer compras por isso comprou todas numa mesma loja. Também
aproveitou para se certificar de que o local que pretendia levar a Lisbon
estava mesmo funcionando, queria estar preparado para um plano B se fosse
preciso, mas não foi. O local ainda estava aberto e ele aproveitou para provar
os ovos. Fabulosos! Se trocaram de
cozinheiro este era ainda melhor.
Lisbon
já estava atrasada há dez minutos. Havia caprichado no cabelo e na suave maquiagem,
mas continuava em frente ao espelho tentando decidir entre um vestido preto e
um verde. Ao olhar o relógio ficou surpresa e acabou pegando mesmo uma calça
jeans e uma blusa de botões azul clara. Calçou as botas, pretas e com um
pequeno salto, mas não eram as de trabalho, estas eram mais femininas. Colocou
sua arma e o novo distintivo numa pequena bolsa, atravessou essa pelo pescoço e
saiu.
08:30pm.
Vestindo uma camisa branca de botões e calça jeans, Jane não aguentava mais
esperar sentado. Começou a andar de um lado para o outro na pequena praça onde
havia marcado com a Lisbon, se continuasse andando deste jeito logo iria
precisar de novas solas para os seus sapatos. Já estava começando a ficar
preocupado com o atraso dela, nunca duvidou que ela viria, mas temia que alguma
coisa houvesse acontecido. E quando olhava o relógio mais uma vez..
- Olá. – Jane ouve a voz suave vindo das
costas dele e vira-se instantaneamente só pra dar de cara com aquele sorriso adorável,
marcado por covinhas únicas.
-
Olá, Teresa. – Ela o fita por breves segundos antes de seu cérebro registrar
que ele havia acabado de chamá-la pelo primeiro nome e ruborizar.
-
Desculpe pelo atraso.
-
Eu teria esperado a noite toda. – Ele diz e a vê ruborizar ainda mais – O
importante é que você está aqui agora.
-
Então, aonde vamos? – Ela muda o assunto antes que seu embaraço torne-se
constrangedor.
-
Ahh. Isso é surpresa. Vamos? – Jane faz um gesto com a mão indicando o caminho.
Alguns
minutos de caminhada depois..
-
Royal Diner? É este o lugar? – Ela pergunta com estranheza.
-
Sim. Este lugar vai te surpreender. – Ele disse com um lindo sorriso enquanto
sua mão direita no final das costas da Lisbon a conduzia para dentro.
O
ambiente parecia bastante agradável e maior do que aparentava pela entrada. Ao
fundo, um jovem cantor com violão e um pianista na casa dos 50 faziam música ao
vivo. À frente dos músicos uma pista de dança não muito grande. Eles escolheram
uma mesa ao lado da janela, não muito ao fundo. Não demorou muito e um garçom
veio atendê-los. Pediram espaguete à bolonhesa e um vinho tinto. Enquanto
esperavam pelo prato saboreavam o vinho italiano sugerido por Jane.
-
Então, o que está achando do lugar? – Jane sorriu questionando-a.
-
Até agora me parece ótimo. Mas ainda não posso julgar pelo principal: a comida.
– Respondeu sincera.
-
Não se preocupe, os ovos mexidos daqui são os melhores! – Ele responde,
arrancando uma pequena risada dela.
Pouco
tempo depois estavam jantando. A comida era mesmo incrível, e a Lisbon não sabia
se era o talento gastronômico do cheff, ou a companhia mais que agradável do
seu parceiro que a fez ter a sensação de que essa era a melhor comida que ela
já havia provado.
Após
acabarem de jantar Jane acena para o garçom e pede a Lisbon para pedir a sobremesa
para eles enquanto ele vai ao toalete.
-
Mas o que você vai querer?
-
Eu confio no seu gosto, Lisbon. – Ele responde e sorri antes de se virar e seguir.
Quando
Jane retorna à mesa a sobremesa já havia chegado.
-
Hum.. Pudim de leite. – Ele abre um sorriso. – Meu preferido. Como você sabia?
- Eu não sabia. Mas era o meu preferido
também. – Ela responde normalmente.
-
Você tem um ótimo gosto, Lisbon.
-
Eu sei. – Ela diz e sorri.
Lisbon
já havia acabado de comer sua sobremesa e não entendia porque Jane estava
fazendo aquele pequeno pudim render tanto. Quando um clássico do Blues acabou
de tocar, num movimento calculado, Jane, que acabou o seu doce junto com a
música, ficou de pé e deu a volta na mesa, ficando ao lado da Lisbon e
oferecendo-lhe a mão direita. Ela franziu as sobrancelhas sem entender a
atitude repentina dele, até que os primeiros acordes da próxima música soaram e
as coisas começaram a fazer sentido. Ela ergueu as sobrancelhas em espanto, o
movimento destacando ainda mais os olhos verdes, e balançou a cabeça
apressadamente em negação.
-
Vamos, Lisbon. Eu sei que você adora essa música. E uma dança não mata ninguém,
pelo contrário, ainda ajuda na digestão.
Os
motivos eram aceitáveis, mas foi mesmo o sorriso irresistível que Jane deu em
seguida que a fez unir sua mão à dele e ficar de pé, deixando-se ser conduzida
até a pista de dança. Ela quase achou que estava tendo um déjà vu, a mesma música, o mesmo parceiro. Mas dessa vez foi
diferente. Ao ficar de frente pra ela ele levou uma a uma as mãos da Lisbon à
sua nuca, deixando-as repousando lá. Em seguida, fechou um círculo ao redor da
cintura dela com seus braços. Cada movimento feito sem perder o contato
daquelas esmeraldas brilhantes em forma de íris.
-
Eu senti saudades dos seus olhos. – Ele falou sério olhando-a intensamente.
Lisbon
vacilou na mesma hora. Ela podia sentir o sangue se concentrando em seu rosto,
sabia que estava corando e não pode deixar de sorrir e desviar o olhar.
-
E do seu sorriso.. – Ele continua, agora usando uma das mãos para contornar o
sorriso dela.
O
toque dele em seu rosto era tão suave e delicado que ela nem percebeu que
estava de olhos fechados, apenas desfrutando daquele toque. O sorriso foi
naturalmente diminuindo e então ele levou a mão para onde esta estava
anteriormente, nas costas dela. Dessa vez ela aperta mais o abraço unindo ainda
mais os corpos. Era possível sentir o calor um do outro. Lisbon, com o rosto a
milímetros do pescoço de Jane, pôde sentir o cheiro da colônia que ele usava, a
mesma de sempre, ela não sabia o nome da fragrância, mas podia ser chamada
facilmente de ‘cheirinho de Jane’.
-
E até do seu cheiro. – Ele completou, afastando se um pouco para poder olhar
nos olhos dela. E quando conseguiu, ele novamente alisou o rosto dela, agora
com as costas dos dedos, começando no queixo e seguindo vagarosamente por baixo
da orelha até parar firme na nuca dela. Ele foi abaixando o rosto em direção ao
da Lisbon sem perder o contato com os olhos dela, atento para qualquer mínimo
sinal de reprovação ou desconforto. Só então, não identificando nenhuma dessas
reações, a milímetros do seu objetivo ele finalmente desvia o olhar, só para
poder admirar aquela boca; pequena, vermelha e entreaberta, como se estivesse
dando livre acesso para ele prová-la, e ele não pôde deixar de notar a
respiração acelerada dela. Era bom saber que ele não era o único nervoso ali,
apesar de saber esconder os sinais melhor que ela.
Calor,
arrepio, excitação. Um misto de sensações foi provocado com aquele beijo. Lisbon
sentiu as pernas bambearem e com uma pequena parte do seu cérebro que ainda
estava raciocinando rezou pra que Jane não tivesse percebido este vacilo. Jane
sentiu-se instantaneamente viciado no sabor da boca da Lisbon, e misturado a
esse podia sentir também um pouco do sabor do pudim que comeram há pouco.
Já
tocava outra música, entretanto, perdidos naquele beijo, nenhum dos dois se deu
conta deste fato e continuavam dançando lentamente. Quando enfim o beijo foi
quebrado Jane foi o primeiro a romper o silêncio.
-
Pudim. – Ele disse ainda com os olhos fechados e com a testa colada à da
Lisbon. Só então olhou para ela e sorriu.
Ela,
que também mantinha os olhos fechados, os abriu lentamente e olhou envergonhada
pra ele, soltando os braços do pescoço dele afastando-se um pouco. Notando que
algo a incomodava, ele perguntou:
-
O que foi, Teresa? – O sorriso sumiu e a face dele agora mostrava preocupação
genuína.
-
Nada. – Foi a única resposta dela, que não conseguiu olhá-lo nos olhos por mais
de um segundo.
-
Eu vou pedir a conta. – Ele falou, certo de que “nada” era tudo que não estava
acontecendo.
Saíram
do restaurante e foram caminhando lado a lado, mãos nos bolsos e quase sem se
falarem e ou se olharem. Ao passar por
um parque, onde alguns casais aproveitavam a linda noite para namorarem, Jane
parou e segurou o ombro de Lisbon. Ele não aguentava mais aquela situação.
Precisava saber o que ela estava pensando o que a estava incomodando. Ela parou
e, relutante, virou-se e olhou para ele.
-
Lisbon, me desculpe. Eu não queria que você ficasse assim.. eu.. eu me
precipitei.. – Ele gagueja as palavras apressadas. – Por favor, me perd..
-
Shhh.. – Ela o cala botando a mão em seus lábios. – Tá tudo bem, Jane. Não
precisa se desculpar. Eu também quis.
-
Verdade? Então por que você está assim? Por favor, diga-me o que a está
incomodando. – Ele fala chegando mais pero dela e tomando-lhe uma mão na sua.
-
É que.. – Ela procura as palavras – Eu não posso me deixar envolver por você..
Você está aqui agora, mas que garantias eu tenho de que ainda estará amanhã? E
se eu acordar amanhã ou depois e você tiver partido de novo sem deixar pistas?
Como eu fico? Eu não sou mais uma
adolescente, Jane. Não quero apenas aventuras, quero estabilidade. E pelo que
eu conheço de você não é isso que você procura.
-
E o que você acha que eu procuro, Lisbon? – Não obtendo respostas ele
continuou. – Eu não procuro nada, porque tudo que eu quero eu já achei. – Ele
passa uma mão no rosto dela, olhando a profundamente tentando fazê-la ver nos
seus próprios olhos a verdade das suas palavras. – Quando eu disse que você não
fazia ideia do que significava pra mim eu estava falando sério. Desde que eu
perdi a Angela e a Charlotte, você foi a melhor coisa que me aconteceu.
Primeiro veio a parceria, depois a amizade. Mas as coisas mudaram, Lisbon.
Você, sem perceber, me mudou. E quando eu me vi estava completamente,
perdidamente apaixonado por você – Ele deixa uma lágrima cair e continua. –
Portanto, eu não vou a lugar nenhum, eu não quero estar em outro lugar que não
seja ao teu lado. – A mão esquerda dele pega a direita dela e ele leva isso até
o próprio peito, perto do coração. – Você é tudo pra mim, Teresa.
Mesmo
tomada pela emoção daquelas palavras Lisbon ainda consegue reparar na mão dele
e percebe, só agora, que a aliança já não está mais ali.
-
O que você fez com ela? – Ela fala olhando pra mão dele e ele logo entende.
-
Ela pertencia a um outro Jane. Não faz mais sentido eu usá-la. – Ele responde e
depois de um momento em silêncio ele continua. – Mas.. eu acabei de me declarar
pra você e você não vai falar nada?
-
Jane.. isso é tudo que eu sempre quis ouvir... – Ela diz derrubando as lágrimas
que saturavam seus olhos, mas é interrompida por Jane, que a puxa para um beijo
ainda mais apaixonado que o primeiro. Com um braço em torno da cintura e a
outra mão na nuca, ele a segurava firme. Ela com as mãos enfiadas nos cabelos
de Jane, sentindo toda a maciez daqueles cachos. Agora mesmo pareciam ter
esquecido que estavam em local público. Mas antes que a coisa ficasse mais
séria, aproveitando a pausa para respirar ela falou:
-
Jane, ainda temos um problema.
-
Qual? – Ele indagou curioso.
-
O FBI. A partir da segunda-feira seremos parceiros novamente e não podemos.. – Ele
novamente a interrompe:
-
Ah, quanto a isso não se preocupe – Falou com um grande sorriso – Eu resolvo.
-
Jane, eu não quero que arranje encrenca.
-
Pode ficar relaxada, Teresa. Já viu algum plano meu dar errado?
-
Hum.. tirando aquela vez em que você matou o cara errado?
-
Meh.. ele era um monstro de qualquer forma. Mas, não cometerei mais este erro.
Pode confiar em mim.
-
Bem, acho que isso significa que eu já posso começar a rezar. – Ela brincou e
ambos sorriram.
-
Tá ficando tarde, vou te levar pra casa. É perigoso uma moça tão bonita andar
por ai sozinha a essa hora.
-
Não precisa se incomodar, eu sei me cuidar e além do mais, estou armada.
-
Eu faço questão de levar a minha namorada
em casa. – Aquilo ficou ecoando na cabeça da Lisbon por alguns segundos.
-
Namorada? – Ela perguntou com um sorriso.
-
Sim. Você gosta?
-
Sim. Eu gosto.
E
abraçados um ao lado do outro caminharam por alguns minutos até chegar à frente
da nova casa da Lisbon.
-
Então é aqui que você se esconde?
-
Eu não “me escondo”.
-
Bem, agora que eu sei que você chegou sã e salva eu posso ir. – Ele fala
parando diante dos degraus da entrada.
-
Você já vai? Fez tanta questão de me trazer até aqui e nem vai entrar pra
conhecer minha nova casa? – Ela pergunta fazendo biquinho.
-
Teresa, Teresa.. Estou tentando ir devagar, mas desse jeito você não facilita
em nada pra mim.
-
Mas eu só estou convidando o meu namorado
para conhecer minha casa.. isso só vai levar alguns minutos.. – Ela disse com
cara de inocente.
-
Ok, você venceu. Mas eu espero que leve mais do que ‘alguns minutos’. – Ele falou e viu um sorriso vitorioso surgir nos
lábios dela. Lisbon pegou a mão de Jane e juntos entraram em sua casa.
Jogando
a bolsa numa poltrona, ela começou a apresentação pela sala, que tinha uma
grande lareira. Em seguida o levou até a cozinha e aproveitou para oferecer-lhe
algo, um chá talvez. Mas ele não quis nada. E após mostrar toda a parte de
baixo da casa ele perguntou:
-
E o que tem lá em cima. – E ele sabia exatamente o que tinha.
-
Vem comigo. – Foi a resposta dela, que seguiu para a escada o puxando pela mão.
Ao
chegarem ao andar de cima ela mostrou-lhe dois quartos de hospedes, indicou-lhe
mais um banheiro e por último parou diante de outra porta.
-
E este é o meu quarto. – Ela falou num tom baixo e dando uma discreta
mordidinha no lábio inferior. Aquilo enviou ondas de calor pelo corpo de Jane.
-
É um belo quarto, Teresa.
-
Eu gosto disso. – Ela diz após uma pequena risada.
-
Do seu quarto? Eu também gostei.
-
Não, não do meu quarto, digo, eu gosto dele também, mas o que eu quero dizer é
que eu gosto quando me chama de Teresa.
-
Hum.. é mesmo, Teresa? – Ele caminha
até ela e a envolve em seus braços olhando bem dentro dos olhos dela.
-
É.. – Ela disse com a voz rouca e baixa – Mas eu gosto ainda mais quando você
me chama de sua namorada.
-
Minha namorada. Só minha. – Ele começa a repetir até seus lábios encontrarem os
dela.
-
Eu gosto do som disso. – Lisbon o beija e começa a desabotoar a camisa de Jane.
Quando ele percebe ele rompe o beijo apenas para olhar pra ela com um olhar que
dizia “Tem certeza?”. Ela entende a
mensagem e retribui com um sorriso e um aceno de cabeça positivo. Ele a beija
novamente, desta vez com mais intensidade. Com as mãos, ela inspeciona cada
centímetro quadrado de pele que encontra através da abertura da camisa, subindo
as mãos pelo abdome até chegar aos ombros ela retira a camisa de Jane e a deixa
cair ao chão. Como se soubesse que era a sua vez, Patrick repete o mesmo ato de
Lisbon, retirando agora a blusa dela, botão por botão, admirando cada pedaço de
pele branca revelada.
-
Você acaba com meu autocontrole.. – Ele
diz e completa – e eu amo isto.
Jane
vai fazendo um passeio com sua boca partindo da boca da Lisbon, seguindo para o
pescoço, onde leva um bom tempo lambiscando e chupando um pulso, arrancando
arrepios e gemidos da Lisbon. Ela por sua vez acaricia e estuda cada músculo
das costas de Jane, oras seguindo com as mãos até a nuca, oras pousando-as em
cima do farto traseiro do seu parceiro e quando suas mãos acham o botão da
calça do Jane ele as para, mostrando que ele ainda está na vez. Ele segue
descendo beijos úmidos ao longo de seu corpo. Primeiro entre os seios, ainda
cobertos pelo sutiã, depois pela lisa barriga aproveitando para passar a língua
ao redor e depois dentro do umbigo perfeito, arrancando mais gemidos e arrepios
da Lisbon e fazendo-a contrair a barriga num misto de prazer e cócegas
provocadas pela barba por fazer.
Patrick,
apoiado com um joelho e um pé no chão, pega uma perna de Lisbon apoiando-a em
sua coxa para tirar-lhe a bota, enquanto ela apoia-se nos ombros dele. Sem
nunca, ou raramente, perder o contato com os belos olhos verdes, ele tira a
primeira bota. Repete a ação com o outro pé e só então começa a desabotoar a
calça dela e descê-la lentamente até tirá-la por completo.
-
Você é tão linda, Teresa. – Ele fala ainda abaixado, olhando-a nos olhos.
Lisbon o puxa para mais um beijo ardente.
-
Obrigada. – Ela agradece carinhosamente. – Mas agora é a minha vez.. – Malícia
e desejo: foi o que Jane ouviu em sua voz e viu em seus olhos, respectivamente.
Lisbon
mordeu levemente o queixo de Jane e foi distribuindo-lhe beijos por toda a
extensão do seu maxilar até chegar ao pescoço. Ali ela parou por um momento,
inalando o perfume maravilhoso que aquele homem exalava. O ‘cheirinho de Jane’. Ela sorriu rapidamente e continuou espalhando
beijinhos rápidos e caprichados pelo ombro, peitoral e abdome de Jane, a
sensação dos lábios macios em sua pele o fazendo se arrepiar, até parar diante
do primeiro obstáculo: a calça dele. E ela logo tratou de resolver isto.
Abrindo o botão e abaixando o zíper ela abaixou o jeans de Jane, o que lhe
permitiu ter uma bela visão de uma ereção bem formada presa pelo box azul de
Jane. Ao tirar a calça notou que em algum momento, que ela não pôde perceber, o
próprio Jane já havia tirado os sapatos. Ainda abaixada ela não pôde resistir
àquelas coxas grossas e subiu as mãos por elas até chegar ao cós do box de
Jane. Neste momento ele a puxa pra cima e toma a boca dela na sua com uma fome
selvagem. Seminus, ela pode sentir a virilidade e pulsação de uma certa parte da
anatomia de Jane em seu estômago. Aquilo enviou ondas de estimulação pelo seu
corpo e ela sentia a umidade entre suas pernas e sabia que já estava pronta pra
ele, a muito tempo, aliás.
Ele
girou seus corpos deitando-a na cama, ela posicionou-se ao centro e ele deitou
em seguida por cima dela, posicionando-se com uma perna entre as dela e outra
na lateral de seu corpo, controlando o peso com o cotovelo para não esmagá-la. Ele
a beija como se dependesse disso pra viver. E a partir de agora ele sente
realmente que dependerá. Para o resto de sua vida.
Ele
sobe uma mão pela coxa da Lisbon, deliciando-se à sensação da pele sedosa em
contato com a sua palma quente, seguindo até as costas dela parando somente ao
alcançar o fecho do sutiã, desatando-o e libertando os dois montes macios e de
bicos rígidos de prazer, a visão causa-lhe uma pontada na virilha e ele
sente-se ainda mais duro. Ele abaixa-se para poder provar aqueles seios
convidativos. Primeiro rodeando o bico de um com a língua, provocando-a e
fazendo-a chamar pelo seu nome, em seguida ele intensifica o ato chupando e
dando pequenas mordidas, fazendo-a arquear o corpo ao mesmo tempo em que ela o
segurava pelos cabelos. Só após repetir o gesto no outro seio Jane parte para
explorar outras áreas.
Descendo
ainda mais sobre o corpo dela, Jane vai beijando, lambendo e mordiscando cada
trecho de pele que encontra. Quando alcança o lugar entre as pernas da Lisbon
ele a beija calorosamente em seu centro, fazendo-a arfar e clamar por ele. E
mesmo tendo o tecido delicado da lingerie os separando, ele pôde sentir o calor
e o cheiro exalado por ela, aquilo o entorpeceu de imediato, e seus planos de
seguir beijando-a até os pés antes de voltar para aquela área tiveram que ser
adiados para uma próxima vez, pois agora mesmo ele não queria outra coisa que
não fosse sentir o sabor da sua amada em sua boca. E num gesto rápido ele se
livrou da última peça de roupa que ainda a cobria.
Lisbon
estava incapaz de pensar coerentemente. Com todo o prazer que Jane e sua língua
habilidosa estavam lhe proporcionando, ela mal conseguia sibilar uma única
palavra, a única que dominava seus pensamentos e a fazia se sentir em chamas. “Janeee”. Ele não tirava os olhos do
rosto de Lisbon, estava adorando a visão que estava tendo, adorando ver no
rosto da sua parceira todo o prazer que ela estava sentindo. Rosto retorcido, corado,
olhos escurecidos, boca que ora mordia fortemente o lábio inferior, ora se
abria num grito silencioso que ela se esforçava para manter preso na garganta. E
ele sentiu uma pontinha de orgulho por saber que ele era o causador deste
prazer.
-
Jane... oh... não dá.. não vou.. aguentar.. – Ela falava com dificuldade enquanto
seu corpo se contorcia.
-
Não resista Teresa, deixe vir.. eu quero te ver. Venha pra mim. – Ele
intensificou ainda mais o beijo íntimo, utilizando também agora os dedos para
acelerar a explosão de prazer da sua namorada. Namorada. Ele também adorava isso. E com poucos segundos ela
explodiu. O corpo todo pulsando e vibrando em espasmos de prazer. E Jane pôde
sentir cada vibração em seus dedos e boca.
Ele
escalou o corpo ainda trêmulo de Lisbon, alisou uma face rosada e sussurrou a
milímetros de sua boca:
-
Foi a coisa mais linda que eu já vi. Você
é a mulher mais linda deste mundo, Teresa. E eu sou o cara mais sortudo. – Dito
isto ele tomou a boca dela na sua e invadiu-a com sua língua compartilhando com
ela o seu próprio gosto.
E
bastaram só mais alguns minutos para que a Lisbon se sentisse pronta novamente.
Uma perfeita combinação de força e rapidez e num piscar de olhos Lisbon estava
sobre Jane, completamente no comando da situação.
-
Uau! – Jane deixou escapar admirado com tamanha força e habilidade da sua
pequena.
-
Te surpreendi? – Ela disse com voz rouca a milímetros da boca do Jane e sem
esperar pela resposta ela o beijou.
-
Bom, eu confesso que sempre desconfiei que você gostasse de estar no controle
também neste quesito, mas não posso negar que sim, você me surpreendeu um
pouco..
-
Que bom. – Ela sussurrou.
Lisbon
agora descia beijos pelo corpo de Jane, certificando-se de dar a mesma atenção a
cada centímetro quadrado de pele. Chegando ao box de Jane ela depositou alguns
beijinhos no membro, ainda coberto, do seu parceiro, fazendo-o arfar e chamar
por ela. Ela estava disposta a retribuir todo o prazer que ele proporcionara a
ela, era a coisa mais justa a se fazer. Mas ele não a deixou seguir em frente.
Jane se sentou, afastou-a alguns centímetros só para que ele pudesse livrar-se
do seu box. Agora, com ambos completamente despidos, ele a puxa pra si, que
permanece sentado sobre a cama, e ela senta-se entre as pernas de Jane com as
suas sobre as dele, o enlaçando pela cintura. Os braços dela envoltos no
pescoço dele. E finalmente ele a penetra. Começa lentamente, ambos gemendo e
desfrutando da maravilhosa sensação. Depois os movimentos se intensificam e
eles seguem nesta dança, trocando mais daqueles beijos apaixonados, os quais
eles acabaram de se tornar dependentes.
Corpos
unidos. Movimentos coordenados.
Mãos
explorando texturas. Bocas reconhecendo sabores. Narizes identificando
essências. E corações, finalmente encontrando um semelhante, batendo com a
mesma intensidade num mesmo espaço de tempo. Tum-Tum-Tum. Eles estavam definitivamente na mesma frequência.
E
quando estavam quase no ápice da paixão:
- I love you, Teresa.
– Jane sussurra no ouvido da Lisbon. Ela não responde, porém uma lágrima de
emoção escorrega de seus olhos antes dela ser completamente tomada pelo prazer,
mais uma vez. Jane também se perde nos braços dela, sentindo o seu corpo vibrar
em sintonia com o da Lisbon. Ele cai lentamente para trás, deitando-se e
levando-a consigo, e a abrigando em seus braços. Assim permanecem por um bom
tempo. Ela deitada sobre ele, a cabeça repousando sobre o peito de Jane ouvindo
o coração dele desacelerar lentamente, e isso faz o seu próprio voltar também
ao ritmo natural. Tum. Tum. Tum.
- Me too. –
Ela finalmente responde, com certa dificuldade dada a exaustão de seu corpo.
-
O quê? – Ele pergunta em tom neutro, fazendo-a reunir todas as forças de seu corpo
para erguer a cabeça e encará-lo.
-
Não. Não me diga mais uma vez que você não lembra.. – Ela diz com olhos
suplicantes.
Ele
ri largamente e responde:
-
Sorry, eu não esqueci, só não pude
evitar a brincadeira.
-
Seu bastardo! – Ela o soca no peito, sem força para machucar um mosquito. –
Você acha isso divertido?
-
Desculpa, princesa. Eu te amo. Eu te amo muito! – Ele diz apertando o abraço e
depositando-lhe um beijo nos lábios. – Mas é que você fica ainda mais linda
quando está zangada. – Ele sorri.
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Ora, não me chame de ‘princesa’.
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Mas você é. Minha ‘princesinha zangada’. – Ele disse dando-lhe aquele
maravilhoso sorriso que ganhava qualquer argumento. E vendo que seria inútil
contestar e também sem ter mais energia pra isso, ela simplesmente rendeu-se,
relaxando sobre o peito do seu parceiro e agora e finalmente também: amante.
Dias atuais
Lentamente
Jane abriu os olhos e viu duas esmeraldas lhe admirando, e ele teve certeza de
que seria impossível começar o dia de uma maneira mais perfeita.
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Bom dia, querida. – Ele disse sorridente.
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Bom dia, amor. – Ela respondeu da mesma forma.
Foram
anos de parceria, amizade e cumplicidade, e ainda assim o muro continuava lá.
Os impedindo de compartilhar o que eles sentiam por dentro. Foi preciso apenas
um dia, ou melhor, uma noite para derrubarem o muro que os cercavam e
permitirem-se tornar físico o amor que sentiam um pelo outro.
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Pronta para abrirmos os presentes? – Ele sorriu empolgado.
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Hum.. não sei, acho que quero ficar aqui só mais alguns minutinhos.
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Ora, vamos preguiçosa! – Ele disse já levantando-se da cama e indo até a janela
para abrir as persianas.
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Jane, ainda é cedo.. – Ela resmunga.
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Mas hoje é um dia especial. – Ele a incentiva. – Se você não levantar eu vou ai
te fazer cócegas. E você sabe que eu conheço todos os seus pontos fracos.
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Okay, okay! Você venceu! – Ela responde e num segundo está de pé, vestida no
seu vestido de torcida que se tornou a camisola dela preferida do Jane. – Mas
eu quero o meu primeiro.
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E você terá. – Ele sorri vitorioso.
Ambos
vão até seus lados do armário e pegam, cada um, uma caixa. Em seguida voltam
para a cama onde sentam um de frente para o outro.
-
Certo.. aqui está o meu. – Ele, sorridente, entrega a ela uma caixa cubica de
tamanho médio, e diverte-se ao olhá-la ficar cada vez mais zangada ao tirar uma
caixa de dentro da outra. Após abrir a quinta caixa ela encontra uma outra
caixinha no fundo e sua expressão muda instantaneamente. Essa caixinha era
diferente das anteriores, esta era minúscula e aveludada. Ela ficou encarando
aquilo sem reação.
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Não vai abrir?
Ela
pega a pequena caixinha e a abre, revelando um lindo anel de diamantes. Agora
ela estava de boca aberta, olhando alternadamente do pequeno objeto para Jane.
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Teresa. Você é a pessoa mais extraordinária que eu conheço. Às vezes durona, às
vezes uma manteiga derretida. – Ele solta uma pequena risada. – Tão pequena e
ainda assim tão forte e com um coração tão grande. A única em que eu posso
confiar de olhos fechados. E apesar de tudo que eu fiz, mesmo conhecendo todos
os meus defeitos, você ainda me ama. E só isso é suficiente para eu me sentir o
homem mais sortudo da face da Terra. – Ele diz e observa o lindo sorriso
emocionado nos lábios de Lisbon e as lágrimas que rolam pela face corada. – Mas
eu quero mais. – Jane pegou o anel dentro da caixinha, ajoelhou-se ao pé da cama
de frente para Lisbon estendendo o anel para ela e continuou – Teresa, meu
amor, você aceita ser minha esposa e mãe dos meus futuros filhos?
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Oh my Gosh..! – Ela disse
surpreendida.
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Isso é um sim? – Ele perguntou risonho e franzindo as sobrancelhas em
incerteza.
-
Sim! Sim, sim, sim! – Ela se abaixa e o abraça pelo pescoço ao mesmo tempo em
que o beija ternamente.
Ao
romper o beijo Jane pega a mão direita da Lisbon e após deslizar a aliança por
toda a extensão de seu dedo anelar ele deposita um beijo casto em cima disto e
fica admirando a sua agora noiva.
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Não vai querer olhar o seu presente? – Lisbon rompe o silêncio após passarem
alguns segundos apenas se olhando.
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Claro. – Ele diz e sorri largamente.
Jane
volta a sentar-se na cama, no mesmo local de antes, e recebe uma caixa,
retangular e rasa, das mãos da Lisbon. Ele então puxa a fita lançando um olhar
para sua noiva e sorrindo-lhe. Mas quando abre a caixa sua expressão muda de
imediato. O sorriso desaparece, o queixo
cai boquiaberto, os olhos se alargam e inevitavelmente lágrimas brotam e lavam
seu rosto.
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Querido, você gostou? – Ela pergunta sem
ter certeza quanto à aceitação dele.
-
Teresa, isso.. isso.. – Tomado pela emoção ele não consegue continuar a frase,
apenas direciona a ela um olhar genuíno e questionador.
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Sim, é verdade. – Ela responde e sorri. – Parece que o futuro não está tão
longe assim, não é?
Ele
a abraça forte e amavelmente. Lágrimas não param de descer pelo seu rosto.
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Obrigado, amor. – Ele diz recuperando as palavras e continua com a voz
embargada devido à emoção – Esse é o melhor presente que você poderia ter me
dado. – Ele afasta-se um pouco só para pegar o rosto dela entre as mãos e
beijá-la no intuito de fazê-la sentir toda a intensidade de seu amor e o quanto
ela o fazia feliz.
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Eu te amo tanto, Teresa! – Ele diz olhando fundo nos olhos dela após o romper
do beijo.
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Eu sei, eu sinto. E eu também te amo. Muito! – Ela responde e usa uma das mãos
pra secar as lágrimas dele.
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Obrigado por me fazer o homem mais feliz e completo deste universo! – Ele fala
acariciando-lhe o rosto.
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É um prazer. Afinal, você já faz o mesmo por mim.
Após
alguns minutos de abraços, beijos e declarações de amor Jane levantou-se da
cama e colocou o seu presente no criado mudo ao lado da cama. Um porta-retratos
com a ultrassonografia de um embrião de 5 semanas. Ali era o lugar perfeito
para pôr a primeira fotografia do seu filho, ou filha, com a Lisbon. Assim ele
poderia olhá-lo todas as manhãs e também à noite antes de dormir. Seu filho era
agora do tamanho um grão de feijão, mas ele já se imaginava ensinando-o seus
truques de mágica ou lendo histórias antes de dormir. “Um filho. Um filho da Lisbon. Isso será maravilhoso!” Ele sorri ao pensamento e
novamente une-se a ela deitando na cama e abraçando-a por trás.
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Eu estava pensando.. Espero que nosso filho não puxe a você, ou não sei se
poderei lhe dar com dois Jane’s. – Ela diz muito seriamente.
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Se ele puxar a mim.. – Ele começa, alisando a barriga ainda lisa dela. – Você
estará ferrada! Você não resistirá ao nosso charme e juntos, seremos
invencíveis. – Ele ri amplamente divertindo-se.
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Oh God.. Deus me ajude!
E
eles ficam ali por mais algum tempo, abraçados, olhando o porta-retratos. Agora
eles tinham um laço concreto. Um filho. Metade dele, metade dela. Fruto do amor
que sentiam um pelo outro. Logo aquele fruto estaria dando os primeiros passos,
falando as primeiras palavras. Agora tudo seria diferente, pois teriam alguém
que dependeria deles. A partir de agora seriam uma família e teriam uma nova
vida. Um novo começo.
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Feliz Natal, Jane.
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O melhor de todos.
Fim
OMG! Mikkie o que foi isso? Você andou passando infinitas vezes na fila da perfeição, foi? Acho que nunca tinha chorado tanto lendo uma Fanfic [e olha que eu choro na maioria delas u.u KKK], e desejado louca e desesperadamente que o Heller para de palhaçada e nos dê Jisbon logo >.< Amei, cada detalhezinho: da fofura do encontro, passando pelas cenas calientes e voltando para a perfeição da troca de presentes <3 Na boa, acho que morri aqui. Mas morri TÃO feliz U.U
ResponderExcluirOwnn Ninna! *.* Muito obrigada! Fico feliz de saber que você gostou. *-------* Agora tô estudando na mesma escola de perfeição em que vc e a Juh são formadas! Rsrsrsrs' *u*
ExcluirBeijos! :*