Capítulo Nove
Jane
acordou com o som do celular, ele despertou completamente e atendeu a ligação
antes que Lisbon acordasse.
-
Jane.
-
Hey, Jane. É Rigsby.
-
Por que você está ligando tão cedo? – Perguntou Jane sussurrando.
-
Não é tão cedo assim. – Falou Rigsby intrigado. – São 8hs. Van pelt e eu
estávamos ligando para você desde de ontem. Queremos saber como Lisbon recebeu
a notícia da vigilância.
-
Não muito bem, mas ela entendeu a necessidade. – Falou Jane.
-
Que bom. – Suspirou Rigsby aliviado. – Agora podemos ir até lá e ver se ela
está bem.
-
Vocês vão entrar na casa?
-
Vamos. – Falou Rigsby ainda mais intrigado. Jane falava ao sussurro e fazia
perguntas sem sentido.
-
Vocês não a encontrarão em casa. Ela está na CBI. – Falou Jane divertido. – E
ela ainda está dormindo.
-
O que? Como assim? Meu Deus, LaRoche vai matar a gente. – Gritou Rigsby.
-
Fale baixo. – Pediu Jane. Com o ataque de histeria Lisbon se mexeu e Jane teve
que puxá-la mais para perto, durante a noite ela virou e agora eles estava de
conchinha na cama estreita.
Jane
ainda podia ouvir Rigsby e Van Pelt sussurrando algo ao telefone. E ficou
incomodado, ele queria voltar a dormir, fazia muito tempo que não dormia tão
bem.
-
Hey, Rigsby. – Chamou Jane.
-
Oi. – Falou Rigsby nervoso.
-
Olhe, você não tem culpa de Lisbon não está em casa..
-
Mas, ela saiu sem ninguém ver. E se fosse Red John? – Falou Rigsby e Jane
sentiu um arrepiou na espinha só com a menção do nome.
-
Eu te entendo, ok? Mas você tem que entender que Lisbon é uma agente, uma
policial. Ela tem treinamento necessário para passar despercebida. E foi isso
que ela fez, se ela quisesse que alguém a visse teria falado com os policiais
no carro. – Disse Jane. – Agora me deixe dormir.
Jane
desligou o telefone. Olhou com ternura para Lisbon e se aconchegou mais no
corpo dela, era tão quente e ele sentia tanta falta desse tipo de carinho que
ele sentiu uma pontada no coração. Mas sentindo o cheiro suave dela ele se
permitiu viajar em seus pensamentos, e nesse momento Lisbon se mexer, e não foi
uma boa ideia, ele sentiu uma fisgada na virilha e engoliu um gemido. Fechou os
olhos e se obrigou a pensar em todas as cenas de crimes, quem sabe assim ele
recuperasse o controle do corpo. Respirando fundo ele foi aos poucos voltando a
dormir e nem percebeu que Lisbon tinha acordado e estava com um sorriso
malicioso nos lábios.
~.~
Cho
tinha chegado cedo na CBI, ele ainda estava com a tipoia no braço por causa da
cirurgia, mas ele estava incomodado com isso e só estava realmente com o troço
porque Summer pediu.
Sabendo
que Van Pelt e Rigsby só iriam aparecer na parte da tarde por causa da
vigilância de Lisbon ele resolveu adiantar algumas coisas da investigação.
Cho
chegou próximo a sua mesa quando viu um arquivo, provavelmente era um dos
resultados do laboratório. Abrindo ele viu que era sobre a análise dos
materiais que foram encontrados na casa e tinha uma digital que não foi
encontrada no sistema. Entrando com seu login ele tentou encontrar alguma identificação,
mas nada apareceu, ele resolver ver se LaRoche já estava no prédio e foi até a
sala do chefe.
-
Sir. – Chamou Cho
-
Sim, Agente Cho?
-
Já viu os resultados que chegou do laboratório?
-
Ainda não, acabei de chegar. Tem algum problema nele?
-
Tem. – Falou Cho direto – Identificaram uma digital, mas eu não consigo
encontrar o dono da digital pelo banco de dados. É como se minha senha não
bastasse. Acredito que por você ser meu superior conseguiremos alguma coisa.
LaRoche
o olhou surpreso e imediatamente entrou na sua conta, acessou o arquivo e
procurou a identificação da digital, porém não conseguiu encontrar também.
Intrigado ele passou mais alguns minutos mexendo antes de desistir.
-
Nenhum banco de dados esta aceitando minha senha para essa digital também. –
Disse ele. – Precisamos falar com o Diretor Bertram. Talvez ele consiga o
acesso.
LaRoche
saiu da sala acompanhando por Cho e juntos foram até o escritório do diretor.
Chegando lá a secretária estava atendendo a um telefonema e pediu um minuto
para terminar a ligação.
-
Em que posso ajudar Sir? – Perguntou ela solicita assim que desligou o telefone.
-
O diretor está?
-
Está sim, o senhor tem hora marcada?
-
Não. Mas o assunto é de extrema importância.
-
Um momento.
Pegando
o telefone ela falou rapidamente com Bertram e indicou a sala para eles entrarem.
Ao entrar LaRoche e Cho encontraram Bertram sentado na sua mesa rodeado de
arquivos.
-
Em que posso ajudar LaRoche?
-
Precisamos de sua ajuda no caso Lisbon. – Falou ele.
Imediatamente
Bertram ficou tenso e encarou LaRoche e Cho. Se aprumando na cadeira ele olhou
para LaRoche.
-
O que vocês descobriram?
-
Na verdade não descobrimos nada. Mas hoje chegou alguns resultados da perícia e
uma digital foi encontrada no local, mas eu não consegui identificar.
-
As nossas senhas não são o suficiente para entrar no banco de dados onde a
digital está. – Falou Cho.
Achando
estranho ele ligou o computador e entrou nos arquivos do caso. Digitou mais
algumas coisas.
-
Mas o q... – Bertram não terminou a frase. – Os arquivos são confidenciais. Não
podemos acessar.
-
Precisamos dessa digital, ela pode nós revelar a identidade de Red John. - Falou
Cho.
-
Eu sei disso, Agente Cho, mas aqui diz que só o FBI e a Segurança Nacional pode
ter acesso. – Falou Bertram.
-
Mas se não identificarmos essa digital Red John pode escapar de novo. – Falou
Cho.
Bertram
pensou um pouco, aflito passou a mão no rosto nervoso e olhou os dois homens a
sua frente.
-
Ok, eu vou entrar em contato com o FBI e a Segurança Nacional e pedir a
liberação dessa informação. – Falou Bertram. – Vou fazer o impossível para
conseguir respostas, mas não posso assegurar nada.
-
É bom você conseguir alguma coisa, Gale. – Falou LaRoche. – Quase perdemos
nossa melhor agente, não podemos colocá-la em perigo de novo.
-
Sei disso. – Falou ele. – Ela é importante para agência.
-
Não só para agência, Sir. – Falou Cho. – Ela é importante para gente.
Antes
que falassem alguma coisa Cho saiu da sala e deixou seus superiores resolvendo
os últimos detalhes. Naquele momento ele só precisava de uma xícara de café.
~.~
Lisbon
acordou novamente e percebeu que continuava agarrada a Jane, era um conforto,
mas ela não podia ficar assim com ele por mais tempo. Suavemente ela saiu da
cama e sentou na cadeira. Pegou o celular no bolso do casaco que tinha deixado
de lado, 9:13 a.m., suspirando ela foi chamar ele.
-
Jane. – Ela disse baixinho. – Vamos lá, Jane, acorde.
Ele
resmungou alguma coisa e passou o braço pela cama, a procura dela. Mas assim
que percebeu que estava sozinho abriu os olhos e sentou na cama, Lisbon se
assustou um pouco quando viu uma onda de terror passar pelos olhos deles, mas
assim que seus olhos se encontraram um alivio diminuiu a tensão e Jane abriu um
sorriso franco e sussurrou o nome dela.
-
Jane, você está bem? – Ela perguntou cautelosa.
-
Estou sim. – Ele disse e toda sua armadura foi erguida e mais uma vez ele era o
Patrick Jane controlado. - É só que por um momento... Deixa para lá.
Lisbon
pensou em questioná-lo, mas o conhecia bem. Ele a enrolaria e não diria o que
estava pensando.
-
Vamos descer. – Ela disse. – Estou com fome, e todos já devem ter chegado.
-
Vamos. – Ele falou e juntos desceram do sótão.
Ao
chegarem nas mesas só encontraram o Cho que estava com cara de poucos amigos.
-
Cho? – Chamou Lisbon.
-
Boss? O que você está fazendo aqui? – Perguntou ele. – Era para Rigsby e Van
Pelt estarem fazendo sua vigilância na sua casa.
-
Eu sei. – Ela falou e mudou logo de assunto. – Como anda a investigação?
-
Desculpe, Boss, mas não era para você se envolver na investigação.
-
E por que não?
-
Você é a vítima.
Lisbon
ficou calada, ela sabia que Cho estava certo, ela nem devia está na CBI uma
hora dessas. Mas pensando melhor ela resolveu mandar tudo para o inferno e se
intrometer, ela quase morreu na mão do Red John, estava sendo ameaçada e perdeu
o direito de ir e vir por causa dessa vigilância, se ela realmente tivesse que
pisar nos calos de algumas pessoas ela iria fazer isso.
-
Cho, eu não estou nem ai para o que vai acontecer, eu só quero descobri quem é
esse filho da mãe. Assim eu vou poder dormir em paz. Agora me diga, algum
progresso na investigação? – Perguntou ela séria.
-
Sim. – Falou Cho e suspirou. – Foi encontrado uma digital, mas não conseguimos
a identificação. O banco de dado que está com a identificação da pessoa está
protegido pelo FBI e Segurança Nacional.
-
Segurança Nacional? – Perguntou Jane desconfiado.
-
Sim. LaRoche e eu fomos falar com Bertram sobre isso e ele falou que vai falar
com seus contatos e tentar ter acesso aos documentos.
-
Ok. – Disse Lisbon. – Eu e o Jane vamos comer alguma coisa e depois voltamos.
Van Pelt e Rigsby devem está na minha casa, ligue para eles e diga que estão
dispensados. Eles precisam está aqui mais tarde.
-
Ok, Boss.
-
E Cho. – Lisbon falou mais suave. – Não pegue muito pesado, você está se
recuperando também.
Cho
apenas assentiu com a cabeça e deixou esboça um pequeno sorriso em sua face, o
que era raro.
Indo
até a lanchonete do departamento, Lisbon e Jane se sentaram para tomar o café
da manhã.
-
Jane, por que você está tão calado? – Perguntou ela com um sorriso.
-
Estava apenas pensando.
-
Posso saber em que? Ou você vai me desviar do assunto?
Jane
sorriu ia começar a falar quando a garçonete chegou, fazendo os seus pedidos
eles esperaram ela sair antes de voltar a conversar.
-
Estava pensando que é muito estranho aquela digital está na cena do crime.
-
Por que? Pode ser a digital de Red John. E com todos os recursos que ele deve
ter não fico tão surpresa em ver que ele faz parte de uma grande corporação. –
Falou ela.
-
Eu sei, eu não estou surpreso. – Falou Jane - Eu só estou aborrecido de como eu
não percebi isso antes.
-
Percebeu o que, Jane? – Perguntou ela.
-
Red John tem que ter recursos sofisticados, meios para permanecer oculto,
consegue fazer amigos importantes. –
Falou Jane enquanto enumerava com os dedos. – E o mais importante. Ele está
sempre um passo a frente da CBI.
Lisbon
o encarou estarrecida, só havia uma pessoa que poderia ter tanta influência.
-
BOB KIRKLAND. – Falaram os dois ao mesmo tempo.
Continua...
Oh fofura esses dois... Jane todo safadeeenho, e a outra pior kkkkkk se segura Jane pra n cometer uma garfe heim rapaz !!!
ResponderExcluirBob, Bob... Sera q vc andou aprontando ?!
Se vc for só um cumplice vai acabar se fudendo cm o Red John por deixar uma digital na cena do crime, falhou feio cara !!!
Amando, amando, amando e AMANDO !!!!!!
:)
Ownt, que fofo esses dois dormindo abraçadinhos no sótão *u* Tô surtando loucamente aqui com tanta fofura u.u Puxa, fiquei triste por causa do Bertram e da esposa dele :( Que mancada desses dois interromperem esse momento difícil (mas confesso que me acabei de rir um pouco u.u) Bob, Bob, seu Marlin disfarçado, essa sua voz arrastada e essa sua cara de pau de convidar a Lisbon para um café num primeiro contato nunca me deixaram muito à vontade u.u KKK
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