Autora:
Michelle Neves em grande parceria com Juliana Alves
Classificação:
PG-13
Advertências:
Romance
Capítulos:
One-shot
Completa:
Sim
Jane's
Birthday
Lisbon
estava cheia de relatórios para preparar e entregar, a respeito do caso que
tinha sido encerado naquele fim de tarde, mais uma vez graças as grandes
habilidades de Jane. Ao terminar os relatórios, Jane e os demais agentes já
haviam ido embora. Ela se dirigiu até a sala de Bertram e o entregou a papelada.
Ele, por sua vez, a entregou duas cópias de um documento informando que seu
consultor tinha conseguido mais um processo para sua coleção. Ela não estava
surpresa, a vítima era o dono de um pet shop e Jane insultou o irmão da vítima
para irritá-lo e observar o seu comportamento, o que acabou com uma grande
confusão. Porém o homem confirmou seu álibi, e só após conhecer os funcionários
do local, Jane logo percebeu o comportamento suspeito de um deles e um
sentimento de culpa muito bem camuflado que só um mentalista poderia identificar.
Então, horas depois, pressionado por Cho na sala de interrogatório do CBI, o
jovem confessou o assassinato. Lisbon, pegou o documento nas mãos de Bertram,
cujo uma cópia deveria entregar a Jane no dia seguinte e a outra teria que
arquivá-lo à pasta de documentos do mesmo.
Ao
voltar para sua sala ela abre um armário, acha a pasta de Jane e a abre. A
pasta continha vários documentos, todas as informações a respeito do consultor,
assim como uma cópia de todos os outros processos que ele enfrentava. Ela
deposita o mais novo documento dentro da pasta, e, movida por uma curiosidade
que não sabia explicar, ela retira um documento com os dados pessoais de Jane.
E dentre esses, um lhe chama rapidamente a atenção. Sua data de aniversário.
Era dali a dois dias, num sábado. Ela então se dá conta de que nunca ficara
sabendo quando ele aniversariava. Ele nunca falou, ela também nunca teve porque
perguntar. Ela e sua equipe sempre comemoravam quando alguém do time completava
anos. Geralmente com uma pizza ou alguma comida especial que pediam no fim do
expediente. Mas nunca o aniversário de Patrick Jane. Uma vez foi questionado
por Van Pelt, mas ele simplesmente disse que já havia passado a data e mudou de
assunto.
Nesse
momento uma súbita ideia veio à mente da agente sênior. Este ano o aniversário
de Jane não passaria em branco. Mas tinha uma dúvida, deveria contar para o
resto da equipe e combinarem de fazer uma surpresa, ou, guardaria esta
informação apenas pra ela e surpreenderia Jane com uma comemoração só entre parceiros?
A
decisão estava tomada. Ela sabia que estava entrando em um território perigoso,
mas algo dentro dela lhe dizia que valia a pena correr o risco. Lisbon foi pra
casa já pensando na surpresa que faria pra Jane e no que lhe daria de presente.
No dia seguinte..
Lisbon
chega ao CBI, com um belo sorriso no rosto. Van Pelt observava enquanto Jane exibia
mais um de seus truques de ilusionismo, deixando Rigsby com cara de bobo.
Enquanto isso Cho lia um livro, em sua mesa. O dia começou calmo para uma sexta
feira. Se não surgisse nenhum novo caso eles não teriam muito que fazer.
Lisbon
se aproximou de sua equipe.
-
Bom dia, pessoal. – Falou Lisbon e abriu um belo sorriso.
-
Bom dia, chefe! – Falou Rigsby e Van Pelt em coro.
-
Bom dia. – Disse Cho, sem tirar os olhos de seu livro.
-
Parece que alguém acordou com pé direito hoje.. – Observou Jane, reparando no
bom humor de Lisbon e no sorriso que ela ostentava. – O que foi? Sonhou que era
uma das Spice Girls?
-
Engraçadinho. – Respondeu Lisbon, sem se importar com tom insinuante de Jane,
dando as costas e seguindo para sua sala.
Jane
fica intrigado. O que teria acontecido para deixar Lisbon assim, com tão bom
humor? Nem a brincadeira dele a tirou do sério. Ele vai até a cozinha, abre uma
portinha da parte superior do armário, de onde tira uma chaleira, enche com um
pouco de água da torneira e põe pra ferver. O que seria responsável pelo
sorriso fácil de Lisbon àquela manhã? Ou pior: quem?
Mil
pensamentos passaram na cabeça de Jane. Ela não poderia estar saindo com
alguém, ele teria percebido antes. Mas algo havia acontecido, ou iria
acontecer, e deveria ser algo muito bom para deixá-la daquele jeito. Mas o quê?
Arrancado
de seus pensamentos pelo sutil assobio da chaleira, Jane rapidamente retira a
mesma do fogo, abre uma outra porta do armário, retira uma xícara verde,
juntamente com um pires que fazia o conjunto, e derrama o líquido fervente
dentro. Em uma das prateleiras do armário ele encontra alguns sachês de chá,
escolhe um de camomila e começa a dar lentos mergulhos disto em sua xícara.
Não
contente por não achar respostas para suas dúvidas Jane segue até a sala de
Lisbon, decidido a arrancar a verdade dela. Ao chegar em frente a porta ele a
abre sem bater, como lhe era de costume. Lisbon estava em sua mesa, organizando
mais alguns documentos. Ela apenas ergue os olhos pra Jane e fala:
-
Você não aprende mesmo não é? – Balançando a cabeça e dando-lhe um sorriso
incrédulo.
-
O quê? – Pergunta Jane, que, ainda perdido em seus pensamentos, caminha até o
sofá de Lisbon e senta-se no lugar da ponta.
-
A bater na porta. O que você tem? Parece aéreo. – Ela estranha.
-
Eu já aprendi. Só não pratico. – Ele responde com um riso implicante, em mais
uma tentativa, sem sucesso, de irritá-la.
-
Claro. Típico de Patrick Jane. – Ela responde ainda sorrindo. – Ah, já que está
aqui eu tenho uma coisinha pra você.
Lisbon
abre a gaveta da sua mesa e retira o documento. Jane ainda a observa sem
acreditar que mais uma vez ela não se importou com a brincadeira dele.
-
Aqui está – ela fala o entregando o papel – só pra você saber que sua coleção
está aumentando.
Ele
se levanta do sofá, pega o papel da mão dela e senta-se na cadeira de frente
para Lisbon.
-
Hoje você está com um humor inatingível. O que aconteceu?
-
Como assim o que aconteceu? Não aconteceu nada. – Responde Lisbon franzindo as
sobrancelhas.
-
Qual é, você chegou mais tarde hoje, deu escova no cabelo, usou maquiagem para
tentar esconder as olheiras por ter dormido pouco, mas não teve insônia, isso
não te deixaria com o bom humor que você está. Então, o quê, ou.. quem, tirou seu sono ontem a noite,
Lisbon? – Dito isso, Jane a lançou um olhar penetrante, como se buscasse sua
resposta dentro daqueles olhos verdes.
Lisbon
corou imediatamente. Às vezes se esquecia de que aquele homem podia lê-la com
uma facilidade ímpar. Era bom dar-lhe uma boa desculpa e rápido ou em alguns segundos
ele descobriria o que ela estava planejando, e que ele era o motivo de tudo aquilo.
-
Jane, pode parar! Nem pense em entrar na minha cabeça! – Ela o advertiu e desviou
o olhar dos olhos azuis de seu consultor, levemente irritada por ser tão
transparente aos olhos de Jane.
-
Hum, então este é o ponto. Tem alguém tirando seu sono, Lisbon. – Jane fala com
um sorriso de satisfação por finalmente conseguir dela uma reação que lhe dizia
alguma coisa. – Quem é? – ele emendou.
-
Saia daqui, Jane! – Ordenou ela ainda corada e sem encará-lo.
-
Okay, você não precisa me contar. – Falou ele se levantando e indo em direção à
porta, mas antes que saísse ele se virou e disse – Mas eu vou descobrir. – E saiu
fechando a porta.
O
coração de Lisbon batia em ritmo de bateria de escola de samba em dia de
desfile. “Será que ele desconfiou de
algo?”, ela pensou. “Não. É
impossível até mesmo para um mentalista.”
O
resto do dia seguiu tranquilo. Apenas revisando alguns casos que ainda estavam
pra serem julgados. Nenhum novo caso surgiu. Enquanto ela e a equipe faziam
apenas trabalhos burocráticos para preencher o expediente, Jane passou a maior
parte do dia no sótão. No final do dia, cada um voltou para sua casa, ou no
caso de Jane, para o hotel.
~.~.~.~
Manhã
de sábado. Este era o fim de semana de folga para a equipe de Lisbon. E
finalmente, era o dia do aniversário de Jane. Lisbon acordou cedo, não
costumava fazer isso quando estava de folga. Normalmente ficava na cama até a
hora do almoço. Mas a ansiedade não a deixou seguir este ritual.
Naquela
manhã ela saiu para comprar um Amarone, vinho tinto italiano de ótima
qualidade, seu favorito. Daria de presente pra Jane, após o jantar que ela
havia planejado pra eles num restaurante também italiano.
Ao
passar em frente a uma loja de roupas ela viu na vitrine um vestido verde
escuro do tipo tomara que caia e comprimento acima do joelho. Pensou que talvez
fosse uma boa ideia. Seu guarda roupas estava cheio de jeans, terninhos e blazers,
mas vestidos eram raros, os poucos que tinha já nem deviam estar na moda.
Decidida, entrou, provou e comprou.
6:30pm
e Lisbon já estava pronta. Diante do espelho ela conferia seu visual. O vestido
parecia ter sido feito pra ela, marcava muito bem sua cintura e tinha um
caimento leve e suave, ressaltando a largura de seu quadril. Nos pés uma
percata de salto alto estilo gladiadora que ia até um pouco acima do tornozelo.
Nos olhos uma maquiagem marcante destacava o verde de seus olhos. Por fim, ela
estava deslumbrante. Pegou a garrafa de vinho, que estava dentro de uma caixa e
coberta com papel de presente, uma bolsa pequena de mão preta e sua chave e
saiu com destino ao hotel de Jane. Havia feito reserva no restaurante para as
8:00pm.
~.~.~.~
Trinta
minutos depois Lisbon estava diante da porta do quarto de Jane. Havia deixado o
vinho no carro. O entregaria mais tarde. Levantou a mão para bater na porta e
sentiu um calafrio percorrer todo seu corpo. Após duas batidas sem resposta
começou a achar que aquilo era um erro. Mas antes que pensasse em ir embora viu
a porta se abrir e um Patrick Jane apenas com uma toalha em volta da cintura e
outra menor na mão, que usava para secar o cabelo.
Os
olhos surpresos de Jane percorreram rapidamente o corpo de Lisbon, admirando
tamanha beleza em tão poucos centímetros de mulher. Mas seus olhos alcançaram os
de Lisbon a tempo de flagrá-la corar enquanto admirava o físico do belo loiro à
sua frente.
-
Desculpe Lisbon, eu.. eu estava no banho. – Disse ele quebrando o silêncio.
-
Ah, tudo bem. – Ela fala finalmente o olhando nos olhos. E é nesse momento que
ele vê algo em seus olhos. Desejo. Os olhos, verde claro, permitiam ver com
muita clareza suas pupilas dilatadas. Jane imediatamente sorri.
-
Você está linda, está.. maravilhosamente linda! - Jane a elogia, fazendo-a
corar ainda mais.
-
E você está.. sem roupa. – Ela diz em tom de brincadeira e sorri.
-
Me desculpe. Entre, eu vou me vestir. – Ele dá um passo atrás dando espaço para
que ela entre, fechando a porta assim que ela passa por ele. – A propósito, o
que a traz aqui?
-
Vim lhe buscar. Hoje vamos comemorar. – Ela responde virando-se para ele.
-
Comemorar o quê? Posso saber? – Jane pergunta desconfiado.
-
O seu aniversário.
-
Lisbon, eu fico agradecido, mas.. – Ele tenta argumentar, porém é rapidamente
interrompido.
-
Jane, eu fiz reservas pra nós em um restaurante super disputado e eu não aceito
recusa. – Ela disse, mostrando que não estava disposta a desistir.
-
Está bem então, eu vou me trocar. – Dito isso ele deu aquele sorriso charmoso
que apenas ele possuía e que deixava qualquer mulher doida, e foi até o guarda
roupas.
Ela
até tentou desviar o olhar, mas não conseguia parar de admirar cada músculo da anatomia
perfeita daquele homem, ao menos a parte que a toalha não cobria.
-
Eu.. eu acho melhor eu te esperar lá fora.. – Ela disse, porém sem a menor
vontade de sair dali.
-
Não se incomode, Lisbon. Eu posso me trocar no banheiro.
Já
com a roupa nas mãos ele entra no banheiro. Lisbon sentia seu corpo quente, a
imagem de Jane apenas de toalha não saia da sua cabeça. Ele era lindo. Mais do
que ela podia já ter imaginado.
Em
poucos minutos ele sai do banheiro, vestindo uma calça jeans preta, uma camisa
branca de botões, e um blazer preto. Lisbon, que já estava sentada na ponta da
cama, com um leve sorriso no rosto o observou calçar os sapatos. Mais uma vez
ele entrou no banheiro, só para sair um minuto depois.
-
Pronto. Então, como estou? – Ele pergunta com um sorriso nos lábios.
-
Achei que você só tinha aqueles terninhos de 3 peças. – Ela fala fugindo da
pergunta.
-
Você gostou? – Jane pergunta e a encara.
-
Hum.. - Após resistir por alguns segundos ela abre um sorriso e admite – Sim,
você está muito charmoso. – Ficando de pé ela continua - Vamos?
-
No seu carro ou no meu?
~.~.~.~
Após
vinte minutos Lisbon estaciona na porta do restaurante e ao descerem do carro ela
entrega a chave ao manobrista. Jane a oferece o braço, ela aceita e eles entram
no local. Ao parar no balcão ela se identifica para a recepcionista que
localiza seu nome numa lista e sorri indicando a mesa reservada para eles.
Eles
caminham até a mesa que fica no canto. O local é amplo, teto alto, luzes
estrategicamente colocadas em cima de cada mesa. Jane se adianta e puxa a
cadeira para Lisbon, que o agradece com um sorriso e se senta. Dando a volta na
mesa, Jane senta-se de frente para Lisbon. Eles trocam olhares e sorriso, até
que o garçom se aproxima e lhes entrega o cardápio.
Após
uma breve analisada Lisbon escolhe um Ravioli de queijo com filé e um suco de
laranja, já que estava dirigindo não poderia beber. Jane pede o mesmo prato que
ela e escolhe o vinho para acompanhamento. Um Amarone.
-
Escolha interessante. – Lisbon fala se referindo ao vinho, que era o mesmo que
estava em seu carro guardado pra Jane.
-
É o que melhor combina com este prato. Além disso, é um dos meus favoritos. –
Ele responde e sorri.
-
Pensei que só tomasse chá. – Ela brinca, e ele sorri em resposta.
Não
demorou muito e o pedido havia chegado. Após um tempo jantando em silêncio,
Jane fala:
-
Como você soube que era meu aniversário?
-
Eu sou uma detetive, esqueceu? – Sorri, e então continua – Na verdade, há dois
dias, quando fui guardar na sua pasta do CBI uma cópia do documento do processo
que você conseguiu no último caso, eu vi sua data de nascimento em um dos
documentos que estavam na pasta. E me dei conta de que nunca havíamos
comemorado seu aniversário. Então decidi que esse ano seria diferente.
“Há dois dias.. Então era isso!”, Jane concluiu
em pensamento. “Ela estava diferente por
causa do meu aniversário. Era eu quem estava tirando o sono de Lisbon.” Ele
sente seu coração vibrar em alegria. Era um alívio saber que não havia outro
homem na vida de Lisbon, como ele desconfiara.
-
Obrigado, Teresa. – Ele sorri. Ela cora ao ouvi-lo chamá-la pelo primeiro nome.
– Há muito tempo eu não comemorava meu aniversário. – E então o sorriso
desaparece.
-
E por quê? – Ela pergunta suavemente.
-
Bem, é complicado.. – Ele abaixa a cabeça.
-
Tudo bem, não precisa falar se não quiser.. – Ela diz. Mas ele continua.
-
É que sempre nessas datas, meu aniversário ou dia dos pais, a minha filha me
acordava pela manhã, com um abraço apertado e um presentinho. – Ainda olhando
para baixo ele dá um sorriso melancólico. Lisbon, sensibilizada, mas também
feliz por ele ter dividido isso com ela, estira a mão sobre a mesa até
encontrar a de Jane, e dando um leve aperto ela diz:
-
Sinto muito, Jane. – Ela o olha docemente. Ele ergue os olhos até a mão dela
sobre a sua e em seguida até os olhos dela, pousa sua outra mão em cima da dela
e responde:
-
Eu sei. – E sorri amavelmente. – Obrigado.
Após
alguns segundos apenas se olhando, ela puxa sua mão de volta lentamente e em
silêncio eles terminam o jantar. O garçom se aproxima com a conta, Lisbon faz
menção de pegar, mas Jane é mais rápido.
-
Jane, eu que te convidei.. além disso é seu aniversário, eu que tenho.. – Antes
que ela termine ele a interrompe.
-
Lisbon, achou mesmo que eu deixaria você pagar a conta? Pouco importa se é meu
aniversário, ainda sou um cavalheiro. – Ele dá aquele sorriso charmoso, que
logo é retribuído por Lisbon.
Na
saída do restaurante Lisbon pega seu carro com o manobrista, ela e Jane entram
e ela segue até o hotel de Jane. Durante o trajeto apenas conversas casuais e
alguns olhares trocados.
Minutos
depois Lisbon estaciona no hotel. Eles se olham e Jane inicia a conversa.
-
Obrigado pela surpresa, Lisbon. Foi uma noite muito agradável.
-
Mas ainda não acabou. Ainda tenho mais uma surpresa. – Ela responde sorrindo.
-
E o que é? – Jane pergunta sorrindo.
Lisbon
se vira para o banco de trás do carro, no acento atrás de Jane, e pega caixa
embrulhada em papel de presente. Antes de entregar a ele ela diz:
-
Quero ver se você adivinha o que é. – Ela desafia.
-
Bom, pelo tamanho, com certeza é uma bebida. – pausou por um momento – Um
vinho. – mais uma pausa, um sorriso de canto e ele diz – Um Amarone.
-
Oh, como você adivinhou o nome? – Ela pergunta surpresa.
-
Bem – ele começa, sorrindo – quando eu escolhi esse vinho no restaurante você
disse que era uma escolha interessante. E agora, eu entendi que foi porque você
havia comprado este mesmo vinho.
-
Nossa, você é bom mesmo, hein.. não passa um detalhe desapercebido. – Ela fala
entregando a ele o embrulho. Ele pega o presente, deixando suas mãos tocarem as
dela.
-
Por que você não entra e toma esse vinho comigo? – Ele fala a fitando nos
olhos. Ela abre e fecha a boca sem nada dizer, e ele continua. – Vamos, Lisbon
você nem pôde tomar o vinho no restaurante, porque ia dirigir.
-
Está bem. – Ela diz, ainda amolecida pelo efeito do toque de Jane.
Eles
descem do carro e Jane, com a mão no fim das costas de Lisbon, a conduz até seu
quarto. Ele abre a porta, deixando-a entrar primeiro. Ele entra, retira o
blazer e pendura no encosto de uma cadeira. Ela o segue até o balcão que separa
o quarto da pequena cozinha e senta-se em um dos bancos, descansando os pés no
apoio do banco. Jane, no lado de dentro da cozinha abre a garrafa e pega duas
taças. Entrega uma a Lisbon, e enche com o vinho, em seguida repete o gesto na
sua própria taça e senta-se no banco ao lado de Lisbon, deixando a garrafa em
cima do balcão.
-
Feliz aniversário, Jane. – Ela fala erguendo a taça para um brinde.
-
Obrigado. – Ele diz e sorri.
Eles
brindam, e após o primeiro gole ele fala:
-
Eu descobri, Lisbon. – Ele fala sorrindo e olhando nos olhos dela.
-
Descobriu o quê? – Ela indaga.
-
Ontem na sua sala no CBI, quando eu disse que mesmo que você não me dissesse eu
descobriria quem estava tirando seu sono.
-
E em que conclusão você chegou? – Ela fala, sentindo seu rosto ruborizar e seu
coração acelerar.
-
Sou eu. – Ele fala, deixando-a ainda mais corada. – E foi você mesma quem me
disse isso.
-
Eu não falei nada disso, não ponha palavras na minha boca.. – Ela disse achando
que tinha alguma chance de escapar dessa, e tomando mais um generoso gole do
líquido em sua taça.
-
Mas não foi com a boca. Você me disse isso com seus olhos. – Ele a olha
profundamente. Ela vira o rosto, desviando o olhar, mas ele leva uma mão ao seu
rosto e o vira de volta para encará-lo. – E eles estão me dizendo isso agora
mesmo.
Jane
desliza sua mão até a de Lisbon, pegando sua taça e colocando sobre o balcão,
juntamente com a sua. Ele segura as mãos dela nas suas, fazendo-a ficar
levemente virada pra ele, e inicia uma leve carícia sobre as costas das mãos de
Lisbon.
-
Diga-me que eu não estou entendendo errado, Teresa. – Ele diz descendo do banco
e aproximando-se dela – Diga-me que você me quer tanto quanto eu te quero. Que
o que nós estamos sentindo é real.
Com
os olhos presos aos de Jane e respiração mais acelerada, sem conseguir proferir
uma única palavra, Lisbon apenas acena com a cabeça em sinal positivo. Ele
aproxima ainda mais seu rosto do dela, torando a distância entre eles quase inexistente.
Patrick passa uma das mãos nos cabelos negros de Lisbon, pousando-a em sua nuca,
enquanto a outra conferia sua pequena cintura. Por um momento Lisbon acredita
que seu coração vai sair pela boca. A respiração dele toca os lábios dela antes
que os lábios dele assim o façam. Lentamente, Lisbon sente a língua de Jane
deslizar em seus lábios como se pedisse permissão, e ela logo dá as boas vindas
ao gesto, abrindo ainda mais a boca, se deixando provar e provando o sabor doce
da boca de Patrick.
O
beijo, inicialmente lento, torna-se mais profundo e necessitado, como se ambos
tivessem acabado de provar o néctar dos deuses e dependessem disso para viver. Lisbon
lentamente começa a desabotoar a camisa de Jane, que por sua vez, gira o corpo
de Lisbon sobre o banco, fazendo-a ficar totalmente de frente para ele, e
afasta as pernas dela para ter um maior acesso ao seu corpo. Bem sucedida na
sua tarefa e com uma ajuda do próprio, Lisbon faz a camisa de Jane cair ao
chão.
Enquanto
sua boca beijava o pescoço de Lisbon, provocando-a e causando-lhe arrepios, suas
mãos exploravam as coxas macias por baixo do tecido suave do vestido. Já as
dela vagam pelo tórax dele contornando e memorizando cada linha de seu corpo
com as pontas de seus dedos.
A
cada segundo corrido o desejo entre eles tornava-se mais intenso. Jane tateou o
vestido de Lisbon até encontrar o zíper nas costas e o puxar para baixo,
permitindo-lhe sentir a maciez da pele dela. Era como a pétala de uma rosa.
Lisbon encontrou o botão da calça de Jane e começou a abri-lo. De repente
estavam seminus. Sentindo seus corpos queimarem sem chamas. Movido pela
necessidade de sentir aquela mulher por inteiro, Jane a carregou até a cama e a
amou e foi também amado na mesma proporção.
~.~.~.~
Ao
despertar na manhã de domingo Jane mal pôde acreditar nos seus próprios olhos.
A visão da bela mulher ao seu lado, na sua cama era espetacular. E não era
qualquer mulher, era ela. Teresa Lisbon. Sua chefe, parceira, amiga e agora
amante. Ele sente que poderia ficar horas ali, olhando-a dormir, mas decide
levantar e pedir o café da manhã para eles. Enquanto espera, ele veste um short
e uma camisa e aproveita para tirar sua aliança – não teve muito tempo pra isso
na noite anterior.
Assim
que o seu pedido chega ele coloca a bandeja na mesinha ao lado da cama. E
senta-se ao lado dela. Inclinando-se ele faz uma trilha de pequenos beijos que
vai da testa à boca de Lisbon.
-
Hora de acordar, querida. – Ele diz passando a mão pelos cabelos sedosos de
Lisbon.
Ela
murmura, abre os olhos e sorri ao ver que ele estava ali. Patrick Jane. Seu
consultor, parceiro, amigo e agora amante. Ela sente que poderia ser acordada
assim todas as manhãs pelo resto de sua vida.
-
Bom dia, Teresa. – Ele diz sorridente. – Dormiu bem?
-
Bom dia, Jane. – Ela responde também
sorridente. – Há tempos não dormia tão bem.
-
Que bom. E pode me chamar do Patrick. – Ele diz e ela sorri. – Sente-se, nosso
café da manhã chegou.
-
Hum, e o que você pediu? – Ela diz sentando-se, ainda enrolada ao lençol.
-
Seu café da manhã favorito. Waffles, morangos, chantilly e claro: o café.
-
Uau! – Ela falou surpresa. – Como você..? Ah, esquece.
-
Eu sei muitas coisas sobre você, Teresa. O seu café da manhã favorito é apenas
uma delas.
-
Então você já sabe que eu te amo, e eu não preciso dizer. – Ela fala já
mordendo um morango.
-
Wow, eu não me importaria de ouvir isso de novo. – Disse um Patrick com um
sorriso radiante.
-
Eu te amo, Patrick Jane. – Ela falou olhando dentro dos olhos azuis à sua
frente e com um grande sorriso no rosto.
-
Eu também te amo, Teresa. Obrigado pelo que você fez por mim ontem. Você me fez
querer comemorar meu aniversário novamente. Você me fez querer continuar vivo,
só para poder estar ao seu lado. Obrigado por também me amar e fazer de mim o
homem mais feliz deste mundo.
-
Não tem de quê. – Ela responde, puxando-o para um beijo terno.
Fim
ai é sério to sem palavras simplesmente perfeita . nåo tem como nåo imagiar cada detalhe da cena tåo fofa tåo perfeita mais åo maravilhosa
ResponderExcluirObrigada! *-----*
ExcluirVocês gostarem só nos faz querer escrever mais!
Obg por comentar! :)
Morri! Estou sem palavras!Ai Deus! Por que não acontece na série o que escrevemos em Fanfics? OMG Passando mal kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirkkkkkkkkkk' Verdade, Lu. Podia acontecer
Excluiralgo que escrevemos só pra variar né? ^^
Obrigada por comentar e divulgar a fic e o blog. ♥
OMG! Minhas meninas arrebentando meu coração com tanta perfeição. Nem sei muito bem o que dizer apenas que estou apaixonada por esse blog gente u.u Sacanagem, me fizeram ficar com vontade de comer waffles com morangos e chantily à 01:30 da madruga...kkk...Só minhas meninas mesmo u.u
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkk' Obrigada, Ninna! *----*
ExcluirE você sempre nos enche de alegria com seus comentários e sua fofura! ♥
Só lamento não ter como matar sua vontade de comer waffles com morangos e chantily. rsrsrs
Puxa!!! Vcs arrasam pra valer heim!!? Parecia q eu estava assistindo a cena... Continuem assim, e postem mais fics pra nós fãs de The Mentalist e fanfics. Sou JISBON!!! Ha ha ha
ResponderExcluirOwn.. *----* Obrigada, Debora! :D
ExcluirQue bom que você gostou. E obrigada por comentar, sem dúvida é o que nos incentiva a querer escrever mais e mais.
Afinal, somos todas JISBON! ♥
Ai q lindu esse final. foi perfeito *-* É a primeira q leio fic em seu blog mais pode ter certeza q agora lerei todas. Parabéns!! #Jisbonforever =D
ResponderExcluirDesculpe..mais esse capítulo é da série???
ResponderExcluir