Capítulo Sete
Ele
olhou ao redor... tudo quebrado. Ele tinha que para de quebrar as coisas toda
vez que perdia o controle. Mas a culpa era de Patrick Jane, ele nunca errou,
nunca se deixou apanhar, ele era melhor que qualquer um, ele sabia disso. Mas
ele tinha errado dessa vez e errado muito. Como ele pode deixar uma vítima
viva? Ela viu seu rosto, ela sabia quem ele era.
Por um lado ele estava calmo,
ele tinha batido forte na cabeça dela, seria sorte ela lembrar o próprio nome e
sem contar no trauma psicológico que ela teve. Às vezes era tão bom ter poder.
Ele riu. Pegar a ficha dela e descobrir como foi sua infância foi a melhor
coisa que ele fez. Com certeza ela iria demorar para lembrar quem era ele. E
ele só precisava desse tempo para acabar de vez com Patrick. Afinal ele era Red
Jonh.
~.~
Uma
semana...uma semana para seu mundo se transformar. Uma semana sem praticamente
dormir com medo de perder quando ela acordasse. Uma semana para ele se sentir
perdido. Fazia uma semana desde que Lisbon tinha dado entrada no hospital, ela
tinha melhorado tão rápido que o médico responsável ficou surpreso.
Durante
esse tempo Jane fez do hospital sua morada, passava toda noite lá numa espera interminável,
todas as enfermeiras o conheciam, não só por está sempre velando o leito de sua
amada, mas era conhecido por seu charme e seu sorriso encantador que derretia
qualquer uma, inclusive a enfermeira-chefe que tentou o expulsar do quarto, mas
sem sucesso.
A
pouco mais de três minutos Jane tinha recebido o telefonema de Van Pelt
perguntando se tinha alguma novidade, a resposta era sempre a mesma...nada. A
investigação estava parada sem nenhum sucesso com os vizinhos ao redor da casa,
sem nenhuma resposta dos laboratórios com o resultado das evidências. A única
prova que tinha conseguido no carro de Lisbon era insuficiente para uma identificação.
Tudo que procuravam era um beco sem saída. Ele estava cansado. Droga, ele
precisava dormir.
Jane
sentou-se novamente na sua cadeira e como fazia todas as noites pegou a mão de
Lisbon gentilmente e olhou para o rosto dela e sussurrou: “Volte para mim Teresa, eu preciso de você”. E ele esperou, assim
como esperou todas essas noites no hospital. Suspirando ele fechou os olhos e
se deixou ser guiado pelo barulho da máquina que marcava os batimentos dela
provando que ela ainda estava viva e que um dia voltaria para ele. Foi então
que ele sentiu, suave, mas um aperto em sua mão. Imediatamente ele levantou e
encarou o rosto de Lisbon e viu ela lutar para abrir os olhos.
Lisbon
abriu os olhos vagarosamente, tentando se acostumar com a iluminação do
ambiente, Jane pode perceber que ela estava confusa, mas os olhos verdes que
ele tinha tantas saudades encontraram-se com os seus. E por um momento tudo
parou.
Jane
nada disse, apenas esperou por ela assim como sempre faria. Ela deu um sorriso
suave quase inconsciente, ela encarava os olhos dele, tão azuis quanto o mar e
por um breve momento Lisbon pensou que tivesse no paraíso e que esse podia ser
seu anjo.
-
Hi. – Ele sussurrou.
-
Hi. – Ela respondeu com a voz rouca por falta de uso. – Onde estou?
-
No hospital.
-
Hospital? Por que eu estou aqui? – Ela perguntou confusa.
-
Você não lembra?
-
Do que?
-
Lisbon qual a última coisa que se lembra?
-
Que eu estava na CBI, tinha acabado de escrever o relatório e estava saindo. Eu
passei por você, Jane. – Ela disse como se fosse óbvio. – E depois... eu
acordei aqui.
Jane
ficou sem saber o que falar, como dizer que Red John a pegou e a machucou,
quase a matou?
-
É uma longa história. Primeiro eu preciso chamar o médico e dizer que você
acordou, depois podemos conversar. – Ele falou e sorriu. Soltando sua mão da
dela ele saiu do quarto e avisou a enfermeira que ela estava acordada.
Assim
que chegou do lado de fora da sala ele ligou para Van Pelt que Lisbon tinha
acordado e que ela não lembrava do ocorrido. Desligando o telefone ele voltou
para o quarto a tempo de ver o médico fazendo alguns exames de rotina.
Lisbon
estava incomodada por esta sendo examinada por tanta gente. Ela não gostava nem
um pouco de está sem o controle da situação e era assim que ela se via naquele
momento, porém quando ela olhou para o lado e viu Jane lá sorrindo para ela,
Lisbon se acalmou. Ele era seu porto seguro. Alguém em quem confiar.
O
médico anotou mais algumas informações no prontuário e sai da sala deixando
Jane e Lisbon a sós.
-
Está tudo bem? – Perguntou Jane preocupado.
-
O médico disse que sim. Tirando o fato que eu estou com amnésia devido ao
trauma que eu sofri. Mas ele não me disse qual foi porque preferia que alguém
que eu conheço explicasse melhor. – Falou ela aborrecida. – Então, Jane, você
vai me contar o que aconteceu ou eu vou ter que me levantar dessa cama e ir
atrás das respostas?
Suspirando
ele sentou na beirada da cama dela e a encarou.
-
Ok. – Ele disse e olhou bem no fundo dos olhos dela. – Red John te pegou.
-
O que? – Perguntou ela assustada. – Como assim? Se ele me pegou por que
estou...
-
Viva? Digamos que quase cheguei tarde demais.
-
Não me diga que você...
-
O matei? Eu não tive essa sorte. Mas antes deixe eu contar o resto da história.
– Ele falou e tomou coragem. – Na última quarta-feira você saiu da CBI e foi
para casa, mas na metade do caminho Red John te pegou. No dia seguinte eu estranhei
a sua demora de chegar e fui no seu escritório fuçar.
Jane
abaixou a cabeça um pouco envergonhado pelo que tinha dito, Lisbon apenas o
encarou nada feliz em saber dessa informação, mas ficou calada e esperou pelo
que ele tinha a dizer.
-
Quando cheguei lá tinha um bilhete dele na sua mesa direcionado a mim. O
bilhete dizia que ele tinha sequestrado você e que ele enviaria um vídeo
provando isso e que eu teria 24 horas para te achar, caso contrário ele te
mataria. – Falou ele por fim.
-
E você me achou como?
-
Ele ficou fazendo um joguinho com a nossa paciência, nos enviando vídeos. Mas
depois que eu reli quase todos os arquivos das vítimas dele eu percebi que ele
estava te escondendo na casa em que você morou com os seus pais.
-
Como foi que você soube? E como não percebemos isso antes?
-
Não sei, talvez foi um insight, eu só sei que ele estava lá.
-
Então você, Van Pelt, Rigsby e Cho foram lá e prenderam ele, certo? – Perguntou
ela temerosa.
-
Não exatamente. – Ele falou cautelosamente. – Três guardas eram cúmplice dele.
-
Três? – Lisbon quase gritou.
-
Sim e eles resolveram nos impedir de sair da CBI. E começaram um tiroteio. –
Ele parou e esperou a reação dela. Como ela não falou nada ele continuou. – Eu
levei um tiro de raspão, o Cho um tiro no ombro.
-
Oh Gosh. Ele está bem? Você está bem? E Rigsby e Van Pelt. – Perguntou ela
nervosa e mexendo na coberta para sair da cama.
-
Hey...hey. Calma, ok? Você não pode se exaltar. – Falou Jane pegou as mãos
dela. – Eles estão bem. Van Pelt e Rigsby não se machucaram, e eu estou bem
também.
-
Ok. – Ela disse e respirou fundo. – Se vocês estavam num meio de um tiroteio
como conseguiram me achar?
-
Eu fugi e fui atrás de você.
-
Você é louco? Red John podia matar você. – Falou ela e apertou as mãos deles.
-
Eu sei, mas só restavam 2 horas para o prazo e você sabe o quanto é longe a sua
antiga casa? Eu não podia esperar alguém sair de lá para irmos. Eu fui na
frente e sabia que eles iriam logo em seguida.
– Ele disse. – E se aquele bastardo tivesse ficado de frente para mim eu
teria matado ele com muito gosto.
Lisbon
estava encarando ele e se assustou com a fúria que viu naqueles olhos, ela
nunca tinha visto isso antes, não com tanta intensidade, olhar os olhos dele
daquele jeito era como olhar um mar revolto.
-
E o que você fez quando chegou lá? – Perguntou ela num sussurro.
-
Eu peguei a arma que estava no porta-luvas e...
-
Peraí, você tem uma arma no porta-luvas? Essa é nova. – Ela falou isso e riu
com vontade.
Jane
também sorriu, estava com tanta saudade daquela risada que nem percebeu que a
encarava com um sorriso bobo.
-
Desculpe. – Ela falou mais calma. – Pode continuar.
-
Ok, pois bem, eu peguei a arma e entrei. Mas ele não estava mais lá, alguém o
avisou. Eu fui até o porão e encontrei você.
-
Ele não estava lá? Mas por que ele não me matou? Eu posso me lembrar dele.
-
Ele garantiu que isso não acontecesse. – Falou Jane com raiva e levantou da
cama. – Ele bateu na sua cabeça, bateu tão forte que quando eu cheguei você
estava lá desmaiada e eu não pude fazer nada.
-
Mas eu estou bem agora, Jane. Eu vou lembrar quem é ele. – Ela disse e tentou
tirar a angústia que ela sentia emanar dele.
-
Eu sei que você pode, mas não é sobre você se lembrar ou não dele. Ele machucou
você. – Ele disse quase em dor. – Eu
quase te perdi.
A
última parte foi sussurrada e Lisbon quase não ouviu. Ela ia pedir para ele
repetir quando ele falou uma coisa que lhe chamou a atenção...
-
... durante esse tempo que você ficou em coma...
-
Como assim durante esse tempo? Quanto tempo eu estou apagada, Jane?
-
Uma semana.
Ela
apenas o encarou e não soube o que responder. Uma semana...ela tinha perdido
uma semana. Ela não gostou nada disso, ela perdeu uma semana da sua vida por
causa de um serial killer idiota, ela então entendeu a raiva de Jane, ele já se
sentia culpado por tudo o que Angela e Charlotte tinham passado, ela sequer
podia imaginar o que ele passou durante essa semana. Se a sua luta em pegar Red
John já tinha tornado seu objetivo principal, agora era pessoal, não por ela
ter sido sequestrada, mas por ele ter feito Jane sofrer mais ainda.
-
Jane. – Ela chamou ele para mais perto.
Ela
pegou a mão dele. E seus olhos se encontraram, ambos com fúria no olhar, ambos
com sede de vingança.
-
Vamos pegá-lo, Jane. – Ela disse com toda a certeza que pode juntar naquele
momento. – Vamos pegá-lo e acabar com a raça dele.
Jane
apenas afirmou e sorriu. Mas a magia foi quebrada quando ouviram batidas na
porta e o resto da equipe apareceu. Van Pelt trazia uma sacola com roupas.
Rigsby uma bolsa onde, clandestinamente, ele trazia uma garrafa de espumante
para comemorarem e Cho... não trazia nada, a não ser que ele quisesse
compartilhar a tipoia que segurava o ombro ferido.
-
Eu trouxe roupas, Boss. Sei que vai preferir usar as suas que a do hospital. –
Falou Van Pelt e se aproximou da cama e a abraçou gentil.
Mesmo acostumadas a não ser abraçada ela
gostou, vê-los ali era como se tivesse em casa.
-
Eu trouxe algo para comemorar. – Falou Rigsby com um sorriso no rosto e tirou a
garrafa de dentro da bolsa, enquanto Cho se encarregava de pegar os copos.
-
Estamos felizes que acordou, Boss. – Falou Cho e sorriu.
Lisbon
sorriu também, não era todo dia que Cho sorria, era até contagiante. Depois que
todos estavam com os copos em mãos Rigsby começou o brinde:
-
Um brinde pela recuperação do Cho, um brinde por nossa chefe ter acordado, um
brinde por Jane que foi louco por ter indo sozinho resgatar Lisbon, mas ainda
bem que ele fez isso. – Todos sorriram. – E um brinde principalmente pela nossa
amizade.
-
A amizade. – Os outros repetiram e bateram seus copos e logo em seguida tomaram
um gole.
Lisbon
ia dar outro gole quando Jane tomou o copo dela.
-
Hey, esse é meu. – Ela falou surpresa.
-
Eu sei, mas você só pode tomar um gole. Você acabou de acordar de um coma e
ainda está tomando os remédios. – Ele falou e entregou outro copo a ela.
-
O que é isso? – Ela perguntou e cruzou os braços.
-
Suco de laranja.
-
Eu não quero. – Ela falou birrenta e fechou a cara.
-
Então vai ficar sem tomar nada. – Falou Jane. Os outros apenas sorriam da cena.
-
Você parece minha mãe.
-
E você parece a Charlotte. – Ele disse e sorriu para ela. – Vamos, Lisbon eu
sei que você quer esse suco.
Sem
consegui resistir aquele charme todo, ela pegou o copo e tomou um gole, até que
o suco não estava tão ruim. Sorrindo ela chamou os outros três para se
aproximarem e começaram a conversar. E nas próximas 3 horas conversaram sobre
tudo até que Lisbon caiu no sono e os quatros foram expulsos do quarto.
Continua...
Tio João errou, Tio João errou!!! Agora sim eu estou feliz u.u Mesmo que aquela praga ainda esteja solta, isso é uma prova de que ele não é tão "Gostosão" assim, e logo vai errar de novo e ser pego!!! u.u Ownt, gente, quanta fofura o Jane fazendo do hospital sua morada para cuidar da sua amada (Eita, esse trem rimou o.O KKK). To amando demais...e acho que é a primeira vez, em sete capítulos, que eu não sofro e não choro muito. Eu disse muito porque eu chorei nesse também... u.u E agora a pergunta que não quer calar: Quem é o Red John, heim, dona Juliana??? Lálálá ♪
ResponderExcluirAaaaiiiiii... Q capitulo lindo, todos juntos brindando hahahaha o Jane tomando conta da princesinha dele n teve preço... Own só d imaginar da uma palpitação d alegria *---*
ResponderExcluirHahahaha
Um capitulo bem calmo...calmo ate demais...dpois da calmaria vem a tempestade...d novo hahahaha Se o Red John n for visitar ela no hospital, dando um d bonzinho eu n me chamo Debby hahaha ela n vai lembrar nada mesmo, por enquanto, ou ele tentar mata-la d novo no hospital na madruga... Ta bom, vou deixar d teorias pq se n eu passo a noite escrevendo pq teoria é o q n falta na minha mente... Hahaha
Quero a continuação !!! Bom dmais !!! *---*
To amando os comentários de vocês...
ResponderExcluirAcho que são vocês que me matam de fofuras a cada capítulo.
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