(Metalist) So Close - Cap. 3

Capítulo Três

Jane olhou mais uma vez para o relógio idiota que Rigsby tinha colocado lá, faltava exatamente 14:24:11 para o prazo acabar e ele perder de vez a pessoa que mais admirava e que, surpreendentemente, não conseguiria viver sem. Colocando mais um nome no papel Jane olhou novamente para o relógio e quase pensou na possibilidade de assassinar Rigsby. De repente o computador apitou e ele olhou para Van Pelt a procura de respostas, ela apenas deu de ombros.

- Jane, chame Cho e Rigsby. – Ela falou e seu rosto mudou totalmente, de determinação para espanto.

Jane saiu em disparada e encontrou Cho e Rigsby voltando da reunião que tiveram com o laboratório.

- Temos novidades, Jane. – Falou Cho. – Encontramos uma parcial de uma digital, mas o teste vai demorar um pouco e possa ser que talvez não tenha como analisar a amostra, ela esta muito danificada.

- Droga, tudo que fazemos está dando num beco sem saída. – Falou Jane com raiva e Rigsby e Cho trocaram olhares de surpresa, nunca tinha visto Jane com tanta raiva. – Vamos, Van Pelt quer falar com a gente, parece que chegou alguma coisa no computador.

Imediatamente eles foram para a sala de Lisbon, onde, que agora, era a “sala de comando”, Van Pelt estava pálida quando entraram lá e respirava com dificuldade.

- Grace, o que foi? O que você viu? – Perguntou Rigsby preocupado e a tirou da frente do computador.

Sentando no lugar de Van Pelt, Jane esperou que Rigsby voltasse e olhou para Cho esperando confirmação. Os três respiraram fundo e Jane deu play no vídeo.

Quatro minutos depois Rigsby tinha uma cara fechada, e pela primeira vez em muito tempo Cho matinha a face expressiva de raiva. Jane permanecia calado e imóvel, seu coração batia a mil quando a viu perder a consciência e seu medo aumentou consideravelmente quando ele pensou que ela tivesse morrido, mas a frase final o deixou são: “Seu tempo está acabando”, e isso foi tudo o que bastou para ele ter um lapso e lembrar de um ponto crucial na sua investigação, todas as vítimas foram mortas próximas ou na casa onde viviam, mas o principal motivo do local das mortes era o sentimento que a vítima tinha com o lugar. Saindo de seu transe ele olhou para os outros e disse:

- Eu sei onde a Lisbon está.

~.~

Lisbon acordou com o corpo doendo e a boca seca, ela olhou ao redor e encontrou Red John.

- Bem vinda de volta, Teresa. – Ele disse. – Você assustou o Patrick com seu desmaio.

- Você falou com ele? – Perguntou ela num sussurro.

- Eu mandei seu vídeo para ele, tenho certeza que ele se divertiu assistindo.

- Seu imbecil. – Ela falou com raiva.

- Essa sua revolta só me confirma que ele deve ter adorado. E antes que você me chame de modo carinhoso, de novo, vou te dar um pouco de água, você vai precisar estar bem recuperada para nosso novo showzinho.

Lisbon pensou em recusar, mas estava com tanta sede que o melhor no momento era se aquietar e pegar o que ele estava oferecendo. Depois que ele deu água para ela, Red John começou a desamarrá-la, fraca Lisbon só movimentou seus braços para senti-los novamente. Vendo que ela precisava se sentir mais segura ele saiu do quarto. Acalmando-se Lisbon se levantou com dificuldade e andou pelo quarto tentando encontrar uma brecha que ele não tivesse visto, porém seu esforço não valeu de nada tudo ali era fechado, por um momento ela pensou que já estivesse passado por ali, mas nada ali chamava sua atenção. Ela voltou até a mesa e esperou, era só o que podia fazer.

Red John retornou para o quarto, e o modo que ele olhou para Lisbon a fez sentir um frio no estômago, o olhar que ele tinha no rosto era de alguém que iria fazer algo muito mau e pela primeira vez desde que chegou naquele esconderijo ela sentiu medo, muito medo. “Ele voltou diferente”, ela pensou, e foi então que Lisbon percebeu que Red John voltou sem o sobretudo e o paletó, isso acionou um gatilho da infância de Lisbon e ela encarou Red John, mas não foi o rosto dele que ela viu. A cada passo que ele dava em direção a ela o medo aumentava, o coração acelerava ainda mais, e ela se viu sussurrando:

- Não... não faça isso.

- Fazer o que, Teresa? Eu não vou te machucar.

- Vai sim. Você disse que não ia doer, mas doeu. – Ela falou com uma voz tão infantil e assustada que por um momento Red John pensou em parar seus passos, mas viu que não era com ele que ela falava, Lisbon estava delirando. Ele sorriu satisfeito.

Passo após passo ele se aproximou dela até que Lisbon estivesse encolhida no canto do quarto como uma garotinha, ela chorava e abraçava as pernas.

- Teresa, não precisa ter medo. – Ele falou suavemente e tentou tocar nela, mas ela revidou.

- SAIA DAQUI, NÃO ME TOQUE. – Ela gritou e bateu nele.

- Não me faça lhe machucar. – Ele falou e pegou o braço dela.

- NÃOOO – Gritou ela.

Enquanto ela esperneava Red John conseguiu imobilizá-la e a jogou no chão. E entre gritos e chutes ele subiu em cima dela. Com mãos agressivas ele passou pelo corpo dela e rasgou suas roupas.

- Não, papai, não faz. Vai doer. – Lisbon dizia num sussurro cansado e parou de lutar.

- Não vai doer, my little princess. – Ele falou e sorriu maliciosamente.

Lisbon virou o rosto para o lado oposto, seus olhos expressavam o medo e o cansaço e suas lágrimas molhavam seu doce rosto. E ela não percebeu uma luz vermelha piscando no fim da sala indicando que tudo estava sendo filmado.

Continua...